cinco

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— com amor, Tata.

giovanna antonelli

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giovanna antonelli

Eu já tinha entendido que eu não conseguiria dormir, ficava abrindo e fechando os olhos para ver se a imagem dele saia da minha mente, o que claramente não aconteceu, comecei a me rolar de um lado para o outro na cama e nenhuma posição estava confortável, abri os olhos mais uma vez e me deitei de barriga para cima, suspirei fundo e fui fechando meus olhos devagar para tentar dormir.

Foi nessa atitude que tudo me atingiu em cheio, a imagem dele se aproximando de mim, como se ele estivesse ali naquela cama comigo, a sensação das nossas bocas roçando uma outra, dos suspiros que ele deu quando estava próximo demais do meu corpo.

"O teu cheiro é muito um convite para eu perder o meu juízo."

O que ele quis dizer com isso?

Decidi que precisava parar de pensar nele e me levantei da cama indo em direção ao banheiro, meu corpo estava quente, eu necessitava muito de um banho, estava prestes a surtar com as sensações que estava sentindo, queria saber o porquê de estar sentindo essas coisas só de ter lembrado a forma como ele puxou o ar com força para sentir o aroma do meu perfume.

Eu odiava ter a imaginação fértil, já que no momento em que a água gelada entrou em contato com meu corpo e eu fechei os olhos a imagem dele me atingiu em cheio mais uma vez, e foi ali com ele nos meus pensamentos de uma maneira totalmente invasiva que eu comecei a perceber o quanto que odeio aquele sorriso cafajeste que ele sempre coloca no rosto, odeio o perfume forte que com certeza mexeu com meus sentidos, odeio a boca dele que por alguns minutos ficou tão próxima da minha, odeio o fato da mão dele ter ficado tanto tempo em torno do meu pescoço, odeio que nenhum homem conseguiu me arrepiar da maneira que ele conseguiu em questão de minutos que ficamos perigosamente próximos demais, odeio a rouquidão que ele tem na voz, odeio como a roupa dele tá sempre impecável, odeio que ele tenha entrado nos pensamentos no momento do meu banho.

Foi então que de repente eu senti um formigamento no meio das minhas pernas, estava com os olhos fechados e com a mente longe, porém com a imagem dele ali, comecei a passear com a mão pelo meu corpo, a sensação que eu estava tendo era que ele estava ali, passando aquela mão em mim, me apalpando de uma maneira totalmente sedutora e quando me dei conta do que estava fazendo eu parei.

— Não, Giovanna. - me repreendi. — Você não vai fazer isso enquanto pensa naquele estupido!

Não estava sentindo nojo por pensar em me masturbar pensando nele, estava muito excitada, eu queria isso, mas era tão errado, era errado pensar que por alguns minutos ele estava ali comigo, usando meu corpo da maneira mais perfeita do mundo e que no outro a minha cabeça foi capaz de me parar apenas pelo fato de eu odiar ele. Tentei me concentrar na maneira que a água gelada caía em meu corpo e de como foi relaxando os meus sentidos, eu poderia ter entrado na banheira, mas seria muito perigoso, na banheira eu tenho absoluta certeza de que não teria parado meus movimentos.

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