Capítulo 41 - ❝Não é justo❞

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         Mais alguns dias se passaram, praticamente todo dia eu ia ver a minha mãe assim como a Leona e os meninos, que vieram juntos algumas vezes. Ao que parecia, meu pai e minha mãe gostaram do Tom, o que me deixou menos preocupada, então ao que me parecia, tudo estava indo bem e eu esperava que continuasse assim, porque sinceramente, esses dois meses foram os mais corridos e turbulentos da minha vida.

        No momento eu estava sentada no estúdio dedilhando o violão, o caderno colocado na minha frente de forma desajeitada, ou melhor, a letra totalmente desajeitada conforme eu repassava novamente a letra. Falta algo ainda, só não sabia o que.

- Amor, a janta chegou - escuto Tom entrar, comigo fechando o caderno rapidamente, mesmo ainda sentindo o frio na barriga pela forma que ele me chamou - O que tá fazendo?

- Nada - sorrio, colocando o violão de lado assim como o caderno.

- Quando vai me deixar ver?

- Talvez quando eu morrer - me aproximo, lhe selando rapidamente.

- Não gostei disso - anuncia, abraçando minha cintura.

- Eu ainda to fazendo ajustes, é uma música muito pessoal - continuo a olhá-lo, fitando os olhos castanhos sobre mim.

- Já disse que acho seus olhos lindos? - questiona e arqueio rapidamente as sobrancelhas.

- Não, eu acho.

- São lindos - sorri curto pra mim, sentindo meu rosto esquentar.

- Gosto dos seus também, quando você sorri eles somem, é fofo - e na hora ele sorri, fazendo da forma que eu havia falado - Fofo - o beijo rapidamente - Mas eu to com fome, vem - pego sua mão, o arrastando escada a cima.

        Assim que chegamos na sala, todos estavam la, com Bill totalmente de vela para os casais. Gustav e Alex ainda não tinham assumido nada, entretanto ela passava mais tempo aqui do que na casa dela, então eles estavam casados pra gente. Já a Leona e o Georg se assumiram pros meninos no meio de uma briga, aquela mesma de quando fomos nos hospital a dias atrás. Foi até engraçado.

       Me sento então ao lado de Billy que já devorava seu lanche, o mesmo me olha e sorri um pouco.

- Sabe o que eu estava pensando? - comento me esticando pra pegar meu lanche.

- Se mudar? - questiona Georg.

- Casar comigo? - indaga Tom fazendo o mesmo que eu.

- Viver em uma casa onde não co-existem quatro seres que não seguem o básico de faxina? - completa Leona e eu olho pra eles desacreditada.

- Não, não - olho para Georg e Leona - E talvez - respondo Tom que sorri dando uma mordida no lanche - Fazer uma tatuagem.

- Gosto da ideia, estava pensando em fazer uma também - concorda Alex, comigo me empolgando - Mas ai eu sou expulsa de casa.

- E que diferença faz? Já tá vivendo aqui mesmo - murmura Leona com Georg concordando.

- Vocês são do mal - fala Bill jogando uma bolinha de guardanapo nos dois - Mas, e aí, já pensou em qual? - me olha esperando uma resposta.

- Igual a sua - falo me referindo a que ele tem na nuca, com a logo da banda - Significa muito pra mim, então queria eternizar de alguma forma.

- Se significa pra você, imagina pra mim - diz dando um gole no refrigerante - Nenhum deles quis tatuar.

- Esse é o tipo de tatuagem que você se arrepende com o tempo - comenta Gustav com Georg concordando.

- De qualquer forma, pelo menos outro membro da banda vai fazer, já diz muito pra mim - eu apenas sorrio para Bibo, olhando para Tom que comia calado.

❝Live Every Second❞ | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora