Capítulo 15 - ❝A melhor noite da minha vida❞

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            O dia foi um tanto cheio, não tivemos entrevistas hoje, entretanto fomos fazer reconhecimento de onde tocaremos, e caralho, era uma baita arena, com certeza cabia fácil mais de cinco mil pessoas. O palco era bem amplo e eu fiz questão de zoar com os meninos lá em cima. Medo de altura. Check. Medo de plateia. Check. O que eu estava fazendo ali, afinal? Ta que o palco não era tão alto, mas ainda sim, estou a mais de um metro e meio do chão, eu obviamente estaria nervosa.

           Quando faltavam três horas pro inicio do show, voltamos pro hotel para tomarmos banho e nos arrumar parcialmente, já que os figurinos e a maquiagem seriam feitas por lá.

            Assim que cheguei, tomei meu banho quentinho e já coloquei uma roupa quente também. Não estava tão frio quanto estava de manhã, entretanto o frio ainda residia entre nós e não seria eu que lutaria mano a mano com ele.

- Lia, tá pronta? - escuto a voz de Bill do outro lado da porta.

- Quase, pode entrar - digo na frente do espelho, passando um hidratante no rosto ressecado pelo frio.

- Falta só você - apareceu na porta do banheiro e eu concordo, virando pra ele.

- Tô pronta, só tava passando creme - ando para dentro do quarto de novo, pegando a palheta que Leona tinha me dado, a colocando no bolso da calça.

- Nervosa?

- Não, imagina, por que estaria? - indago indo com ele pra fora do quarto, trancando ele - Nem vou tocar pra mais de mil pessoas que podem me amar ou odiar, dependendo de como eu me saia hoje.

- Normal, é assim toda vez - ri um pouco, me fazendo rir também - Mas olha, não fica mal se não existir muitas pessoas que gostam de você, a gente gosta e a gente sabe reconhecer seu talento - me conforta de uma forma um pouco estranha, mas apaenas entrelaço meu braço no seu sorrindo um pouco confusa.

- Obrigada Billy, você é um anjo.

- Eu sei - me pisca um olho.

          Chegando na Arena, deu para ter a dimensão de quantas pessoas teriam. Milhares, com certeza. Ok, tentar manter a droga da calma.

           Entramos na arena e fomos guiados até nosso camarim. A primeira coisa que fizeram quando cheguei foi a maquiagem, a maquiadora, uma mulher de por volta dos vinte oito, perguntou como eu queria e eu dei alguns exemplos, explicando como costumava fazer e que ela podia fazer adaptações.

           Foram longos minutos deitada em uma cadeira, rindo das palhaçadas dos meninos e ouvindo a moça me mandar ficar quieta. Logo após vieram arrumar meu cabelo, arrumando ele em um trança mal feita de propósito, com varios fios soltos. E sinceramente, ficou incrivel.

          Mas foi na hora da roupa que eu travei. Assim que entrei no trocador eu gelei e sai, olhando para a stylist de boca aberta.

- Que droga é essa? - aponto para o cabide na minha mão, uma roupa muito diferente do que eu estava acostumada.

- É para seguir com o conceito - explica ela.

- Moça, que conceito você quer passar? Que eu rodo bolsinha na esquina?

- Não vai ficar curto, e mesmo que fique, ninguém vai reparar, confia em mim, fiz pensando no seu corpo.

         Em resposta eu apenas bufo e entro de volta no trocador. Os meninos, que estavam nos trocadores do lado, não falaram nada, mas me questionei o que eles pensaram.

        Ao vestir a roupa, suspirei me olhando no espelho. Era um vestido preto tubinho que ficava a quase dois palmos acima do joelho e um decote um tanto generoso, por baixo, um shorts para evitar o atrito das minhas coxas, mas ainda sim muito curto para o meu comum, já por cima uma camisa xadrez marrom escuro grande que ia até um pouco acima da barra do vestido e a qual tive que dobrar um pouco das mangas, e por fim meias ⅞ pretas. Eu estava odiando o que via, muito exposto, odiava isso.

❝Live Every Second❞ | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora