Eles moram em lados opostos do corredor, mas também são opostos quando se tratam de seus valores e personalidade.
Um deles tem uma família inteira para quem voltar, o outro está sozinho no mundo.
Um tem uma presença tão forte que onde chega atrai...
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Quando entramos no banheiro do quarto que estamos ficando, entramos no box e eu ligo o chuveiro. Obviamente eu não consigo deixar de reparar no corpo dele, em cada centímetro de pele dele, principalmente com as gotículas de água que escorrem pelo seu corpo.
JJ: para de me olhar assim, tá me deixando excitado.
Eu dou risada.
Nikolai: e isso é ruim?
JJ: não, mas primeiro vamos jantar, depois...
Ele se demora me observando do mesmo jeito que fiz com ele, e eu sinto meu corpo entrar em combustão. Ele me deixa louco com apenas um olhar, como isso é possível?
JJ: depois, quando voltarmos para cá, eu vou me enterrar em vc tão forte que amanhã vc não vai nem conseguir se sentar.
Ele com certeza consegue fazer isso, mas eu não seria eu se não o provocasse.
Nikolai: promessas, promessas...
Os olhos dele escurecem e sei que ele aceitou o desafio, porém terminamos nosso banho em silêncio. Acho que o silêncio é nossa forma de apaziguar nosso ódios mútuo. Quando terminamos, saímos do box, nos secamos e eu visto uma cueca, mas JJ apenas enrola a toalha no quadril. Não consigo deixar de reparar no tanto que ele é gostoso.
Nikolai: vc vai de toalha?
JJ: para que eu vou usar uma cueca se na volta vou tirar?
Ele fala passando a mão pelo meu abdômen e minha respiração falha, quando percebe que meu pau está duro com um toque tão simples, ele sorri de lado e sai do quarto, enquanto eu o sigo feito um cachorrinho. Gostoso odioso do caralho!
Enquanto descemos as escada eu reparo as costas dele com atenção pela primeira vez e sinto o meu sangue ferver. Tem muitas marcas, toda a pele das costas dele está coberta por cicatrizes, muitas foram costuradas, e outras parecem ter cicatrizado sozinhas, algumas são compridas, outras são curtas, umas são mais elevadas e com certeza da pra sentir com os dedos, mas não tem só cortes, também tem marcas, acho que de queimadura.
Yvan: o que aconteceu?
Ele pergunta preocupado quando me vê, fazendo Viktoria e JJ me encararem, a primeira me olha com preocupação e o segundo me olha confuso. Eu respiro fundo tentando guardar o psicopata que vive em mim. Todo meu corpo está tensionado, e eu agradeço por estarmos apenas nós quatro, caso contrário eu poderia assassinar um inocente.
Yvan: o que aconteceu?
Ele pergunta de novo, mas dessa vez ele pergunta baixo e diretamente para JJ, que está completamente perdido.
JJ: não aconteceu nada.
Ele sussurra e meu primo me olha. Eu ainda estou tentando me controlar, e ja me sinto um pouco melhor. Os três me assistente respirar profundamente várias vezes, mas meu olhos estão fixos nos de JJ.
