Dois empresários, dois extremos opostos, porém um único propósito: reerguer suas empresas que estão prestes a decretar falência.
Será que Alexandre e Giovanna serão capazes de conviver em sociedade pelo bem de seus negócios?
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alexandre nero
Segundas-feiras, o que tem nelas?
Nunca fui fã de segundas, mas confesso que a de hoje está um tanto diferente. Eu estou empolgado para tudo que tenho planejado para o dia de hoje, estou ansioso para a reunião que tenho com Antonelli e estou contente de ver que minha mão finalmente está ficando boa.
Por falar na minha mão, eu fiquei muito feliz quando os médicos me contaram que eu só precisei de três pontos, mas confesso ter me arrependido de não ter contato que quem bateu em Jorge fui eu, porém ao ver o estado que ele ficou, eu sinto esse arrependimento ir embora do meu corpo rapidinho.
Lembrei que preciso ir no hospital antes de ir para a empresa e me apressei em me arrumar, coloquei um terno azul escuro, apenas por conta da reunião às duas horas da tarde e desci até a garagem do meu prédio, ainda é estranho dirigir com a mão enfaixada, não vejo a hora de tirar essa maldita faixa.
Não demorei muito para chegar no hospital e fiquei feliz de não ter que ficar ali por muito tempo, eu só precisei preencher uma papelada para finalmente ficar livre desse lugar. Sai do hospital e fui até meu carro, entrei nele e olhei minha mão com um sorriso enorme no rosto, liguei o rádio do carro e coloquei meu celular no aleatório da playlist de mpb.
Quando me dei conta eu já estava com o carro estacionado na frente do de Antonelli. Meu primeiro pensamento foi em ir até meu prédio, mas a vontade de mostrar a ela que minha mão está livre da faixa é bem maior.
Peguei meu celular no banco do carona e fui em direção ao elevador, sorri quando vi minha imagem no espelho, eu devo confessar que estou impecável. Adoro me ver de terno azul e gosto mais ainda que escolhi a gravata perfeita para esse terno. Não demorei muito para chegar no andar dela e vi que ainda era onze horas da manhã, acho que demorei mais do que devia no hospital.
Sorri quando vi Harper no balcão dela e me aproximei devagar.
- Diaaa. - falei com a voz rouca.
- Bom dia, Nero. - ela sorriu para mim. - Eu...
Harper iria me perguntar algo, mas foi barrada com a voz da Giovanna no telefone. A secretária foi rápida em puxar o telefone do gancho com tudo quando se deu conta do tom de voz da minha sócia e olhou para mim com um sorriso tímido no canto da boca.
- Giovanna... - ela sussurrou e desviou o olhar de mim. - A gente entrou em outro assunto...
Vi a forma como ela suspirou fundo e de como ela fechou os olhos porque provavelmente está levando a maior bronca do século por algo totalmente bobo.
- Deixa que eu vou lá acalmar a fera. - ri baixinho e comecei a andar em direção a sala da minha sócia.
Harper tentou me falar algo, mas fui capaz de ignorá-la e abri a porta de Antonelli devagar. Olhei pela sala procurando pela minha sócia e vi que ela está com a cadeira virada para a janela, entrei na sala e fechei a porta sem fazer muito barulho, virei meu corpo e pude perceber que a cadeira se balançava devagar. Me aproximei com cautela, afinal não quero assustar ela.
