Capítulo 51

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Boa Leitura

Safira

- Cadê ela? Cadê aquela putinha!? - pergunta irado.

- Cara, melhor não falar assim, se o senhor ouvir você está morto! - exclama.

- Como não espera que eu não fique bravo? Ela matou meu amigo!

- Não sabemos se foi ela! Calma!

- Não me diga pra ficar calmo. Foi ela sim! Tenho certeza! A sala que a trancaram está aberta, os corpos mortos desempilhados e a sala de serviço com um suposto corpo queimados! É ela! - decreta.

Assim que ouço os passos deles se afastarem lentamente, desço do suporte do teto que estava pendurada. Não foi fácil chegar lá em cima quando esses soldados estavam se aproximando do corredor. Tive que pular na parede pra ganhar pressão e saltar pro outro lado da parede, segurei em um buraco que tem e por incrível que pareça minha mão encaixou perfeitamente, depois com toda a minha força sustentei o pequeno gancho no teto. Não imaginam a dor que senti no maldito braço, o mesmo que eu caído quando fui empurrada por Hector na sala.

Hector, filho da puta.

Simplesmente aguento toda a dor e cansaço apenas pra te matar. Eu juro pelo que me é mais precioso que não descansarei até ver a sua morte! Isso eu prometi a mim mesma!
Olho para ambos os lados e sigo meu caminho garantindo que a arma ainda está em minha cintura e as balas presas no sutiã dos meus seios. É anti higiênico? Sim, mas eu tô pouco me fudendo pra isso agora. Meus passos são leves mas rápidos, causando nenhum barulho no chão, isso tudo porque como estou sem qualquer calçado.

No momento que viro o corredor noto uma figura masculino de costas pra mim, vestido com a roupa dos soldados, aproximo lentamente de suas costas e pacientemente retiro a arma da cintura pra então apontar em sua cabeça, contudo, o homem pensou o mesmo quando se virou apontando a arma. Nossos olhos se encontram e velozmente pelo tampa olho percebi de quem se trata. Parece que ele também me reconheceu.

- Lucas.

- Safira.

- O que está fazendo aqui? - murmuro ainda com a arma ativa, jamais confiei nele e parece que nossos pensamentos são os mesmos, pois nem o próprio abaixou a sua.

- Tentando achar você! - exclama.

- Cadê Aila? - faço outra pergunta ainda desconfiada.

- Foi capturada, por isso nós estamos aqui dentro.

- Nós?

- Pode sair, baixinha - com a ordem de Lucas uma pequena criança saiu de dentro de uma pequena porta de elevador. Os elevadores servem pra subir a comida e é puxado por uma corda.

Uma pequena criatura sai do elevador. Os cabelos cacheados e grandes, aquela face angelical e que portava a leve melanina escura, os cílios longos e principalmente os olhos azuis grandes e brilhantes. Lentamente abaixo a minha arma reconhecendo a menina, abro um sorriso quando a saudade e felicidade de vê-la grandinha. Bem, ainda é uma criança mas está crescendo tão bem. Aproximo da pequena que automaticamente corre até as pernas de Lucas, se prendendo ali. Solto um sorriso triste por saber que realmente não me reconhece mais.

- Angélica? - pergunto agachando no chão na sua altura, mas não me aproximo. Nesse momento Lucas já havia baixado a sua arma também. - Sei que não me reconhece por ter passado mais de dois anos e você também era muito pequena, mas, me chamou Safira e sou muito amiga da sua mãe, Margarida - me apresento e a mesma me encara com aqueles olhos brilhantes que me lembro bem, mas apenas assente a cabeça e volta e esconder o rostinho na perna de Lucas.

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⏰ Última atualização: Jul 11 ⏰

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OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora