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Nikolai Ivanov

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Nikolai Ivanov

Eu já estava fodido, o relógio já marcava 23:30 e eu acabei de chegar no apartamento. Eu consegui fazer o caminho para a casa em 30 minutos, porém aproveitei para enfaixar minha mão e passar na floricultura e pegar um buquê para minha raposa, pra ter uma chance de sair vivo dessa.

Entro no elevador e espero chegar no nosso andar, saindo logo em seguida quando o mesmo se abre. Avisto Vitor no mesmo lugar que pedi para que ficasse e o mesmo vem ao meu encontro, assim que me vê.

Eu não consegui ver suas atualizações de como foi o dia da minha preciosa, mas espero que tenha ocorrido tudo bem, caso ao contrário não seria apenas eu que sairia sem minha cabeça hoje.

— Tudo certo? — pergunto assim que estou na frente do mesmo.

— Sim, chefe — diz e logo o dispenso para poder ir para a casa e descansar.

Chego na porta do nosso apartamento e franzo a testa quando escuto um som, o apartamento inteiro é revestido com isolamento acústico e para o som ter chegada aqui na porta, só pode estar no volume 200, não é possível.

Destranco a porta e vou entrando devagar, logo o som absurdamente alto chega em meu ouvidos, com toda a certeza o volume esta muito mais alto que 200.

Verifico se tudo está de pé e suspiro aliviado quando vejo que sim, porém o apartamento está diferente. Seguro o riso vendo as novas almofadas coloridas, as cortinas claras e os jarros de flores espelhados pelo cômodo.

Respiro fundo, sentindo um cheiro gostoso de baunilha. Respiro novamente para ter a certeza que não estou imaginando coisas e agora vem o cheiro de... queimado?

Logo uma voz doce me desperta cantando junto com a música, caminho até a cozinha vendo que minha raposa está lá. Quando chego seguro o riso, dando de cara com uma ruiva dançando e cantando, toda suja de molho de tomate e um gato caramelo a olhando como se fosse cúmplice de sua bagunça.

— Vocês estão tentando incendiar o nosso apartamento? — pergunto humorado, fazendo os dois levarem um susto.

Celina me olha com a mão no coração e a olhando de frente, vejo que a situação está ainda pior. O que você estava tentando fazer raposinha?

— Você me assustou! — grita — Eu posso saber aonde você estava? — pergunta com a sobrancelha arqueada e com as mãos na cintura.

Merda. Agora é hora é a minha hora de surpreender com a porra do buquê, tiro o mesmo de trás de mim e estendo para a mesma, que me ainda me olha com a sobrancelha arqueada.

— Aconteceu alguns imprevistos... — digo coçando a cabeça — E também passei para te trazer flores... — jogo torcendo para que funcione.

— Você está tentando me comprar, Nikolai Ivanov? — Ai merda — E esse imprevisto, tem a ver com sua mão enfaixada? — me pergunta.

Esperando por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora