Capítulo 30 - ❝Lírios de Van Gogh❞

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         Acordo sentindo o sol bater no rosto, me mexo um pouco e escuto um resmungo rouco logo abaixo. Abro um pouco os olhos e olho ao redor meio confusa, com a cabeça latejando. No chão, dormindo sobre edredons, Georg, e na cama ao lado junto ao Bill, Gustav dormia abraçado com o Kaulitz mais novo, enquanto eu usava o mais velho de travesseiro.

          Me sento na cama e fico sentada ali por alguns momentos, esperando a alma retornar ao corpo. Enquanto isso, como se eles tivessem percebido que eu havia acordado, de um em um foram acordando, exceto pelo guitarrista que dormia pesadamente. Eu olhei ele por alguns segundos, assim como Georg que parecia analisar as coisas ao redor ainda. Então, em um lapso rápido de sobriedade, olho para o Listing que faz o mesmo, concordando com a cabeça.

- Tem uma ali ó - sussurro apontando para o móvel onde ficava a televisão.

- Onde? - sussurra de volta.

- Ali caralho - Bill ajuda, apontando.

- Ah porra, achei - pega e joga pra mim, que de pouco em pouco me aproximo do Kaulitz que dormia como uma pedra.

       Me apoio em um braço enquanto começo a desenhar no rosto dele, tentando ao máximo não forçar a caneta.

- Aqui olha - Bill apontando já estando do lado da cama, enquanto eu seguia a indicação deles.

       Em pouco tempo, o rosto de Tom estava completamente rabiscado com estrelas, paus e corações, assim como rabiscos mesmo, só pra ocupar espaço.

      Quando termino, me afasto e jogo a caneta pra longe, qualquer coisa não tinha sido eu. E como se os céus me ajudassem, assim que jogo a caneta em um montinho de roupa no canto do quarto, o Kaulitz começa a resmungar por conta da claridade, levando os três a se afastarem então eu lhe dou beijo no canto da boca.

- Acorda, a gente precisa tomar café - digo perto do seu rosto, beijando uma pinta que tinha no pescoço.

- Saudade de quando você me acordava me chupando - murmura e na hora eu travo, tentando não olhar para os meninos por conta da vergonha - Mas beijinhos também servem - me puxa mais para si, abrindo finalmente os olhos.

- Você deu informações de mais pros meninos - sussurro para ele, que olha ao redor percebendo que eles estavam ali.

- Problema deles - dá de ombros, me olhando com os olhos preguiçosos.

- A meta é essa - comenta o Listing - Encontrar alguém que me acorde me mamando.

- Você precisa rever suas metas, Listing - diz Bill se levantando e indo pro banheiro.

- Tenho que ir, Tommy - digo ignorando o movimento dos meninos.

- Tem não, fica, tá quentinho - e ele não me soltava por nada, comigo desistindo e passando uma perna entre as suas, sentindo a rigidez matinal de seu membro.

- A gente podia sair depois né? - comento com ele que concorda com a cabeça - Só nós dois.

- Só vocês? - questiona Gustav e eu o olho sério.

- Calado Barbie - volto a olhar para o Kaulitz - Um encontro, nunca tivemos um.

- Não precisaram - Bill diz voltando pro quarto, tirando a maquiagem com um lenço umedecido - Segundas vez que se viram já estavam se comendo.

- Não conta como um encontro - rebate Tom e eu concordo - E eu topo, a gente pode sair pra almoçar - fala com um sorriso fofo, comigo concordando.

- Por que tá todo mundo no mesmo quarto? - escuto a porta abrir e fechar, com Aaron aparecendo no nosso campo de visão - Eu bati na porta da Lia e nada, bati na do Georg e do Gustav e nada. Por que vocês estão aqui?

❝Live Every Second❞ | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora