Capítulo 37

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Boa Leitura

Safira

- Por favor, meninas, me esperem no endereço que vou mandar pra vocês. - a voz de Aila é pesada, transmitindo por uma simples ligação um sentimento de preocupação.

- Entendido, Aila. Não se preocupe, escondemos o corpo embrulhando em um saco preto dentro da sala pequena de limpeza. O homem tinha um celular, mas está bloqueado e não vou levar com medo de ter um rastreador ou algo assim. - explico terminado de organizar as roupinhas do bebê dentro da mochila - O corpo está escondido atrás dos produtos de limpeza. Não é um bom esconderijo, mas é o melhor que consegui.

- Está bom, foi ótimo ter pensado em não pegar esse celular e também a casa não tem muito lugar para que possa esconder mesmo, de qualquer modo vão achar o corpo uma hora ou outra. Por isso vocês têm que ser rápidas e sair daí! - suspira e repentinamente a ligação fica com ruídos fortes do vento.

- Se esse soldado encontrou vocês, logo seus maridos também! Já estou a caminho, acabei de entrar no helicóptero - comenta e rapidamente ouço o barulho da notificação. Observando pela tela do celular a localização que me mandou do local que vai nos buscar.

- Já vamos sair de casa, compramos a passagem de ônibus até o local combinado! - digo pegando a mochila das crianças e olhando uma última vez pro quarto para ver se não esqueci nada de importante.

- Ok, por favor não demorem e se algo acontecer, minha arma está no armário. - comenta com o tom de voz mais grave e eu paraliso. Uma arma. - Leva-a com você e seja cuidadosa, Safira. Aguardo você, Margarida e as crianças no local. Compartilhei sua localização comigo. - diz isso e desliga antes que eu possa responder.

Merda!

Mil vezes merda!

- Rápido, Margarida - grito alto à medida que verifico nos cantos da casa se não esquecemos de nada.

- Já estou indo! - grita de volta e em um instante aparece em minha frente.

- Tudo pronto? Pegou o notebook de Aila? - pergunto a encarando que assente e em seguida minha visão é direcionada para as duas crianças em seu braço.

Lysandro está vestindo um macacão amarelo sem mangas nos pés e braços devido ao calor de mais de 33°. E Angélica com um macacão parecido, a única diferença é que a cor é bege. A jovem menina com seus dois meses de vida está cada vez mais parecida com Margarida, a única distinção é a cor dos olhos.

Pego rapidamente meu filho de seu braço e vestimos um porta bebê, o famoso canguru. Coloco com delicadeza o bebê que deita a cabeça em meu busto. A brasileira faz o mesmo e noto seu sorriso pra mim, um sorriso com ternura, como se a cena na frente dela fosse linda. Estranho sua atitude, porém não questiono. Trato de direcionar minha visão na sua mochila e a sacola que ela preparou com nossas roupas e a coberta das crianças. Está tudo certo!

- Está tudo certo! Vamos antes que eles encontrem a gente. Use seu boné, não esqueça - digo pegando encima do sofá nossos bonés e dou a ela. Minha amiga vai até a porta e a abra, vou atrás mas paro quando lembro de algo.

- Um minuto. - digo correndo até o quarto de Margarida e abrindo o armário. Pego a arma que ela disse pra levar e fico um pouco perdida em como abrir, mas recordo dos filmes de ação que já assisti. - Será que... - murmura puxando a parte traseira da arma que abre com êxito e vejo que tem sim algumas balas.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora