A viagem até Chartres foi tranquila, Ellie dormia tranquilamente, enquanto Erik tentava entender como ele tinha tido aquela ideia tão repentina.
"Nunca imaginaria que você iria me deixar assim... Eu voltar a ser impulsivo" o homem observava agora a paisagem mudando para uma cidade conhecida a ele, Chartres era um lugar charmoso e muito aconchegante.
Ao parar a carruagem Erik voltou o olhar para a residência em estilo vitoriano, a casa tinha dois andares e foi uma das últimas aquisições do homem.
- Chegamos. Erik sussurra a jovem que desperta com dificuldade.
Ao ver a casa Ellie fica deslumbrada com a arquitetura do local, era diferente da casa em Paris. Aquela casa parecia ser mais familiar.
- Eu que projetei, faz um tempo. Noto que atualmente não iria fazer nada disso. Erik comenta ao observar os detalhes em arabescos que havia nas janelas.
- É muito bonita. Não sabia que você fazia essas coisas... Tão intimista. A jovem observou o jardim com um lago ao lado da casa.
- Eu também faço outras coisas, se quer saber. Tive ótimos anos antes de fazer essa casa, por isso ela é tão... Familiar. Erik abre a porta da carruagem e espera a jovem descer.
- Você pode pegar Gustave? Ele está dormindo tão profundamente. A jovem olhou para o homem que não estava tão disposto aquilo.
- Você pode chamar um dos funcionários da residência, eu mantenho sempre alguns para zelar pela casa. Eu ... Não irei carregá-lo. Erik bufa e depois olha para a jovem.
- Por favor? Eu até o levaria, mas ele é grandinho para mim. Faça isso... Não será difícil a você. Ellie toca a mão do homem que desiste de ficar contrário aquilo.
Com Gustave no colo, Erik caminhou até a entrada da casa, início da manhã fez com que um senhor baixinho atendesse apressado a porta.
- Sr.... Sr... Destler. Ohhh, que surpresa!!
- Bom dia, Rubens. Não tive tempo de informar de minha vinda.
Erik entra na casa e fica satisfeito a ver que tudo estava em ordem. Ainda com Gustave nos braços subiu as escadas, Ellie seguia o homem que parou numa porta.
- Oh... Aqui, deixa eu ajudar. A jovem abre a porta e se depara com um quarto infantil, decorado com brinquedos e outras coisas.
Ellie pensou que aquele quarto estava intocado, talvez Erik havia o idealizado antes da partida de sua esposa, o que a fez ficar emocionada, no fundo Erik havia pensado em tudo, até antes de Gustave nascer.
- Certo, agora você pode ficar no quarto ao lado. Eu ficarei na suíte, depois pensamos no resto. Erik coloca o menino na cama e se retira.
Ellie retira os sapatos de Gustave e o cobre, aquele quarto era tão bonito, tinha ali um carinho a cada canto do lugar, talvez Erik tivera projetado antes da perda da esposa, pois ali ela via outra face do homem.
Erik entrou na suíte da casa, era enorme, satisfeito a ver que tudo estava limpo o homem retirou seu blazer e dormiu profundamente.
A jovem ao sair do quarto de Gustave, avistou Rubens em pé e nervoso. O pobre senhor não tinha ideia da visita do patrão e estava tentando organizar tudo.
- Senhorita, mil perdões... Eu ... Eu... Não me apresentei adequadamente... Meu nome é Rubens Screane, cuido da residência desde sempre. Não sabia que o patrão se casou novamente, com uma bela jovem... É um grande prazer, conhecê-la.
- Prazer em conhecê-lo. Mas eu não sou esposa do Sr. Destler. Eu cuido de Gustave, sou babá e professora dele.
O senhor ficou confuso, tinha quase certeza de que eles eram um casal, tinham tanta química juntos além disso era estranho seu patrão voltar para casa com mais pessoas, Rubens havia o visto apenas no enterro de Christine, e logo perceberá que ele havia se fechado para tudo.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...