Borboleta

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Celina Lewis

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Celina Lewis

— Acelera essa merda Vitor! — grito para o mesmo assim que não obtenho mais resposta de Mia.

Eu estou desesperada e por mais que não saiba matar nem um mosquito, eu juro que pegaria a arma de Nikolai e atiraria eu mesma, sem pensar duas vezes no idiota que fez minha loira chorar.

Não demora muito para chegarmos ao apartamento de Mia. Vitor levou minha ordem a sério, não demorando nem um segundo a mais.

Subo para seu andar sendo acompanhada pelo moreno. Quando o elevador se abre, saio as presas em direção a sua porta. Tento abri- lá, mas parece que a mesma se encontra trancada, faço força e começo a gritar pela Mia, porém nada.

— QUEBRE ISSO! — grito para Vitor agoniada.

O mesmo começa a dar chutes fortes na porta, mas a mesma ainda não cede.

— Tem alguma coisa segurando a porta — diz continuando seus chutes.

Quando estou prestes a ter um colapso, um barulho de algo caindo me desperta, olho para Vitor e encontro a porta agora no chão. Vejo que além de Mia ter trancado a porta, também colocou móveis para segura-la.

Mas o que aconteceu?

Sem pensar mais entro no apartamento, desviando dos restos dos móveis destruídos, olho para todo canto procurando minha loira, até ver seu corpo pequeno no sofá.

Vou até o mesmo e percebo que minha borboleta está desacordada, pego duas almofadas lembrando do que devo fazer quando alguém desmaia. Viver no meio de modelos que não comem por medo de engordar, faz com que você aprenda algumas coisas.

Coloco as almofadas de baixo de suas pernas, deixando-as elevadas e afrouxo suas roupas, olho para as janelas e vejo que todas estão abertas. Observo seu rosto vermelho e inchado, tiro seus fios espalhados pelo seu rosto com cuidado, deixando um beijo em sua testa em seguida.

Me diga o que aconteceu borboletinha.

Lembro que Vitor ainda está aqui, observando tudo e sei que ela não se sentirá confortável com isso assim que acordar.

— Nós deixe a sós, por favor Vitor — digo, sem tirar os olhos da minha irmã — Dê um jeito para encostar essa porta pelo menos —  peço por fim.

Não olho para o mesmo, mas escuto o barulho da porta sendo erguida e colocada em pé novamente. Vejo Mia começar a se despertar aos pouco e logo fico mais atenta.

Quando seus olhos se abrem, sinto algo quebrar dentro de mim. O que você está escondendo de mim?

Vejo seus olhos lagrimejarem e logo a abraço, mostrando que estou aqui agora e não a largarei enquanto não estiver bem.

— Eu estou aqui loira — digo a apertando forte em meus braços — Eu estou aqui agora — repito.

Como se precisa apenas daquilo para desabar, Mia me segura como se estivesse com medo de eu sumir, soltando um grito que faz todos meus ossos doerem.

Esperando por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora