Maria Mulambo.

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Aviso de conteúdo sensível.

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Já estava de noite, Dalila havia voltado a sentir as costas doendo, as vistas ardendo e o cansaço pesou triplicado. Reconhecia e validava o esforço da sua companheira de viagem em se mostrar presente, puxando assuntos aleatórios para distrai-la, mas compreendia que ela também estava cansada, havia trabalhado muito e brigava com o sono.

Chegaram no terreno já estando tudo escuro e a proprietária dele decidiu que seria melhor mostrá-lo durante a manhã, Beth tinha os olhos vermelhos e não conseguia disfarçar o sono que sentia por esse motivo resolveu aconchegá-la logo para que pudesse descansar. Até aceitou a ajuda de colocar os pertences do carro para dentro da casa, mas logo a dispensou, evidenciando a cama de casal no quarto onde ela poderia se aconchegar.

— Bom... Eu... Eu vou fazer minha oração e irei tirar um cochilo, durante a madrugada acordo para preparar a entrega para a minha moça. — A informou ajudando a forrar direito a cama.

— Você pode me acordar também? — Pediu meio acanhada.

— Não se sinta na obrigação de me acompanhar, pode ir dormir, sei que está bem cansada e sou eu quem tenho obrigações aqui. — Sorriu gentilmente abrindo o guarda roupa e separando algumas peças.

— Mas eu quero. — Evidenciou que fazia aquilo por vontade própria. — Se eu puder ver, é claro. Sei que é muito íntimo.

— Tudo bem. — Concordou com o pedido erguendo as sobrancelhas, supresa com a mudança.

— Você vai dormir no chão? Espero que não seja por minha causa, eu não tenho problema nenhum em dividir o colchão. — Estranhou a moça abrindo a esteira de palha ao lado da cama que iria dormir e logo expôs seu pensamento.

— Faz parte do preceito, dormir aqui... Enfim, já me acostumei, mas obrigada pela gentileza. — Sentou na esteira de palha com as pernas cruzadas. — Não tenho dois quartos aqui, sinto muito por isso, acaba tirando um pouco da sua privacidade. Fiquei de fazer, mas é um projeto futuro de reforma.

— Sem problemas, quando puder dormir em camas enquanto estivermos aqui, pode deitar do meu lado, tá? — Beth se deitou, virando de lado para ela.

— Tá bem, Beth. Novamente, obrigada pela gentileza. — Sorriu brevemente para ela. — Boa noite, doçura. Durma bem. — Desejou lembrando do apelido que não havia utilizado fazia um tempo e desligou as luzes, deixando somente uma de outro cômodo pra clarear o lugar.

— Dorme bem, Lila. — Sussurrou desejando de volta e fechou os olhos de imediato, respirando fundo, porque o coração havia tamborilado no peito ao ouvir novamente a nomeação carinhosa. Ficou em silêncio ouvindo a moça sussurrar, mas logo em seguida ela deitou e sua respiração pesou, mostrando que havia pegado no sono.

☼✳☾

Havia passado por uma porta que lhe dava entrada para uma visão diferente. Era um quarto arrumado e só pela decoração medieval estranha cheia de couro e madeira, deduziu que estava em um motel. Mas porque estava em um motel se não tinha a mínima vontade de pisar em um? E nem nunca havia ido em um. Como decifrou tão fácil? Talvez fosse pela energia, talvez pelo que descreviam, sabe-se lá como havia sido tão rápida.

Enquanto seus olhos passeavam pelo local a procura de certificar-se se era aquilo mesmo, de repente, uma mulher brotou sentada na cama chamando-a com o dedo indicador. Ela era deslumbrante, não podia mentir, mas estava quase nua. Usava lenços, um enrolado nos seios e outro em sua cintura, e por Dalila não obedecer, a mulher levantou-se e caminhou até ela.

No meio do caminho, arrancou suas roupas ficando totalmente desnuda o que apavorou a professora. Em seguida seus gestos foram de jogá-la na cama e também tirar as roupas que Lumanda trajava. Sem pedir permissão ou licença, abriu as pernas dela, a agarrou pela cintura e iria começar o seu ato.

Olhos de mar, céu e estrelas - Lésbico.Onde histórias criam vida. Descubra agora