nove

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com amor, Tata.

giovanna antonelli

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giovanna antonelli

Depois de um bom tempo nós dois finalmente escutamos os barulhos do elevador voltando a funcionar e dos técnicos soltando gritinhos de que finalmente conseguiram fazer o elevador voltar a funcionar. Eu olhei para Alexandre e o empurrei para trás para que conseguisse descer do colo dele, o encarei e peguei meu cropped que estava no chão, ele me olhou e ergueu a cueca e a calça para fechar o zíper em seguida, caminhou até meu lado e pegou a camiseta, deu tempo de colocarmos e fecharmos os botões antes de finalmente olharmos para frente e as portas se abriram.

Foram três horas muito longas que fiquei presa ali dentro da caixa de metal e nossos corpos estavam completamente suados, nós dois evitamos ao máximo nos olhar e descemos o restante dos andares pelas escadas, ele abriu a porta da frente do prédio dele e entramos ali.

Subimos até o quinto andar e o silêncio ainda estava conosco, olhei pela sala e senti a falta de uma televisão ali pendurada no topo do final da mesa, na parede que era dividida por dois espelhos. Me sentei de um lado da mesa e ele do outro, nos olhamos e flashes do que aconteceu no elevador atingiu minha mente em cheio, mas balancei a cabeça para evitá-los.

Me levantei em um impulso e notei que Alexandre ainda se mantinha sentado, olhei em direção a ele e encarei a boca dele, queria me aproximar mais dele e unir aqueles malditos lábios aos meus, porém minha mente me barrou disso me fazendo piscar algumas vezes e eu caí em mim quando me lembrei onde estávamos.

— Já me mostrou o que queria né? - tossi para limpar a garganta.

— Era a sala de reuniões, o que achou? - ele olhou para o meu corpo mais uma vez e eu me afastei da mesa.

— Falta uma televisão ali. - apontei para a parede antes de virar meu corpo e começar a andar para sair da sala.

— Não vamos falar do que aconteceu no elevador? - me segurou pelo braço.

— O que aconteceu no elevador, foi um erro e vai se manter apenas naquele elevador! - me soltei dele.

Ele suspirou fundo e eu saí do quinto andar do prédio, voltei para o prédio do meu andar e fiquei com receio de entrar no elevador, mas eu não subiria de escadas, aproveitei que uma moça entrou ali e entrei em silêncio e me manteve assim até chegar minha sala.

Suspirei fundo quando entrei no meu espaço e comecei a pensar o que teria acontecido se ninguém tivesse chegado, será que eu teria gostado? E se eu quisesse mais? E se estivéssemos em outro lugar? E se não fossemos sócios? E se ele odiasse? E se eu me viciasse? E se isso virasse um hábito?

Tantos e se.

Limpei meus pensamentos e me sentei na cadeira, fiquei rodando ela por um tempo e encarei o teto da sala, como eu queria voltar para a merda daquele elevador e finalizar o que começamos.

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