47.O amor tem cabelos de fogo

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Sentada na cama eu encaro a janela fixamente, meus olhos estavam no céu, mas o meus pensamentos ainda estavam na noite de ontem. Eu não queria ficar lembrando, gostaria que fosse apenas algo momentâneo, mas as memórias continuavam a voltar. O seu beijo, aqueles olhos, o som da sua voz suave e rouca, o jeito como me segurava, Phillipe era uma perdição...!

Isso era o que me dava mais raiva, ele era bom demais, era um verdadeiro cavalheiro e ao mesmo tempo um grande cafajeste. Por um momento me arrependi de ter aceitado o tal acordo, eu estava gostando demais e precisava me controlar para não deixar esse sentimento se tornar em outra coisa. Esse era o pior karma na vida de uma mulher, ter química com alguém, a química sobressai o amor, e eu gostaria que fosse apenas isso, química.

Me levantei e fui me aprontar, hoje o dia seria bem corrido, o baile se aproximava e eu tinha alguns negócios do novo projeto para resolver. Coloquei um macacão com alças, o mesmo possuía um entrelace na parte dos seios, deixando a peça mais elegante. No cabelo fiz um coque simples, estava bem calor e o sol estava bem quente e alto.

Saio do quarto e caminho em direção a sala de jantar, por um milagre talvez todos estivessem juntos tomando café

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Saio do quarto e caminho em direção a sala de jantar, por um milagre talvez todos estivessem juntos tomando café.

— Eu vi em! - Alguém gargalha atrás de mim.

— Viu o que Charles? - Olho para trás.

— Você não tem jeito né Alana. - Se aproxima, morrendo de rir. - Não adianta, já está no sangue.

— Pare de fazer rodeios e fale logo idiota! - Dou um tapa na nuca do moreno.

— Vi você e o príncipe chegando juntos... - Me olha de forma maliciosa.

Será que mais alguém tinha visto? Por um momento meu coração parou, Charles era minha menor preocupação. Concordamos em manter tudo em sigilo, nos divertiríamos, mas nada a mais, um boato como esse poderia gerar um escândalo.

— Você devia estar muito bêbado. - Continuo a andar, fingindo estar despreocupada.

— Você nunca foi boa em mentir pra mim. - Ele provoca. - Sempre contamos tudo um pro outro Lana! - Anda ao meu lado com as mãos no bolso.

— Tabom eu admito, mas tem que me prometer que vai manter essa boca fechada. - Coloco o dedo indicador em seus lábios.

— Minha boca é um túmulo. - Fala de forma abafada, com minha mão em minha boca. - Mas me conta, quanto tempo faz? Vocês estão apaixonados?

— O que? Não! - Faço uma careta. - Nada de compromisso, só nos divertimos juntos.

— Um caso sem compromisso com o príncipe da Inglaterra, só pode estar ficando louca. - Balança a cabeça negativamente. - Pelo menos você terá muitas histórias pra contar pros seus filhos. - Ele gargalha.

Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora