Amuleto da sorte

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Celina Lewis

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Celina Lewis

Hoje seria o dia em que teria a notícia, se passei ou não no teste para desfilar em Moscou. Aperto sem perceber o colar em meu pescoço que tenho desde dos 5 anos.

É um relicário, abro o coração e logo vejo que estou com com um sorriso no rosto, ao ver a foto de duas crianças e uma frase que sonho muito em ouvir novamente.

"Minha pequena raposa"

Nikolai.

Eu era muito pequena quando ele se foi, mas ainda tenho alguns flashs de alguns momentos nossos, ele me fazia tão feliz...

Mamãe sempre me diz que eu era apaixonada em Niko. Ela o amava também. Sei disso porque sempre que toco em nome de Nikolai, seus olhos se enchem de lágrimas.

Ela conta que no dia em que ele se foi, eu chorei até não ter mais lágrimas dentro de mim para sair, não comia e ficava apenas em meu quarto. E desde aquele dia eu nunca tive um amigo como Niko, apenas colegas.

Eu não lembro muito de seu rosto, mas lembro da sensação de sempre ter um porto seguro lá por mim, éramos crianças, mas sabia que Niko faria qualquer coisa por mim. Eu nunca mais senti nada perto do que Nikolai me fez sentir. É como se uma parte minha tivesse ido embora para sempre.

Será que um dia conseguiria confiar em alguém de verdade para me entregar?

Sempre tive muitas pessoas ao meu redor, ainda mais depois de querer seguir minha carreira de modelo. Dentro dessas pessoas muitos homens, alguns que até beijei, mas nunca cheguei aos finalmente com ninguém. Não sei, não me parece certo.

Rio com a lembranças que vem em minha mente.

Flashback on

7 anos de idade

— Celina, hoje teremos visitas — diz mamãe para mim — Então se comporte — fala por fim terminando de ajeitar meus fios rebeldes.

— Mamãe, eu posso chamar o Niko? — minha mãe me olha e abre um sorriso.

— É claro princesa, mas esteja aqui em 5 minutos — assinto com a cabeça e saio correndo para a casa do Nikolai que é em frente à minha.

Eu estou de vestido verde e meus cabelos soltos, então vou um pouco devagar, não querendo bagunçar o esforço de mamãe.

Chego em frente à porta do Nikolai e escuto gritos do seu pai. Seu pai é sempre barulhento, eu nunca o vi dando carinho para Niko, eu não gosto dele.

Bato na porta e espero alguém vir me atender. Até Niko aparecer na porta com seu semblante irritado. O que será que aconteceu?

Logo o rosto de Nikolai se suaviza ao ver que sou que estou em sua frente. Ele me olha da cabeça aos pés e seus olhos estão brilhantes agora.

Esperando por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora