35.Visita no céu

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— Pode falar querida, o que aconteceu? - Ela diz preocupada.

— Hoje é o aniversário do principe, como você deve saber. - Explico. - E eu não tenho nada a altura! - Choramingo.

— Oh meu Deus que susto Alana! Achei que tinha acontecido alguma coisa terrivelmente. - Ela ri, enquanto suspira.

— E não é algo terrível? - Brinco.

— Muito! - Concorda com intensidade. - Não se preocupe, vou ver o que tenho aqui no ateliê e te mando algumas opções.

— Obrigada tia Charlotte, você é a melhor! - Dou alguns pulinhos.

— Eu sei! - Fala de forma convencida.

Tia Charlotte sempre foi muito ligada a essas coisas de moda e joias, e era por isso que ela sempre era à salvação nesses casos. Ela e tio Arthur finalmente se acertaram após mais um dos episódios dele de loucura, ele era bem difícil de lidar quando tinha recaídas. Mas tia Charlotte o amava tanto ao ponto de lutar por ele, mesmo no seu momento mais obscuro, era um amor desses que eu queria pra mim.

[...]

Algumas horas se passaram e por sorte tia Charlotte conseguiu me enviar os vestidos ao por do sol, logo quando eu ia começar a me arrumar. Abro cada um deles e os analiso, e de imediato um chama minha atenção. Ele era azul, e seu tom ia ficando mais escuro ao longo de seu cumprimento todo revestido de tule. A partir do quadril ele possuia pedras brilhantes e suas mangas eram caídas.

Ele era lindo, eu poderia ver suas pedras brilhantes de longe e seu tule passava um ar real, literalmente parecia ter sido feito para uma princesa

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Ele era lindo, eu poderia ver suas pedras brilhantes de longe e seu tule passava um ar real, literalmente parecia ter sido feito para uma princesa.

— Aquele ali é lindo. - Ouço a voz de Jace na porta.

Só de ouvir sua voz eu já revirava os olhos, eu não conseguia fingir algo que não estava sentindo e odiava traidores. Que agíssemos feito dois libertinos como sempre fomos, sem amarras como sempre gostamos. Mas ele sabia o quanto eu odiava mentira, nunca diga que está comigo se não esta, não me faça perder tempo. Eu não confiava nele, e lhe dei essa oportunidade pra provar o contrário, mas Jace era burro demais para aproveitar e só me fez perder tempo.

— Não sei se gostei muito. - Não lhe dou atenção.

— Você vai ficar linda com qualquer um desses. - Seus passos se aproximam. - Eu vou ser o homem mais sortudo da festa. - Me abraça por trás.

— Nós não vamos juntos. - Me afasto.

— Como assim? - Fala confuso. - Hoje é a noite perfeita pra falar com o meu pai, e possivelmente com o seu tio, ja que o seu pai não ta na cidade.

Ele ainda estava com essa ideia absurda na cabeça, agindo como estivesse perdidamente apaixonado, era apenas um mentiroso. Jace não perdia a oportunidade de dizer e deixar claro o quanto todos olhariam para nós, ele queria me exibir como um troféu. Ele não estava apaixonado pela Alana, e sim pelo sobrenome Shelby e o meu legado. Para ser sincera eu acho que eu também cometi o mesmo erro, deixei me levar pelas aparências e achei que poderia ama-lo com o tempo.

Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora