Erik e Persa desembarcaram em Nova Iorque, com expressões carregadas de determinação enquanto caminhavam pela cidade. Eles estavam em busca de Ellie, mas possuíam poucas informações.
Erik olhou para o endereço na carta que o pai de Ellie, Calisto, havia enviado e Ellie deixado para trás na pressa de partir em busca dele . Ele sabia que a tarefa seria difícil, mas estava preparado para usar todas as suas conexões. Erik tinha muitas redes de contatos, e a América era lar de muitos poderosos com quem ele já havia trabalhado em seus projetos.
Ele sabia que a família Rizzo era influente, mas também tinha conhecimento de que outras famílias na cidade possuem igual poder, e ele tinha muitos contatos no submundo de Nova Iorque.
Com alguns detalhes em mãos, Erik começou a rastrear o paradeiro do esconderijo da família Rizzo. No entanto, ele queria ter certeza de que Ellie estaria com seu pai antes de fazer qualquer movimento precipitado. A primeira parada deles foi um prédio luxuoso em Manhattan, onde um de seus contatos, um magnata do mercado imobiliário com laços no submundo, residia.
Chegando lá, foram recebidos pelo porteiro uniformizado, que os conduziu através de um hall de mármore brilhante até um elevador dourado. Subiram até a cobertura, onde foram recebidos em uma espaçosa sala de estar com vistas deslumbrantes da cidade. O contato de Erik, um homem de meia-idade com um sorriso astuto, os esperava com um copo de conhaque na mão.
– Erik, é um prazer vê-lo novamente. Levantando-se para cumprimentá-los.
– Soube que está à procura de alguém.
– Sim, estou. Respondeu Erik, direto ao ponto.
- Preciso encontrar a sede da família Rizzo. Eles têm algo muito precioso que me pertence.
O magnata olhou para Erik, sua expressão se tornando mais séria. Ele sabia que a família Rizzo não era algo a ser tratado de forma leviana.
– Isso é um pedido perigoso, Erik. Mas, por você, vou ver o que posso fazer . Disse ele, caminhando até um cofre disfarçado atrás de uma pintura. Após alguns momentos, ele tirou um envelope e entregou a Erik.
– Este é o endereço de um de seus esconderijos. Sei que o que procura é muito importante para você, mas Erik ... Tome cuidado.
– Obrigado .Disse Erik, pegando o envelope.
– Vou retribuir este favor um dia.
Ellie sentiu o desespero tomar conta de si, estar presa naquela sala a faz repensar sua vida e estar preocupada com o seu pai. Aquele homem, Zeno ao vê-la se mostrou um homem violento e que não iria se limitar a apenas ameaças levianas.
Um misto de vozes foi ouvido do outro lado da porta onde Ellie estava e logo seguido um tiro. A jovem se abaixou e tampou os ouvidos. Pensava que aquele tiro era para ser para seu pai ou pior.
"Erik!" A jovem sussurrou ainda em estado de pânico, seus olhos ficaram tensos e cheios de lágrimas.
- Oh... minhas sinceras desculpas. Ellie. Zeno entrou novamente na sala e avistou a jovem no canto.
Mantendo a porta aberta, o homem não se importou em fechá-la, ele queria mostrar o que ele era capaz de fazer a Ellie, ao fundo havia um corpo caído no chão sangrando.
- Veja bem ... aqui é meu ambiente de trabalho, quer dizer ... é onde as coisas que começam errado acabam. O homem gesticulou com as mãos de maneira calma ainda esperando uma reação de Ellie.
Se aproximando da jovem Zena sorriu, Calisto tinha uma preciosidade escondida e agora ele podia saber o motivo dele a esconder, Calisto havia trabalhado afinco nas contabilidades da família por muitos meses mas ao final ele descobrirá que ele estava desviando uma quantia para sua conta pessoal.
- Foi uma grande irresponsabilidade de meus homens a trazer aqui ... se eu soubesse eu iria te encontrar pessoalmente ... O homem se abaixou para olhar com curiosidade a jovem.
- Seu pai foi um bom amigo no início ... ah sim ... mas ele tende a ser irresponsável e estragar as coisas, não é? Zena colocou a mão sobre o ombro de Ellie.
- Podemos entrar num acordo sobre essa questão, é claro. Só preciso conversar com Calisto ... podemos esperá-lo em minha casa, não seria mais confortável e menos barulhento do que aqui.
Deixando o prédio luxuoso, Erik e Persa dirigiram-se rapidamente ao endereço fornecido. Ao chegarem ao local, avistaram o armazém mencionado. Era uma construção grande e decadente, cercada por um ar de abandono.
– Tem certeza que é aqui? Perguntou Persa, olhando ao redor.
– Não temos outra pista Respondeu Erik.
– Vamos entrar.
Os dois se aproximaram com cautela, evitando fazer barulho. Ao entrarem, encontraram o armazém escuro e silencioso, exceto pelo som ocasional de goteiras. Eles se moveram furtivamente, seus olhos ajustando-se à penumbra.
– Cuidado .Sussurrou Persa.
– Não sabemos quantos homens eles têm aqui.
Continuaram avançando, verificando cada canto do armazém. De repente, ouviram vozes ao longe. Aproximaram-se lentamente e espiaram por uma porta entreaberta.
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Um toque do destino
RomantizmEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...