Esperando por você

Gananciosa

Nikolai Ivanov

Olho para minha raposinha dançando toda sensual com sua amiga e sinto meu pau dar sinal.

Merda.

Quando resolvi vir para essa boate não espera ver minha ruiva, em um vestido curto e apertado mostrando todas as suas curvas.

Vejo Celina abraçar a amiga e logo olhar em volta notando o caos que causou na boate, de longe posso ver sua bochecha se avermelhar.

Seguro o riso.

— Porra! — diz um cara do meu lado — Essa ruiva me deixou duro pra um caralho — Sinto raiva se apossar de mim — Talvez a gostosa queira rebolar daquele jeito em cim... — interrompo o mesmo agarrando-o pelo pescoço antes de ele terminar.

— Escuta aqui seu merda — digo baixo e ameaçador — A ruiva tem nome e não é para seu bico — pego meu canivete forçando em seu pescoço, fazendo um pequeno corte — Pense nela e você não irá gostar do que vai acontecer — falo por fim vendo o mesmo assentir freneticamente enquanto treme como um molenga.

O solto e vejo o mesmo sair correndo de perto de mim. Decido ir atrás da minha raposa, não suportarei se alguém tentar toca-lá e não quero esperar pra ver e acabar tendo que incendiar essa merda de boate.

Olho em sua direção, vendo sua amiga sair com um cara, deixando a mesma sozinha. Antes que algum idiota apareça, vou até ela e passo meu braço em sua cintura a puxando para mim.

Sinto a mesma se assustar e quando vejo que vai se afastar, me aproximo de seu ouvido sentindo Celina se arrepiar.

— Pequena raposinha sem vergonha — minha voz sai mais rouca que o normal — Eu devo me preocupar em como você será com álcool em seu corpo? — pergunto por fim.

Sei que a ruiva não bebeu porque, desde que chegou na boate tive meus olhos em cima da mesma. Deixando ela se divertir um pouco com a amiga, mas estando por perto caso minha raposa desse moral pra algum imbecil.

Celina se vira para mim e olha em meus olhos, Porra, ela consegue ser ainda mais perfeita de perto. Admiro seu rosto com calma, reparando em seu nariz arrebitado, sua boca carnuda que agora está pintada de vermelho e seus olhos marcantes me olhando como se eu fosse sua presa, a qual ela está ansiosa para pegar.

Merda raposinha, eu não nasci pra ser uma presa, mas se o seu desejo é que eu seja a sua, eu posso me tornar apenas para você, minha raposinha gananciosa.

— Você veio — diz ela enquanto me analisa de cima a baixo, vejo a mesma encarar meus braços cobertos de tatuagem — Eu não sabia que tinha tatuagem — diz ela enquanto passa os dedos no mesmo, me arrepiando inteiro.

— Eu tenho — digo — Elas só estavam cobertas quando me viu — A mesma volta me olhar e passa seus braços em meu pescoço.

— Sabe Niko... — diz baixo em meu ouvido — Eu estou curiosa para saber em como sabia que não tomei nada alcoólico... — se afasta olhando em meus olhos e em seguida encara minha boca.