O som irritante da campainha me acorda, mas como não estou esperando ninguém, eu viro para o lado e coloco o travesseiro encima da minha cabeça, e fico aliviado quando a pessoa do outro lado para de insistir.
Assim que fecho meus olhos meu celular toca encima da mesa. Eu jogo meu travesseiro longe e pego o celular, mas vejo que é um número desconhecido. Penso em não atender mas acabo atendendo por curiosidade.
JJ: quem é?
"Abre a porta pra mim." A voz profunda responde e desliga. A voz irritante, a voz que me arrepia, a voz que eu odeio. Eu bufo, saio da minha cama e vou abrir a porta para ele. Assim que abro a porta, os olhos dele percorrem meu corpo de um jeito que me deixa com quente.
Eu também não deixo de reparar como a camisa preta está colada nos músculos do seu peito e braços. Esse cara é um gostoso e só de me lembrar como foi estar dentro dele, eu já fico excitado, porém finjo que nada acontece.
JJ: o que vc quer?
Nikolai: vamos conversar, lembra?
Ele fala e já vai entrando. Eu reviro os olhos, sabendo que essa história não faz sentido nenhum. Eu fecho a porta e me assusto quando viro, pq ele está muito perto.
Nikolai: espero que vc não atenda a porta assim para todo mundo.
Eu olho para baixo e não vejo problema algum com minha cueca. Por alguma razão eu dormi assim ontem, mas não é do meu feito.
JJ: eu não vejo problema.
Falo cruzando os braços. As mãos dele agarram minha cintura e ele me puxa até não ter espaço entre nós dois.
Nikolai: não me teste.
Ele fala próximo aos meus lábios, enquanto uma das suas mãos desce até minha bunda, apertando logo em seguida. Eu caio na real, eu não posso deixar ele se aproximar tanto, pq ele me faz sentir coisas estranhas que nunca senti.
JJ: vamos conversar, não nos pegar.
Fala e tento me afastar dele.
Nikolai: vamos conversar pq vamos nos pegar de novo e de novo...
Ele fala e eu reviro os olhos. Meus braços ainda estão cruzados e ele beija meu pescoço me deixando arrepiado. Ele está tentando me distrair.
JJ: vc quer conversar ou não?
Falo tentando sair de seus braços, mas ele me aperta mais, eu até conseguiria sair usando alguma coisa de luta, mas na real, eu me sinto bem assim, abraçado por ele.
Nikolai: vai me dar um beijo de bom dia ou vai ficar de marra?
Ele pergunta beijando meu queixo, depois beija o canto da minha boca, com suas mãos apertando minha bunda e minha cintura.
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O cara que eu odeio
RomanceEles moram em lados opostos do corredor, mas também são opostos quando se tratam de seus valores e personalidade. Um deles tem uma família inteira para quem voltar, o outro está sozinho no mundo. Um tem uma presença tão forte que onde chega atrai...