Nikolai Ivanov
Estamos a caminho do nosso apartamento e Vitor, já me informou que a coleção de Celina e o magricela, já está no apartamento nos esperando.
Celina foi quieta o caminho inteiro, acho que sua ficha que agora sua vida será na Rússia, está caindo aos poucos. Eu sei o quanto se mudar é difícil, por isso deixei ela no seu mundinho, mas faria de tudo para que ela fosse feliz aqui comigo.
Quando meu motorista para o carro e nos avisa que chegamos, logo trato de sair e dar a volta para abrir a porta de minha raposa.
Vejo que seus olhos analisa de cima a baixo o prédio luxuoso.
— Uau — diz encantada — Esse prédio é gigante — fala por fim.
— Ele é, raposa — digo simples, pegando em sua mão e a guiando para a entrada.
Comprimento o porteiro, que olha curioso para minha ruiva. Entendo sua curiosidade, nunca uma mulher foi vista do lado do Diabo.
— Olá — diz Celina com sua voz doce.
— Olá senhorita... — diz sem saber como a chamar.
— Apenas Lina, por favor — fala minha preciosa com seu jeito meigo.
— Prazer em conhecer, Lina — Não o repreendo por chamá-la assim, não quando minha Celina tem um sorriso no rosto, por estar fazendo sua primeira amizade na Rússia.
Entramos no elevador e vejo que Celina aperta os dedos ansiosa, seguro em sua mão impedindo que ela continue maltratando os mesmo.
— Você se dá bem com seus vizinhos, Niko? — me pergunta.
— Vizinhos? — pergunto de volta — Não temos vizinhos raposinha, somos apenas nós dois aqui — falo vendo seus olhos se arregalarem em seguida.
— Precisava disso tudo? — pergunta julgadora.
— Sim raposa, precisava — esclareço, ela entenderia com o tempo que toda a segurança é pouca quando se é o capo da máfia russa.
O elevador anuncia que chegamos no último andar, e logo saímos. Quando entramos, vejo o rosto surpreso de Celina, olhando para o apartamento inteiro.
— Isso é gigante para você — fala, me fazendo soltar um riso — Você não se sentia sozinho aqui? — me pergunta olhando em meus olhos.
Como eu explico para você raposa, que não tem como se sentir sozinho, quando ter sua própria companhia é o que você sempre teve na vida?
Talvez agora você me mostre o quanto eu estava infeliz e sozinho sem sua companhia, talvez você me mostre, que a paz que eu achei que estava tendo na verdade era a porra do inferno.
Eu acho que agora, se você e o magricela se for, eu vou realmente saber o que é viver infeliz, é exatamente por isso que jamais deixarei vocês dois partirem.
— Eu me acostumei assim, raposa — falo por fim — O que você achou? — pergunto querendo sua opinião.
— É tudo tão preto e cinza — diz analisando com seu olhar crítico — É triste e sem graça — continua — Precisa de cores — fala por fim.
Abro um sorriso por sua sinceridade. Eu sabia que ela acharia esse apartamento sem graça.
— Então mude o que acha que tem que mudar, raposinha — digo certo — Esse apartamento é seu agora — termino e vejo a mesma abrir seu sorriso que derrete os últimos miolos que tinha em minha cabeça.
— Esse apartamento enorme é da nossa família — solta feliz dando pulinhos — Por falar em família— para de pular se lembrando de algo — Aonde está o Mingau, amor? — me pergunta
Eu não tive tempo de responder, foi só o gato intrometido ouvir seu nome, que já mia caminhando em direção a nós, gostando de ter sido lembrado.
— Você está aí — diz ela pegando o mesmo e fazendo carinho em seus pelos — Eu já estava preocupada— fala por fim.
Sinto meu telefone vibrar em meu bolso e logo pego o mesmo, vendo ser Armando me ligando.
Ligação on
— Diga — falo logo.
— Chefe, preciso que venha até meu escritório — solta, indo direto ao assunto — Descobri algo importante — termina.
— Isso é sobre Vladimir? — pergunto não querendo me frustrar quando chegasse lá.
— Exato chefe — me confirma.
— Me dê alguns minutos — digo e logo desligo a ligação.
Ligação off
Olho para a ruiva que ainda conversa com o gato feliz e vou até os dois.
— Preciosa — Chamo atenção dos dois para mim — Eu preciso sair e resolver algumas coisas — aviso a mesma e vejo que ela murcha um pouco com a notícia — Estarei de volta o quanto antes, prometo — tento amenizar a situação.
— Tudo bem — diz ela — Eu e Mingau irá se divertir juntos — diz olhando sorridente para o pequeno gato.
Eu tenho certeza que sim, Celina é um furacão e agora tem um gato para acompanhar suas loucuras, eu só espero que esse apartamento esteja de pé quando voltar.
— Vitor ficará na porta — digo — Se quiser mudar as coisas hoje, pede para ele que será providenciado ainda hoje — falo e vejo a mesma assentir com a cabeça.
Deixaria o meu melhor segurança, cuidando da minha família e pediria que o mesmo me desse atualização de como eles estão em 1 em 1 hora.
— Se cuida raposa — falo, beijando seu nariz, testa e boca — Eu te amo — continuo — E você magricela, cuide bem de sua mãe — digo para o gato, enquanto acaricio seus pelos de cor caramelo, ouvindo Celina soltar um riso em seguida.
— Se cuide também — diz — Te amamos — me dá um beijo em minha boca — Volte logo — fala, agora fazendo um tchau com a patinha do gato, me tirando uma risada sincera.
Deixo um beijo na cabeça de cada um e vou em direção a porta do apartamento, encontrando Vitor parado na porta.
— Cuide bem deles — falo curto e grosso — Me avise qualquer coisa — continuo — E o que ela pedir, dê um jeito para trazer — termino por fim e saio quando o vejo assentir.
Vou até o elevador indo até minha garagem. Entro no meu carro e logo faço o caminho até o escritório de Vladimir com a cabeça cheia.
O que esse filha da puta do meu pai, está aprontando dessa vez? Eu não posso subestimar esse velho, não posso esquecer que se me tornei o que sou hoje, é porque aquele verme me treinou.
...
Capítulo novo amores, obrigada por estarem lendo 🤍
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Esperando por você
RomanceVocê se vê obrigado a deixar o seu amor de infância, mas jura que a encontrará de novo, custe o que custar... ⚠️ PLÁGIO É CRIME, NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES‼️⚠️