A madrugada fria de Paris estava tomando cada parte da cidade, uma névoa pesada trazia para as residências do bairro próximo ao centro um terrível frio e uma comoção inesperada.
- Ellie, pegue suas coisas rápido!! Calisto, pai da jovem estava jogando numa mala algumas roupas.
Ellie estava correndo de um lado para o outro, depois que seu pai tivera a imbecilidade de fazer um empréstimo com agiotas, tudo tinha sido virado de ponta cabeça.
Antes pai e filha tinham um lugar na sociedade, Calisto exímio administrator de fortuna, um homem seguro de si, mas seu desespero ante a doença de sua esposa o fez cair numa armadilha.
- Papai ... o que eles querem? Ellie pegou uma mala e colocou tudo que era de mais valioso, suas recordações de sua mãe e uma caixinha com as joias que ainda restavam.
Os agiotas tentavam entrar pela porta da frente da residência, Calisto estava desesperado pois se fosse pego ele poderia morrer e o pior poderia acontecer a sua filha.
- Vamos, querida! O homem pegou sua filha pela mão e saíram rapidamente pela saída dos empregados.
Calisto tinha em mãos uma passagem de navio para a América, apenas ida. Relutante aquela ideia o homem tinha se decidido, iria abandonar filha, de certo ela sozinha estaria segura.
- Querida... eu sinto muito. Calisto olhou pela última vez sua residência, suspirou e caminhou para longe com sua filha.
- Papai. Aonde iremos? Não temos nenhum lugar para ir ... Ellie abraçava o casaco contra seu corpo e tremia por conta do frio.
- Querida, eu sei para onde irei. América.
A jovem olhou com dúvida o pai, aquilo era loucura, como poderiam recomeçar num país totalmente diferente?
- E você ... irá ficar. Aqui, tome. São minhas últimas economias. Eu sei que minha filha irá ficar melhor sozinha sem minha presença. O homem entrega algumas notas amassadas a filha e começa a chorar.
- Pai... O que... não! Eu não irei ficar bem com o senhor longe de mim!! Ellie não entendia, não queria estar sozinha, só de pensar naquilo um desespero a atinge em seu peito.
- Querida, eu sei... eu não queria tomar essa decisão. Mas os agiotas tomaram nossa casa, não há mais nada que eu possa fazer aqui. Você minha filha, tem estudo poderá viver bem e quem sabe encontrar um amor, formar uma família. Calisto pega na mão da filha e continua.
- Não me odeio por isso. Eu não tenho mais forças de ficar aqui. Não me faça ficar ainda mais culpado do que já estou.
Ellie era uma jovem muito talentosa e educada, criada por mãos amáveis, sua mãe e pai nunca economizaram em sua educação. Se portava como uma dama e tinha os modos mais elegantes de Paris. Falava três idiomas e entendia de matemática, ciências e assuntos gerais como ninguém.
- Querida, você vai ficar bem. Minha amiga de longa data me disse que um viúvo está precisando de uma professora para seu filho, e ela me deu o endereço e referências. Calisto entra um papel a jovem.
- Mas..., mas pai... Eu nunca trabalhei. Eu não tenho referências. Eu... Quero ficar com o senhor, não me deixe. Ellie abraçava o pai e suas lágrimas molhavam o pesado casaco do homem.
- Não será possível, eu prometo filha, quando estiver bem... Eu retornarei. Agora, vamos dormir um pouco. Calisto entra num pequeno hotel e pai e filha caem cansados na cama.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...