Capítulo 19

11.6K 808 74
                                    

Boa Leitura

Heitor

Todo dia eu e Safira fazemos sexo, todos os dias em algum momento e é apenas um momento que eu precisava para fazê-la cair de cansaço na nossa cama. Pelo menos até agora na cama, já que em um futuro próximo imagino caindo de cansaço em cada cômodo da casa.
Minha mulher sempre murmura para parar, mas se pensa que eu não percebo seu sorriso e olhar de desejo em mim está muito engana. É fantástico apreciar seus olhos marejados pelo prazer que proporciono. Essa visão é uma oportunidade constante que só eu e apenas eu posso ter. Amo seu corpo e tenho certeza que uma criança já está plantada em seu útero.

Uma semana foi o que passou quando começamos a ter sexo, e do jeito que não largo de seu corpo nem no momento de dormir quando mamo em seus deliciosos seios, é óbvio que uma criança já está plantada. E como sei disso? Safira não tem nenhum problema no seu útero ou de saúde, fora a produção de leite, tive a certeza disso quando solicitei seus exames regulares do hospital da família, e eu também conheço sua tabela. Por isso, fiz questão que o casamento acontecesse o mais rápido possível para que possamos aproveitar a lua de mel em seus dias férteis.

Tudo completamente e satisfatoriamente articulado. Não desejo mais nada, apenas a mulher que está deitada na cama dormindo enquanto mamo em seu seio direito e massageia o centro da aréola do esquerdo. Seu leite quentinho e doce descendo pela minha garganta. Estou viciado nisso também e já percebi, beber seu leite é como beber água, necessito em meu corpo. Fora que, estou viciado também no fato que Safira nem ao menos notou que quando estou mamando os seus dedos fazem carinho em meus cabelos, inclusive dormindo, ela jamais fez isso antes.

Minha amada é tão serena dormindo que meus olhos frios evitam piscar para gravar e apreciar seu sono. Ela não é tímida dormindo, nem ao menos é solitária ou nervosa. É simplesmente minha mulher deixando que eu a toque sem estremecer. Sei que ainda estamos no início do casamento e planejei conquistar seu coração só agora, mas não imaginava que meu toque poderia causar tamanha estranheza. Eu só quero que ela corresponda e seja mais ousada em me tocar.

Tiro minha boca de seu seio quando constato que meu lado emocional está mais fluido hoje. Me levanto da cama observando de relance às horas no relógio, 02h55 da madrugada. Visto minha calça que está no chão e também uma camisa preta polo que peguei no closet. Admiro Safira por um momento e cubro seu corpo com o lençol, aumentando a temperatura do ar-condicionado do quarto para que fique mais confortável. Saiu do quarto deixando um beijo casto em seus lábios macios.

Caminho até meu escritório e liguei a luz. A primeira coisa que faço é abrir a gaveta pegando a caixinha que dentro está meu charuto, pego um e acendo com o isqueiro que sempre ando comigo e dou um profundo trago. Estava realmente precisando disso. As coisas deveriam estar bem, minha mulher é o meu ponto ideal e prioridade para essa lua de mel...mas, as coisas estão ficando complicadas e não posso esperar mais. Safira está murmurando as mesmas palavras que aquele dia quando dorme.
Abro meu notebook e verifico a resposta que o médico de minha esposa me enviou e...não gostei do que li.

- Filha da puta, quando eu disser que quero resultados são positivos - evito gritar mas a vontade é de quebrar esse notebook em mil pedaços ou estrangular o médico. A segunda opção parece mais tentadora.

Trisco a língua e sem alternativa dígito o número no meu celular e faço a ligação, em quatro toques ouço sua voz cansada mas nervosa, acredito que tenha acordado com o barulho. No início solto um suspiro irritado e ouço um murmuro nervoso de xingamento do outro lado da linha.

- Sabe muito bem que quando eu disse resultado não estava me referindo com essa resposta - começo a conversar sem nenhuma cerimônia de comprimento.

- Boa noite senhor Black, desculpas se o relatório não te agradou. Realmente queria te dar uma resposta positiva mas sinceramente, não será possível - sua voz é nervosa e realmente deve ser mesmo, estou por um triz em mandar mata-lo.

- Por que não será possível? - questiono suspirando à procura de mais um charuto.

- Por causa da possibilidade da gravidez - comenta e vejo meu isqueiro cair da minha mão até o chão. - Se o senhor continuar dando esse remédio é possível que a senhora Black não ser capaz de gerar uma criança.

- Como assim? Explique direito - exijo.

- O senhor sabe que o remédio foi produzido pela empresa farmacêutica Markvsik, correto? - confirmo - Então, o remédio é uma dosagem forte que reduz a tentativa de uso da memória, isso gera um impacto no sistema imunologia por 3 dias, se a senhora estiver com um filho seu ou agora gerando uma criança, de fato, aconteceria um aborto. Por isso, até a senhora ter o bebê que deseja, pelo menos de 1 a 2 anos depois será possível aplicar o remédio.

- O que? Por que tanto tempo? - pergunto.

- Por causa do leite materno, o remédio vai continuar agindo pelo corpo mesmo depois de alguns meses até se estabilizar. O leite é a principal fonte de nutrientes para um bebê recém nascido e é um reflexo de tudo que ela ingere. A menos que, não de o leite para a criança. - sua fala no final suou mais como um sussurro para si mesmo.

- E se... Ela der o leite? - pergunto e percebo que ele trava.

- É capaz do seu filho produzir o que é conhecido como: perda de memória recente, possivelmente vai esquecer tudo que foi ensinado, ou até pior, é possível que morra. Como eu disse, o remédio é forte e as variáveis são tantas, mas posso garantir que nada de bom virá. - quando explica, separo o celular do meu ouvido e suspiro profundo. Massageou com uma mão as têmporas do meu rosto e fecho meus olhos com força devido a dor de cabeça.

- Quando eu voltar quero me reunir com o doutor Bruno Markvsik. Preciso de um remédio que não afete meu filho e-

Por um instante paro a chamada quando ouço um barulho no corredor. Coloco meu celular na mesinha e caminho lentamente até a porta, abrindo. Verifico o corredor escuro vazio, ando um pouco e olho nos lados dos corredores, nada. Meus olhos de águia e sem sanidade se agitam, estava determinado a abrir porta por porta quando percebi que o barulho vem do galho de árvore da janela aberta que devido ao vento forte fica batendo no vidro. Fecho a janela e volto para o escritório fechando novamente a porta e continuando a conversa.

Em uma sala ao lado do corredor da janela fechada, estava uma mulher com um roupão sexy branco, cabelos de fogo bagunça e marcas vermelhas espalhadas pelo corpo. Safira. Que se escondia com a mão na boca tentando não soltar nenhum som, suas mãos e pés tremiam. Seu olhos demonstravam medo e estava muito, muito assustada.

- Remédio de... memória?

●♡●●♡●●♡●●♡●●♡●●♡●●♡●●♡●●♡●

Olá, My Reading.

Avisando que daqui para frente é só pra trás muaahaha.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora