Capítulo 22

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Boa Leitura

Safira

Um mês, esse foi o tempo que demorei organizando essa festa. Olho para a multidão enquanto desço lentamente as escadas com Heitor segurando minha mão delicadamente. Todos estão parados nos apreciando e alguns aplaudindo nossa chegada, depois que fomos anunciados.

Demorei tanto tempo nessa organização, pois meu querido marido não deixou contratar uma assessora, ao invés disso pediu para sua mãe me ajudar. Recordo quando conversamos ao voltar da lua de mel e fomos recebidos de frente a casa, seus pais abriram um sorriso sincerados e sua mãe até me abraçou toda feliz. Estranhei demais toda essa boas-vindas deles, mas o que eu não estava preparado foi quando Heitor abriu aquela maldita boca no jantar para convencer sua mãe a me ajudar com a festa.

Que ódio

Eu tentei argumentar depois, porém ele questionava o porquê eu não queria a ajuda da senhora Amélia, sua mãe. Não é que eu não queira sua ajuda, contudo, temos gostos diferentes e também, Amélia nunca demonstrou gostar muito de mim. Ao contrário de mim, que inicialmente sempre sorria e me comportava bem para ganhar só um pouco de seu afeto, mas, nunca o fez. Sempre me tratou com indiferença juntamente com James, pai de Heitor. Como eu disse, para eles sou apenas a nora, esposa de seu filho. Esposa troféu que serve para ser deixada de enfeite e se comportar devidamente.

Incluindo que não poderia chegar em Heitor e falar: “descobri que você quer me drogar e preciso convidar Margarida para que me conte o que sabe e então recordar o que você quer tanto ocultar”. Se eu falasse isso, além de estragar o plano, faria com que toda certeza antecipasse a droga. Ou seja, o jeito foi calar e boca e suportar a mãe dele ao meu lado.

O que sinceramente não foi nada bom, os gostos extravagantes e luxuosos quase fizeram a gente brigar tantas vezes. Mas eu cedi as suas vontades e foi devido a isso que demorei quase um mês para concretizar a festa. Amélia encomendou enfeites, lençóis de mesa e até algumas taças novas, tudo isso me fez esperar 3 semanas, pois, era tudo importado. Contudo, quando percebi que toda essa festa é apenas um plano para me encontrar com Margarida, as coisas ficaram mais fáceis de aceitar e mesmo que tenha que esperar um mês para essa festa ficar pronta, eu esperaria.

Ouço o cessar de palmas quando descemos o último degrau da escada enquanto segura com a outra mão a barra do vestido azul escuro longo de cetim, que cai como luva em meu corpo. Sinto os dedos do meu marido, mesmo sob a luva branca que está usando com um terno da mesma cor, cutucar meus dedos. Observo de relance seu ato e depois em seus olhos que apenas continua olhando fixamente para frente. Solto com força meu braço e saiu para cumprimentar as jovens mulheres, sem ao menos olhar pra trás.

- Boa noite, senhora Black. - uma jovem morena faz um reverência ao perceber que estou me aproximar de seu grupo.

- Boa noite, senhora Moroon, senhora Fernandes, senhora Britthew e senhora Smith. - todas fazem uma reverência assim que dito seus nomes e balanço a cabeça em aprovação pela suas reverências. A tradicional etiqueta dessa família.

- Linda noite senhora - comenta a mulher morena, senhora Moroon, e concordo.

- A festa está incrível, senhora. Achei fantástico a decoração - comenta agora a senhora Fernandes.

- Idem, está tudo muito lindo - comenta também a senhora Smith.

- Fico felizes que estejam gostando, senhoras. Mas, foi minha sogra que me ajudou na decoração, ainda sou nova nisso. Essa é minha primeira festa como anfitriã, peço desculpas se algo não ficou do agrado de vocês - sou o mais cortês possível.

OBEDEÇA-ME, SAFIRA! - Romance DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora