31.Dia de caça

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Acordei bem cedo e me senti aliviada ao ver que o temporal já havia passado, sem demora me levantei e troquei de roupa. Tudo o que eu queria era ir embora o mais rápido possível, e com essa intenção, sai do quarto e caminhei até a saida.

— Não vai ficar pro café? - William aparece atrás de mim.

— Eu preciso ir. - Nego.

— Fique pelo menos pro café, não é bom sair sem comer na sua idade. - Insiste.

— Obrigada, mas não, Sr.Cooper. - Digo arrumando a bolsa.

— Estamos em familia, não me chama assim Alana, você está em casa. - Sorri.

— Aqui nunca vai ser minha casa. - Caminho até a porta.

Mesmo sendo ignorado o mais velho me acompanha ate a porta e enquanto dou partida, saindo com o carro, percebo que ele ainda me observava. Sigo meu caminho então pela estrada que ainda estava um pouco molhada e com alguns vestígios da tempestade, principalmente árvores.

[...]

Após muita dificuldade e alguns atalhos, finalmente consigo chegar ao palácio e tranquilamente subo suas escadarias. Caminho em direção ao meu quarto, mas logo fui supreendida por Jason.

— QUEM É VIVA SEMPRE APARECE! - O loiro grita.

— Você não vai nem acreditar. - Suspiro e o abraço.

— Ficamos a noite toda procurando por você. - Me aperta.

Fomos então para uma das salas do palácio e assim que entrei Anthony e Charles correram até mim, seus olhos estavam fundos como quem não pegou no sono a noite toda.

— Um dia você ainda vai me deixar louco Alana! - Anthony abraça.

— Dessa fez não foi intenção eu juro! -Entrelaço meus dedos em sinal de promessa.

— Aonde você se meteu? - Charles diz curioso. - Não me diga que esta de casinho novo... - Descontrai a situação.

— Por Deus... - Anthony revira os olhos e me solta.

— Quem dera fosse isso. - Dou risada. - Na verdade, eu estava na mansão Cooper.

— O QUE?! - Gritam em conjunto.

— A noite toda? - Jason diz confuso. - Não era só uma reunião?

— Era pra ser, mas a tempestade começou e eu não tive escolha. - Explico.

— Nosso pais ficariam loucos se soubessem que você passou a noite naquela casa. - Anthony diz.

— E vocês não vão contar nada, ouviram!? - Aponto o indicador para cada um.

— Minha boca é um túmulo. - Charles diz.

— A minha também. - Jason assente.

— Anthony... - Olho para o moreno, que me encarava de braços cruzados.

— Conta como foi lá. - Faz um gesto com a cabeça.

Ele estava mais que preocupado, estava curioso, pois assim como eu, tudo o que ouviu foram histórias e relatos de tudo o que aconteceu no passado.

— Eu conheci William Cooper. - Dou continuidade.

— O avô de vocês? - Jason arregala os olhos.

— O próprio diabo. - Assinto. - Ele veio com aquele famoso papo de que éramos uma familia, que nossa mãe a maior alegria que aquela casa já teve. - Conto com detalhes, de forma irônica.

— Parece que continua sendo um mentiroso e manipulador. - Anthony se senta. - Espero que você não tenha caído nesse papo de vôvô arrependido.

— Até parece, naquela familia são um bando de cobras. - Me sento.

Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora