Dois empresários, dois extremos opostos, porém um único propósito: reerguer suas empresas que estão prestes a decretar falência.
Será que Alexandre e Giovanna serão capazes de conviver em sociedade pelo bem de seus negócios?
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alexandre nero
Me apressei em pegar meu celular e usei um tom bem mais rouco que o normal para falar:
— O que aconteceu pra você me ligar nessa hora?
Isso durante a madrugada, sendo mais específico, às cinco e meia da madrugada.
Só que para chegar até esse momento, eu preciso voltar para a reunião que eu tive na parte da manhã do dia de hoje, principalmente por conta da mulher, que eu não sabia quem era, ter ficado empolgada demais para me ver.
Nós dois ficamos nos encarando e quando a mulher segurou no meu braço eu senti um incomodo.
Fiquei em choque quando ela tentou me abraçar, eu não sei quem é essa mulher, foi ela que disse toda empolgada "mentira que é você" e eu só fiquei olhando para ela exatamente como estou fazendo agora. Suspirei fundo e não permiti que ela me abraçasse.
Quis perguntar quem é ela, de onde ela me conhece, por que ela quer me abraçar, e coisas desse tipo, mas de repente eu senti um gato mordendo a minha língua e eu não consigo falar nada.
Engoli seco quando ela deslizou o dedo no meu braço e quis sair correndo de dentro da sala.
Por que eu sinto que estou traindo alguém?
— Eu estou vendo que você está em choque. — ela sussurrou e pendeu a cabeça um pouco para o lado esquerdo. — Paloma.
A voz dela é doce, calma, um pouco fina, mas nada muito agudo para chegar a incomodar.
Preciso falar algo, não posso deixar ela sem resposta e não posso deixar que ela entenda que eu lembro dela.
— Desculpa, mas eu não me lembro de você. — sorri para ser simpático. — Você pode ser um pouco mais específica comigo, por favor? — cruzei os braços.
— Acho que foi em dois mil e dezoito, na verdade tenho certeza. — ela sorriu. — Você não estava tão bêbado, mas a moça que estava junto de você, acho que era sua namorada, não sei, ela estava te tirando do sério e isso era claro para qualquer um que olhasse na direção de vocês. Eu lembro que você se irritou tanto com ela e assim que me olhou você me puxou pela cintura e me beijou na frente dela.
— Foi só isso? — descruzei os braços.
— Não, já que ela te desafiou a sair comigo. — ela lambeu o lábio. — Confesso que me senti como um objeto, mas só o seu beijo me deixou com vontade de mais e eu precisava de mais, tinha acabado de terminar um relacionamento e estava bem na beira de um precipício.
— Entendo. — engoli seco. — Como era a moça que estava do meu lado?
— Baixa, com o cabelo curto e preto. — ela ergueu os ombros.
