Desço do carro de aplicativo que me trouxe do aeroporto, pego minhas malas, as caixas com meus computadores e ando em direção ao meu prédio.
Sai de Austin, no Texas, para Palo alto, na Califórnia. Eu vou estudar a alguns quarteirões daqui, na Universidade de Stanford, mas minhas aulas só começam na semana que vem. Isso significa que ainda tempo tempo de arrumar minhas coisas e deixar o lugar um pouco mais minha cara.
Eu olho para cima e encaro o prédio enorme que vou morar. Nunca morei em prédio, mas me parece divertido ter os vizinhos mais perto. Quando conversei com o proprietário do apartamento, ele disse que no prédio moram outros alunos de Stanford. Sera que assim eu consigo fazer um amigo mais rápido?
Eu olho para frente e vejo duas garotas, que devem ter quase a mesma idade que eu, entrarem no prédio. Só então eu me toco que estou parado no meio da calçada e pensando demais. Eu puxo as duas malas e empurro as caixas pretas de transporte que felizmente tem rodinhas, indo em direção a entrada do prédio e assim que eu vejo um senhor mais velho atrás do balcão, eu sorrio para ele.
JJ: boa tarde.
Xxx: boa tarde, jovem. Posso te ajudar em algo?
Ele pergunta educado e eu concordo.
JJ: eu aluguei um apartamento aqui e o proprietário me disse que deixaria as chaves com o senhor Lee.
Ele sorri e me mostra o crachá dele, onde está escrito Mark Lee.
JJ: oh, desculpe. Eu sou Jeremiah Johnson.
Falo e ele concorda, depois mexe no bolso.
Sr. Lee: fui avisar da chegada do senhor. Aqui, senhor Johnson.
Ele diz e me estende a chave, que eu logo pego e guardo no meu bolso.
JJ: obrigado e por favor, me chame só de JJ.
Sr. Lee: certo, JJ. Os elevadores ficam aqui à direita, e o seu andar é o 22, apartamento 2.
JJ: obrigado.
Sr. Lee: se precisar de algo, pode discar OO no interfone que eu atendo o senhor aqui na portaria.
Eu concordo, agradeço e sigo as instruções dele para chegar no meu apartamento. Assim que as portas se abrem no meu andar, um cheiro forte e conhecido me atinge.
JJ: porra, meu vizinho é uma chaminé? Cheiro de maconha do caralho.
Com um sorrisinho em apreciação, eu destranco a porta do apartamento depois de achar a tag certa, já agradecendo por ser fechadura inteligente. Eu entro com todas as minhas coisas e deixo tudo ali na porta. Por sorte, o apartamento está todo mobiliado e limpo, então eu decido dar uma olhada por aí.
A sala e a cozinha são integradas, tem uma varanda de bom tamanho com acesso da sala, lavanderia é okay, assim como o lavabo perto da sala. Tem um corredor com três portas a primeira à direita é o quarto principal, tem uma cama de casal, um banheiro com banheira, closet grande e uma porta com acesso à mesma varanda da sala. Já na porta à primeira na esquerda tem um quarto menor, também tem banheiro, closet e acesso à varandas, a porta al lado é um escritório, só tem prateleiras e uma escrivaninha, nada mais. Os três cômodos também tem fechaduras inteligentes e eu apanho um pouco para descobrir qual tag é da onde quando vou abrir as portas, mas nada demais.
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O cara que eu odeio
RomanceEles moram em lados opostos do corredor, mas também são opostos quando se tratam de seus valores e personalidade. Um deles tem uma família inteira para quem voltar, o outro está sozinho no mundo. Um tem uma presença tão forte que onde chega atrai...