Capítulo 38

5.9K 477 52
                                    

Boa Leitura.

Safira

- Corre, Margarida. Não olha pra trás! - digo correndo como louca pela estrada que parece ser sem fim.

Ouço o barulho do acelerador e meu coração frenético fica mais frenético ainda. Não ouso novamente olhar para trás com medo deles estarem na nossa cola, apenas sei que agarrei o pulso de Margarida a forçando a me acompanhar mais rápido. Devido a alta velocidade que estamos correndo, seu boné cai no chão.

Não, agora não, por favor. Agora não!

Quando minhas esperanças nulas começam a realmente se murchar como um balão cheio de furinho pequenos, meus passos cansados, rosto suado e coração quase saindo pela boca que meu cérebro cogita fielmente em desistir. Mas ao olhar para frente, consigo avistar um pouco longe a figura conhecida, o pensamento some como fumaça e os furinhos logo são remendados.

Meus olhos brilham de esperança novamente quando encaro a figura de Aila no lado do helicóptero. Meus passos desacelerados começam a voltar com potência e dessa vez ignoro meu corpo exausto. Margarida também não para e até consegui vislumbrar um sorriso no rosto dela, sorri junto e de mão dadas corremos mais ainda.

Bang!

O som alto e forte de um tiro fortemente foi ouvido e os pássaros das poucas árvores do local se agitaram. Minha ação foi parada quando meu rosto lentamente olha para baixo e meus olhos encontram a ardência que senti. Tento assimilar de onde vem tanto sangue que sai de minha coxa, leva segundo até entender. Eu levei um tiro. Meu coração frenético erram batidas e um desespero pior ainda em meu coração.

Apenas consigo sair do transe quando miro o rosto assustado de Margarida, nossos olhos se encontraram e pude entender da dor agoniante que estou sentindo. À medida que meu corpo cai no chão, nossas mãos se separam e como se fosse câmera lenta me encontro colocando a mão na ferida insuportável de dor, tento ao máximo estacar o sangue.

E em um piscar de olhos em alta velocidade vejo Margarida se agachar próxima de meu corpo. Eu sabia apenas gemer e derramar lágrimas de dor enquanto a brasileira fica atrás de mim e me faz sustentar minhas costas em seu corpo. A visão embaçada apenas me fez entender que minha amiga havia tentado soltar o bebê de mim, mas não permito. Seu rosto choroso foi atendido com total socorro em estacar o líquido vermelho.

Estavam tão atordoadas e concentradas em tentar parar o sangramento que não percebemos que já estávamos cercada por eles. Minha visão foi em direção à morena que protestou um xingamento baixinho e agarrou a minha mão, uma maneira silenciosa de dizer que estamos juntas. Meramente não estava acreditando que eles seriam realmente capazes de nos ferir. Engulo meu choro no tempo que tira sua blusa da cintura e enfaixa em minha coxa para parar o sangramento. Aos poucos não sangra mais quanto antes, todavia todo o líquido perdido me deixou bem tonta.

- Por favor, façam algo. Por favor! - ouço a voz doce sendo direcionada para os causadores do desastre que como loucos observam toda a cena como um filme interessante.

Noto o mascarado prateado fazer um gesto com a cabeça para que os outros se aproximem de mim, fico em alerta para o que possam fazer e me afasto de seus toque. Margarida tenta me segurar mas não permito que eles saiam vitoriosos. Fico o mais longe possível deles com um medo profundo do que possam fazer, mas é uma tentativa inútil quando surpreendentemente sou erguida pelo homem de tapa olho, até tento espernear em sua colo porém o machucado dói demais e lembro que ainda estou com Lysandro comigo.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora