Capítulo 10

21.4K 1.1K 71
                                    

Boa Leitura

Heitor

- Papa, papa, papa - grito freneticamente assim que entro em casa. Meu corpo e minha mente estava em êxtase.

Minha mama que estava na sala assim que me vê fica confusa e preocupada, não julgo pois jamais haviam me visto assim.

- Qué fue hijo? - a jovem mulher de cabelos castanhos encaracolados, olhos cor de mel e vestia seu vestido longo de mangas longas verde.

Ignoro-a e corro até meu papa ao vê-lo descer as escadas, o mesmo fitava minha mãe e põe seus olhos em mim assim que me aproximo.

- O que foi filho? - pergunta.

Eu o observo com meus olhos brilhantes, tão brilhantes, diferente de hoje mais cedo. Meu papa não diz mais nada apenas analisa minha situação e sorri, um sorriso genuíno saiu de seus lábios.

- Encontrou a pessoa? - pergunta e eu assinto eufórico.

- Sim, papa, ela é linda. Tão maravilhoso, fofa, gentil e seu sorriso, aaahhh - eu gemia em êxtase e empolgação, finalmente sentindo um sentimento dominante, aquilo era amor.

- É tão perfeita que parece um anjo - eu e papa pronunciamos juntos, em uníssono, ele sorriu para mim e entendi, era esse mesmo sentimento que sentiu ao conhecer mama.

- Qué está pasando? - pergunta se aproximando de papa que agarra sua cintura e beija o topo de sua cabeça.

- Depois explico melhor, mi amor. Vamos almoçar.

Mama, uma mulher conservadora e submissa, não disse nada apenas concordou. Fomos pra sala de almoço e lá fomos servidos, ninguém pronunciava nenhuma palavra, um hábito que sempre tivemos é comer em silêncio e sem nenhuma tecnologia, apenas apreciando a comida. Antigamente meus pensamentos era tediosos e eu sempre refletia sobre a morte durante as refeições, todavia, é diferente agora porque ela me fez enxergar o motivo da minha existência.

Safira

Minha rainha, a rainha que vai governar o futuro império do submundo da Itália comigo. Ela será apreciada por todos como uma verdadeira deusa.
Imagino-a sentada em um trono em um lugar alto e está ao meu lado com o seu mesmo sorriso gentil e eu aprecio esse sorriso que em vez em quando era direcionado a mim com carinho, tudo isso aconteceria enquanto os demais estão ajoelhados no chão, reverenciando-nos.

Um sorriso sinistro nasceu no meus lábios, ouço um barulho e percebo que é meu papa fazendo um barulho na sua garganta, saiu dos meus pensamento. Mama não parece ter percebido, acho que papa sinalizou para parar com isso. Me comporto e continuo a comer, minutos depois nos retiramos e eu fui para meu quarto bolar algum plano para ter Safira comigo.

Simplesmente não a trouxe hoje porque seria sequestro e por mais que minha família seja poderoso o suficiente para calar a boca da sociedade diante de uma menina sequestrada por nós, não quero a ver triste e também...papa nunca concordaria em sequestra-la.

Pense, pense, pense Heitor.

Fico andando em volta do quarto praticamente em círculos, ansioso noto que estava roendo minhas unhas e que até uma começou a sangrar. Murmuro um palavrão enquanto vou para o banheiro e pego a caixa de primeiro socorro procurando um band-aid, assim que coloco no meu dedo meus olhos fixam em uma seringa dentro da caixa, pensamentos intuitivo ativam com a ideia e possibilidade de matar seus pais.

A ideia começou a se concretizar até um plano perfeito, e assim me vi apreciando a minha aparência no espelho, meus cabelos bagunçados, mais três dedos com band-aid e um sorriso sinistro - então é assim que meu pai me viu, realmente é um sorriso tão estranho - penso.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora