Sua companheira.

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Olá meus chuchus, olha só quem apareceu do nada com uma nova história. Supresa!

Se você não me conhece, sou a Lua, para você que me conhece, que bom te rever! Que maravilhoso te encontrar aqui!

Essa história me pediu para ser de fato escrita agora. Claramente obedeci e por isso estou aqui novamente, com mais uma para vocês.

Está sendo um processo instigante, porém bem lento, então desde já aviso que posso não ter tanta constância ao postar os capítulos, eles virão conforme a minha disponibilidade.

Essa minha obra tocará nos assuntos de uma maneira mais crua. Tratarei de fato sobre religiões de matrizes africanas e algumas determinadas pautas, trazendo nomeações explícitas e sem disfarces a nenhum tema tocado na história. Portanto logo aviso, se não está aberto ou não tem o mínimo interesse de conhecer sobre certas temáticas que estarão extremamente presentes no enredo, por favor retire-se já de início.

É uma obra fictícia que se trata de um romance lésbico brasileiro com baixa fantasia.

Ao decorrer da história poderá conter: Palavreado de baixo calão, violência física e piscológica, uso de drogas lícitas, negligência, morte, insinuações a sexo, cenas de sexo explícitas e dirty talk.

Estejam preparados para qualquer coisa!

Se puderem e quiserem interajam com a história, vou adorar ver as suas reações ou esclarecer possíveis dúvidas. Só não serão bem-vindas críticas sem embasamento, ou destilação de ódio a minha pessoa, aos meus personagens e as minhas histórias.

Divirtam-se!

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Encolhida no canto do quarto, a menina pequena chorava a ponto de se engasgar com os próprios soluços enquanto sentia seu rosto arder pelo forte tapa que havia levado mais cedo.

Abraçada aos joelhos, com o rosto escondido entre eles e agoniada com som alto juntamente as cantaroladas da sua mãe, Beth fazia o uso daquele cantinho que era costumeiramente ocupado pelo seu corpo, que já tinha conhecimento das suas lágrimas e dos seus soluços.

Ergueu o rosto e olhou ao seu redor, seu quarto era o único lugar que considerava ser um porto seguro.

Ouviu um som diferente, pareceu ser de alguém que havia trocado de posição. Estranhou, afinal em sua concepção estava sozinha e isso lhe fez encolher com medo, no mesmo momento parou de chorar e limpou o rosto com o peito da mão.

Uma pedrinha foi jogada em direção ao único feche de luz que havia ali e esse alguém então se esticou para pegar, evidenciando sua pequena mão que cobriu o "brinquedo". Foi o que fez o coração de Elizabeth disparar, realmente havia alguém ali e pelo visto, tão pequena quanto.

— Quem está aí? — Soltou com dificuldade porque não queria de fato saber, na verdade tinha medo.

Não tinha amigos e ninguém podia entrar no seu quarto além de si, como havia conseguido?

Então outro barulho foi audível até que a outra pequena menina por fim colocasse seu rosto na luz. Tinha olhos marcantes, era negra e usava trança nagô por todo o pequeno cabelo, carregava um sorrisão no rosto, mas parecia ser alguns anos mais velha que a proprietária do quarto.

Tinha um comportamento inocente.

— Eu. — Ela respondeu dando uma risada sincera.

Na sua cabeça, todo mundo sabia quem era ela, afinal estava na fase de se entender como um ser único no universo e se havia dado um jeito de entrar naquele quarto para conversar com a pequena menina que chorava, provavelmente ela também saberia quem era.

Olhos de mar, céu e estrelas - Lésbico.Onde histórias criam vida. Descubra agora