Capítulo 37

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A viagem até Chartres foi tranquila, Ellie dormia tranquilamente, enquanto Erik tentava entender como ele tinha tido aquela ideia tão repentina.

"Nunca imaginaria que você iria me deixar assim... Eu voltar a ser impulsivo" o homem observava agora a paisagem mudando para uma cidade conhecida a ele, Chartres era um lugar charmoso e muito aconchegante.

Ao parar a carruagem Erik voltou o olhar para a residência em estilo vitoriano, a casa tinha dois andares e foi uma das últimas aquisições do homem.

- Chegamos. Erik sussurra a jovem que desperta com dificuldade.

Ao ver a casa Ellie fica deslumbrada com a arquitetura do local, era diferente da casa em Paris. Aquela casa parecia ser mais familiar.

- Eu que projetei, faz um tempo. Noto que atualmente não iria fazer nada disso. Erik comenta ao observar os detalhes em arabescos que havia nas janelas.

- É muito bonita. Não sabia que você fazia essas coisas... Tão intimista. A jovem observou o jardim com um lago ao lado da casa.

- Eu também faço outras coisas, se quer saber. Tive ótimos anos antes de fazer essa casa, por isso ela é tão... Familiar. Erik abre a porta da carruagem e espera a jovem descer.

- Você pode pegar Gustave? Ele está dormindo tão profundamente. A jovem olhou para o homem que não estava tão disposto aquilo.

- Você pode chamar um dos funcionários da residência, eu mantenho sempre alguns para zelar pela casa. Eu ... Não irei carregá-lo. Erik bufa e depois olha para a jovem.

- Por favor? Eu até o levaria, mas ele é grandinho para mim. Faça isso... Não será difícil a você. Ellie toca a mão do homem que desiste de ficar contrário aquilo.

Com Gustave no colo, Erik caminhou até a entrada da casa, início da manhã fez com que um senhor baixinho atendesse apressado a porta.

- Sr.... Sr... Destler. Ohhh, que surpresa!!

- Bom dia, Rubens. Não tive tempo de informar de minha vinda.

Erik entra na casa e fica satisfeito a ver que tudo estava em ordem. Ainda com Gustave nos braços subiu as escadas, Ellie seguia o homem que parou numa porta.

- Oh... Aqui, deixa eu ajudar. A jovem abre a porta e se depara com um quarto infantil, decorado com brinquedos e outras coisas.

Ellie pensou que aquele quarto estava intocado, talvez Erik havia o idealizado antes da partida de sua esposa, o que a fez ficar emocionada, no fundo Erik havia pensado em tudo, até antes de Gustave nascer.

- Certo, agora você pode ficar no quarto ao lado. Eu ficarei na suíte, depois pensamos no resto. Erik coloca o menino na cama e se retira.

Ellie retira os sapatos de Gustave e o cobre, aquele quarto era tão bonito, tinha ali um carinho a cada canto do lugar, talvez Erik tivera projetado antes da perda da esposa, pois ali ela via outra face do homem.

Erik entrou na suíte da casa, era enorme, satisfeito a ver que tudo estava limpo o homem retirou seu blazer e dormiu profundamente.

A jovem ao sair do quarto de Gustave, avistou Rubens em pé e nervoso. O pobre senhor não tinha ideia da visita do patrão e estava tentando organizar tudo.

- Senhorita, mil perdões... Eu ... Eu... Não me apresentei adequadamente... Meu nome é Rubens Screane, cuido da residência desde sempre. Não sabia que o patrão se casou novamente, com uma bela jovem... É um grande prazer, conhecê-la.

- Prazer em conhecê-lo. Mas eu não sou esposa do Sr. Destler. Eu cuido de Gustave, sou babá e professora dele.

O senhor ficou confuso, tinha quase certeza de que eles eram um casal, tinham tanta química juntos além disso era estranho seu patrão voltar para casa com mais pessoas, Rubens havia o visto apenas no enterro de Christine, e logo perceberá que ele havia se fechado para tudo.

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora