Capítulo 33

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Boa Leitura

Safira

- Temos que ir pro hospital! - digo em meio ao desespero enquanto Margarida gemia de desconforto - Merda, mas vão ver você - murmuro mas todas ouvem.

- A contração está muito forte? - ouço a voz de Aila que tenta se aproximar, mas me afasto colocando Margarida atrás de mim. A fuzilo com o olhar que para instantâneamente de tentar se aproximar.

- Não é hora pra isso, Safira. A vida de Margarida e do bebê está em risco ! -sua voz é calma e séria. Estremeço me dando conta disso.

Não confio mais em Aila, é perigoso ficar perto, ainda mais agora que ela sabe que temos conhecimento sobre o seu segredo, e não sei o que vai fazer se baixarmos a guarda. Todavia, estamos falando em vidas, Margarida precisa de mim agora.

- Tudo bem - assinto e a asiática se aproxima de nós e move sua mão até Margarida, contudo agarro seu pulso antes que a toque e a fuzilo - Mas se eu perceber que está tentando algo, eu juro Aila, mesmo que eu saia machucada vou acabar com você! - minha voz sai carregada com tudo que tem dentro de mim. E ela assente, largo seu pulso e a mulher seguro a mão de Margarida que agarra a sua com força.

- As contrações estão vindo em quanto e quanto tempo, Margarida? - pergunta.

- Não sei, tá doendo todo momento - responde e repentinamente se contorce de dor enquanto segura a própria barriga.

- Merda, isso é ruim. Muito ruim! - sussurra e eu ouço. Margarida parece está completando atenta a sua dor e preocupação para ter ouvido. Aila repentinamente pega a morena no colo. - Vá pro quarto e prepare a cama de vocês, é a maior cama que temos. - ordena e sem pensar duas vezes corro pro quarto.

- Aqui! - digo dando espaço pra asiática colocá-la na cama. - Colocou quantos lençóis na cama? - sussurra pra mim.

- Três lençóis, tirei todas as cobertas e edredom da cama e peguei o meu travesseiro colocando em cima do dela pra deixar mais alto. - respondo e antes que pudesse assentir ouvimos o grito de Margarida.

- Porra, dói tanto! - grita Margarida palavras em sua língua que não entendo.

- Pegue as toalhas do banheiro, procure uma tesoura e ferva a água! Rápido! - assinto já sabendo pra quê. Os livros que li ao estar trancada naquele quarto da mansão Black ajudou muito.

- Maldita hora! - amaldiçoou encarando o relógio da sala enquanto coloco a água no fogão.

Vou até o banheiro, pego as toalhas no armário e a tesoura, a mesma que cortei meu cabelo, é afiada e a única que temos. Volto pro fogão e ligo uma boca colocando rapidamente a tesoura, para esterilizar. Enquanto ferve a água volto com as toalhas e a tesoura molhada com água fria pro quarto. Vejo Aila sentada na cama, no meio das pernas da morena que apenas gemia e miava de desconforto. Coloco a tesoura encima da toalha no lado da asiática que agradece ainda concentrada.

- As contrações estão piores? - pergunto e Aila assente.

- Está bem dilatada agora. E as contrações estão piores, o que não deveria acontecer agora. Margarida disse que não sentiu nada horas antes, normalmente tem um tempo de contração. - explica e a brasileira solta um grito forte agarrando o travesseiro de sua cabeça. Começo a ficar mais nervosa vendo toda a situação.

- A água está esquentando, não está na hora? - pergunto me aproximando da morena e limpando seu suor com uma das toalhas que trouxe.

- O certo seria esperar pra dilatar um pouco mais, porém pela dor dela e sem anestesia... Temos que começar. - sua voz carregava nervosismo.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora