seis

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— com amor, Tata.

alexandre nero

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alexandre nero

Estávamos próximos o suficiente para que eu pudesse transformar o contato de nossas bocas em um beijo intenso e finalmente sentir o gosto dela, descobrir logo se ela era a boca certa, se o corpo dela era o certo para eu passar minhas mãos, se a boca dela foi feita apenas para eu beijar, porém Antonelli foi muito mais rápida que eu e me parou, colocou a mão no meu peito e subiu o olhar para encarar o meu.

— O que você pensa que está fazendo? - ameaçou me empurrar.

— Não é óbvio? - segurei o queixo dela.

— Você é louco de pensar que isso... - usou o dedo indicador para apontar para nós dois. — Vai resultar em algo, com licença! - me empurrou.

Fui para falar algo mas no momento em que abri a boca ela entrou no banheiro e bateu a porta com tudo.

Deve ter sido o whisky.

Pensei comigo, eu não teria agido assim se estivesse sóbrio, mas por que eu quero fazer de novo? Por que essa vontade de beijar ela ainda está comigo? Por que ela fugiu? Se fosse em outro lugar ela ainda teria fugido? Se tivesse partido dela eu também teria fugido da mesma maneira?

Tantas perguntas.

Balancei minha cabeça para fugir delas e voltei para a mesa, não consegui tirar do meu pensamento o que teria acontecido se ela não tivesse fugido do beijo, se ela não tivesse se afastado, será que ela sentiu minha ereção? Comecei a pensar demais nisso e nem vi que ela voltou para a mesa.

— Me leva até minha empresa de volta. - ela apoiou o braço na mesa.

— Se é isso o que você deseja. - me levantei.

— Sim, é isso que eu desejo. - me encarou.

Desviei do olhar dela e chamei o garçom, paguei a conta, percebi que acabei pagando o vinho dela, mas não me importei também, eu a trouxe aqui, nada mais justo eu ter pago. Voltamos para o carro e eu evitei ao máximo olhar para ela, mesmo que em alguns momentos eu falhava e olhava sem querer para ela, mas não tenho culpa, ver ela naquele vestido estava me deixando maluco, já tinha passado todas as imagens possíveis de como tirar ele daquele corpo pela minha cabeça e mesmo comigo ignorando estava impossível não imaginar como é o corpo dela por debaixo daquele tecido.

Liguei o rádio para quebrar o silêncio, eu não falaria com ela, mas estava insuportável estar no mesmo local que ela e se manter em silêncio, não me importei muito com a música que começou a tocar, mas foi melhor esse som do que o silêncio constrangedor que estava ali dentro. Não demoramos para chegar próximo a empresa dela e antes de eu estacionar o carro eu reparei demais na forma que ela foi tirando as joias, ela começou a tirar a pulseira, depois tirou o colar e por último os anéis, quando ela foi guardar todos os itens na bolsa o anel que ela sempre usa no dedo indicador caiu para fora e ela não percebeu, pensei em falar para ela mas quando fui falar ela soltou o cinto de segurança e desceu do carro sem nem olhar para mim.

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