Mais alguns dias se passaram, praticamente todo dia eu ia ver a minha mãe assim como a Leona e os meninos, que vieram juntos algumas vezes. Ao que parecia, meu pai e minha mãe gostaram do Tom, o que me deixou menos preocupada, então ao que me parecia, tudo estava indo bem e eu esperava que continuasse assim, porque sinceramente, esses dois meses foram os mais corridos e turbulentos da minha vida.
No momento eu estava sentada no estúdio dedilhando o violão, o caderno colocado na minha frente de forma desajeitada, ou melhor, a letra totalmente desajeitada conforme eu repassava novamente a letra. Falta algo ainda, só não sabia o que.
- Amor, a janta chegou - escuto Tom entrar, comigo fechando o caderno rapidamente, mesmo ainda sentindo o frio na barriga pela forma que ele me chamou - O que tá fazendo?
- Nada - sorrio, colocando o violão de lado assim como o caderno.
- Quando vai me deixar ver?
- Talvez quando eu morrer - me aproximo, lhe selando rapidamente.
- Não gostei disso - anuncia, abraçando minha cintura.
- Eu ainda to fazendo ajustes, é uma música muito pessoal - continuo a olhá-lo, fitando os olhos castanhos sobre mim.
- Já disse que acho seus olhos lindos? - questiona e arqueio rapidamente as sobrancelhas.
- Não, eu acho.
- São lindos - sorri curto pra mim, sentindo meu rosto esquentar.
- Gosto dos seus também, quando você sorri eles somem, é fofo - e na hora ele sorri, fazendo da forma que eu havia falado - Fofo - o beijo rapidamente - Mas eu to com fome, vem - pego sua mão, o arrastando escada a cima.
Assim que chegamos na sala, todos estavam la, com Bill totalmente de vela para os casais. Gustav e Alex ainda não tinham assumido nada, entretanto ela passava mais tempo aqui do que na casa dela, então eles estavam casados pra gente. Já a Leona e o Georg se assumiram pros meninos no meio de uma briga, aquela mesma de quando fomos nos hospital a dias atrás. Foi até engraçado.
Me sento então ao lado de Billy que já devorava seu lanche, o mesmo me olha e sorri um pouco.
- Sabe o que eu estava pensando? - comento me esticando pra pegar meu lanche.
- Se mudar? - questiona Georg.
- Casar comigo? - indaga Tom fazendo o mesmo que eu.
- Viver em uma casa onde não co-existem quatro seres que não seguem o básico de faxina? - completa Leona e eu olho pra eles desacreditada.
- Não, não - olho para Georg e Leona - E talvez - respondo Tom que sorri dando uma mordida no lanche - Fazer uma tatuagem.
- Gosto da ideia, estava pensando em fazer uma também - concorda Alex, comigo me empolgando - Mas ai eu sou expulsa de casa.
- E que diferença faz? Já tá vivendo aqui mesmo - murmura Leona com Georg concordando.
- Vocês são do mal - fala Bill jogando uma bolinha de guardanapo nos dois - Mas, e aí, já pensou em qual? - me olha esperando uma resposta.
- Igual a sua - falo me referindo a que ele tem na nuca, com a logo da banda - Significa muito pra mim, então queria eternizar de alguma forma.
- Se significa pra você, imagina pra mim - diz dando um gole no refrigerante - Nenhum deles quis tatuar.
- Esse é o tipo de tatuagem que você se arrepende com o tempo - comenta Gustav com Georg concordando.
- De qualquer forma, pelo menos outro membro da banda vai fazer, já diz muito pra mim - eu apenas sorrio para Bibo, olhando para Tom que comia calado.
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❝Live Every Second❞ | Tom Kaulitz
Roman pour AdolescentsLianna é uma garota de 18 anos que sempre sonhou em viver de música, barrada de seus sonhos pelos pais que não viam futuro nisso. Seu futuro então muda quando, em uma noite, ela conhece Tokio Hotel, uma das mais famosas banda de rock emo da Alemanha...