Dois empresários, dois extremos opostos, porém um único propósito: reerguer suas empresas que estão prestes a decretar falência.
Será que Alexandre e Giovanna serão capazes de conviver em sociedade pelo bem de seus negócios?
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alexandre nero
Minha maior vontade é pegar o primeiro táxi nesse aeroporto e ir até a casa da minha sócia, mas infelizmente eu vou ter que mudar meus planos.
Liguei para Charlie e pedi que ele mandasse alguém trazer meu carro até aqui. Fiquei alguns bons minutos esperando alguém chegar com o meu carro e, assim que vi a minha Mercedes Benz vindo em minha direção, eu sorri involuntariamente. Coloquei minha mala no porta-malas e peguei a chave com o manobrista. Agradeci pelo trabalho dele e disse a ele que eu estava atrasado para acertar tudo, mas que era só ele procurar por meu secretário que o dinheiro por esse trabalho entraria na conta dele ainda hoje.
Antes de entrar no carro, eu peguei a mala do porta-malas e a coloquei no banco de trás do carro, peguei a minha camiseta social e joguei para o banco da frente, peguei a calça social também e fiz o mesmo. Entrei do lado do motorista e troquei de roupa ali mesmo, com muita, muita, muita pressa.
Dirigi em uma velocidade que tenho certeza de que chegará alguma carta de multa no meu apartamento, mas gritei um foda-se internamente e foquei a minha atenção para chegar até o prédio de Antonelli.
Quando cheguei, eu não me importei em parar na vaga dela, já que a de trás estava ocupada com um carro que eu nem sei de quem é. Sai de dentro da Mercedes Benz e fui até o elevador, eu estou muito acelerado e sei que poderia ter apertado o botão da seta para cima com menos brutalidade, mas infelizmente isso não aconteceu.
Entrei no elevador e me encarei no espelho antes de virar o corpo e apertar o botão do último andar. Fiquei encarando o painel e, quando cheguei no andar da minha sócia, as portas demoraram a abrir. Confesso que isso me assustou por um tempo, afinal, só é bom ficar preso aqui se ela estiver junto.
As portas finalmente abriram e eu saí de dentro do elevador com pressa, olhei pelas portas de vidro e vi Paloma parada na frente do balcão da Harper. Me apressei em abrir as portas de vidro e entrei ali com pressa para me aproximar das duas e ouvir o que Harper está falando no telefone:
— Não, mas ela disse que teve uma reunião com o... Ah, oi Nero. — a secretária se empolgou mais no tom de voz quando me viu.
Dei um tchauzinho para ela com as mãos e beijei a bochecha de Paloma.
— Bom dia. — sussurrei e sorri enquanto intercalei o olhar entre elas.
Notei como Paloma sorriu para mim de uma forma diferente e franzi o meio das minhas sobrancelhas.
Eu deveria estar na cama da Antonelli agora.
— Ela quer falar com você. — Harper me tirou dos meus pensamentos intrusivos e apontou o telefone na minha direção, neguei com a cabeça e ela voltou com o telefone para a orelha. — Ele não quer falar com você.
