Vestido

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Nikolai Ivanov

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Nikolai Ivanov

Acordo com uma perna em cima de mim e uma mecha de cabelo ruivo em meu rosto. Logo o cheiro de morango invade meu nariz e me deixo aproveitar um pouco minha ruiva.

Fico apenas observando Celina dormir parecendo um anjo. Passo meu dedo de leve em seu nariz arrebitado e depois passo para sua sobrancelha ruiva.

Como pode ser tão linda?

Pego meu celular na mesa de cabeceira, vejo que já se passaram 10 minutos e que agora eu preciso levantar para tomar um banho, colocar comida e água para Mingau e conseguir preparar as panquecas da minha raposa antes de sair de casa.

Tiro sua perna de cima de mim com todo o cuidado para que assim, eu não a acorde de seu sono. Respiro fundo quando finalmente consigo sair da cama sem desperta-lá.

Hoje o dia seria longo, a festa é hoje a noite e eu preciso resolver as últimas coisas. Eu nem mesmo me lembrei de avisar Celina e agora não acordaria a mesma apenas para falar disso.

A festa foi marcada em cima da hora e sei que de qualquer forma a ruiva brigaria por não ter seu tempo para se preparar, então hoje passarei em alguma loja para ver se acho algo a cara de Celina e altura da mesma, para amenizar um pouco seu estresse.

Tomo um banho rápido, me visto e logo desço para cozinha, para deixar prontas as panquecas da minha bela adormecida.

Não demoro muito para terminá-las, colocando mel e framboesas em cima da massa. Tampo o prato com as panquecas e subo até o quarto novamente, para pegar meu celular, carteira e me despedir da minha dorminhoca.

Quando chego no quarto pego minhas coisas e coloco em meu bolso, olho para Celina e vou até a mesma, me abaixando e deixando um beijo em sua testa.

— Eu estou saindo raposa — digo baixo, tirando seu cabelo do rosto para que ela durma melhor — Eu te amo — digo por fim, dando um último cheiro em seu pescoço.

— Eu te amo — fala sonolenta e logo voltando para seu sono em segundos.

Solto um riso baixo e saio do quarto, indo para sala. Quando estou prestes a abrir a porta do apartamento escuto um miado.

Olho para trás e vejo um gato, que agora não é mais magricela e sim um bolinha de pelo. Me aproximo do mesmo e o pego no colo.

— Bom dia bolotinha— falo fazendo carinho em sua cabeça — Cuide da mamãe, ok? — o mesmo mia em seguida — Eu preciso ir agora — digo o colocando no chão e o mesmo segue seu caminho para escada, indo ao quarto aonde está sua mãe.

Se eu ficasse mais um minuto nessa sala, desistiria de sair e voltaria para a cama, então trato logo de abrir a porta de casa.

Assim que tranco a porta do apartamento, vejo Vitor vir em minha direção.

Esperando por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora