— com amor, Tata.
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giovanna antonelli
— Nero, não!
Era a única coisa que eu conseguia lembrar da noite anterior e a única coisa que ecoava na minha mente. Eu sei que não bebi tanto na noite anterior, na verdade na terceira taça de vinho eu parei de contar as que foram trazidas depois até mim, só sei que quando me dei conta eu já estava do lado de fora do restaurante implorando para que Jorge me soltasse. Lembro do Alexandre ter chegado também e de como isso me deixou aliviada, mas a partir do momento em que meu sócio empurrou o corpo de Jorge para o carro eu só lembro de gritar o nome dele e de repente tudo ficar preto.
E agora eu estou aqui, em um lugar que não conheço, com uma dor de cabeça horrível e com uma agulha enfiada na minha mão. Abri os olhos devagar e me dei conta de que estou em um quarto de hospital, mas o que eu estou fazendo aqui?
Olhei em direção ao pacote que está preso na agulha e vi que é de soro, mas por qual motivo eu estou tomando soro?
Suspirei fundo e olhei pelo quarto, eu estou sozinha e a porta está fechada, quis me levantar e sair dali, porém foi nesse momento que eu deixei de ficar sozinha e uma moça vestida de rosa entrou ali e olhou em minha direção.
— Senhorita Antonelli, bom dia. — a voz dela era doce. — Tá tudo bem?
Levei um tempo para processar o que estava acontecendo, pisquei algumas vezes quando ela encarou meu olhar, nossos olhares ficaram um tempo presos um no outro e eu percebi que ela ainda esperava uma resposta minha, então eu afirmei com a cabeça e me sentei na cama de novo para que ela se aproximasse de mim.
— Por que eu estou aqui? — perguntei em um sussurro.
— Seu noivo que te trouxe. — ela ergueu os ombros.
— Noivo? — a encarei preocupada.
— Sim, ele está no quarto ao lado. — tirou o soro de mim.
Resolvi ignorar essa informação de que de repente eu tenho um noivo, não quero me preocupar com isso agora, na verdade quero descobrir o real motivo de eu ter vindo até este hospital e mais ainda o porquê que eu não lembro de nada.
— Por que eu estou no soro? — desviei o olhar dela.
— Você estava desmaiada quando chegou aqui e ele achou melhor colocar você no soro, eu perguntei o motivo e ele disse que a senhorita bebeu demais na noite passada e que teve uma queda de pressão quando encontraram um cara caído no chão perto do carro dele. — pegou uma prancheta que estava em cima de uma bancada ao lado da cama que eu estou.
Arqueei a sobrancelha e tentei lembrar o que aconteceu na noite anterior, o único flash que me veio foi de uma fala de Jorge:
"Você assim como eu consegue ver que ela é uma puta de uma gostosa, mas você tem que aceitar que quem vai comer ela primeiro sou eu!"
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Something About You | GN
FanfictionDois empresários, dois extremos opostos, porém um único propósito: reerguer suas empresas que estão prestes a decretar falência. Será que Alexandre e Giovanna serão capazes de conviver em sociedade pelo bem de seus negócios?