Capítulo 31

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Erik continuou a cozinhar com o olhar atento de Ellie, era estranho ter alguém naquele lugar, por seis anos ele tinha vivido lá por muito tempo sozinho, apenas com suas lembranças d dias que foram os melhores de sua vida ao lado de Christine.

- Certo ... Irei precisar de ajuda. Você poderia arrumar a mesa para mim? O jantar está pronto, mas você poderia fazer isso, como agradecimento. Erik finaliza o prato com um pouco de ervas aromáticas e indica um armário com louças a jovem.

- S... Sim... me desculpa, posso? Ellie pega os pratos e olha confusa para a mesa em mármore negro em sua frente.

- Sim, você é minha primeira visita nesse lugar, então... É certo que tratarei com cordialidade. Erik ri ao ver que Ellie se atrapalha com os talheres.

- Perfeito, senhorita. Erik puxa a cadeira para a jovem sentar-se.

- Obrigada... Eu não iria imaginar que teria um dia tão... Ellie assiste o homem servindo uma taça de vinho para ela.

- Tão?? Diferente, sim? E por favor beba um pouco de Musigny Grand Cru, não me faça essa desfeita. Erik se senta e beberica seu vinho.

" Álcool... Nada disso dá certo... Eu não quero ficar mais confusa do que já estou" Ellie pega a taça na mão e fica encarando o líquido bordô.

" Mas .... só um pouquinho, mão pode fazer mal. Eu nunca bebi" continuando seus pensamentos, a jovem levou até a boca o vinho e bebeu um pequeno gole.

- Incrível! Uma ávida apreciadora de vinhos. Erik solta uma gargalhada ao ver a jovem engasgar-se.

- E...eu nunca bebi! Preciso ir devagar. Ellie se irrita.

- Sim... Bem, para apreciar o vinho você deveria deixá-lo um pouco na boca, senti-lo. Não simplesmente beber, igual água. Pense em nossos beijos, não é legal sermos apressados... Precisamos sentir, degustar cada momento... Erik olha para a taça de vinho e a ergue.

A jovem cora, era ridículo aquilo, como ela se colocou naquela situação? Erik a provocava e a fazia ficar confusa, ora rude ... Para depois fazer tudo aquilo para ela.

- Eu sei o que você está pensando... Que eu sou um homem muito estanho e que te maltrato e te trato mal... Te castigando e você se odeia por estar adorando tudo isso. Erik começa a comer e a observa.

- Não sei do que está falando... O Sr. não precisa pensar que eu estou apreciando de nada... Na verdade, não pense ... Só coma. Ellie tomou um longo gole de vinho

Erik sorriu, a jovem era tão bonita e sem dúvidas tinha coragem para enfrentá-lo, parecia com Calisto de fato. Ellie estava com a visão um pouco turva, aquele vinho era bem forte... Ou ela que tinha bebido demais?

- Senhorita, percebi que vinho não é seu ponto forte, com licença... Vamos tomar água a partir de agora. Erik percebe que Ellie tentava terminar sua refeição em vão, pois estava lutando contra os talheres.

- Queria terminar isso ... Está tão gostoso... Ellie pega a mão do homem e lança um olhar inocente.

- Certo, certo... Aqui, vamos terminar... Eu não quero que você passe mal, foi uma idiotice eu ter oferecido vinho para uma criança. O homem leva o garfo com o pedaço de carne para a jovem.

- Eu .... Eu não sou criança... Eu... Sou grande!! E .... E você é um velho! A jovem cruza os braços e faz um beicinho.

- Sim, sim.... Sou um velho ... Certo. Aqui, termine isso. Erik não deu ouvidos a provocação da jovem.

- Um insuportável de um lobo... Que me faz corar e querer te beijar e ... Isso é mal.

- Com certeza uma dama com esses pensamentos é deverás ruim..., mas um velho como eu, não é tão ruim ter os mesmos pensamentos. O que me lembro, você deve ir direto para a cama, já que é uma criança teimosa. Erik ri e pega a jovem no colo.

- Não sei o motivo dessa máscara... Você é uma rainha dramática... Ellie joga a máscara longe e depois acaricia o rosto do homem.

- Rainha? Oh.... Ellie, você está com sorte pois eu sei que é álcool falando... Senão você estaria encrencada.

A jovem riu, o álcool estava fazendo efeito, porém ela estava de certo modo sóbria, ela só queria estar com aquele homem, era ridículo pensar que ele a fazia bem.

- Me castigue... Se quiser ... Eu gosto de seus castigos. A jovem se inclinou e sussurrou no ouvido do homem.

Ellie foi levada até o quarto do homem, deitada na cama ficou observando o homem que estava parado a encarando.

- Não sei o que faço com você. Mas por hoje, você pode dormir sossegada. Amanhã eu te aplico o castigo. Erik de aproxima e cobre a jovem.

- Não! Por que amanhã? Por que não hoje? Ellie agarra o homem pelo pescoço o fazendo cair em cima dela.

- Por Deus, Ellie... O que você pensa que está fazendo? Erik ri da atitude da jovem.

Ellie tinha seus braços sob o ombro do homem, sua face sem a máscara exposta fazia com que ela quisesse beijá-lo e nunca mais largar aquele homem.

" O que eu estou pensando!?? É o álcool, sim... Com certeza é"

- É motivo de justa causa se eu falar que você é o bonito? Uma empregada por falar isso de seu patrão? Ellie deposita um beijo na bochecha do homem.

- Deve ter alguma cláusula sobre isso..., mas, eu realmente não ligo. E você senhorita, está bêbada. Erik se levanta e toca o nariz da jovem.

Ellie pega no sono em seguida e Erik sobe até a sala de entrada, a porta por milagre estava destrancada.

Caminhando até o quarto de Gustave, o homem furtivamente entra sem fazer nenhum barulho e observa o menino a dormir.

" Será que irei um dia te amar?" O homem odiava sentir aquele sentimento ruim para com a criança. Ele mais do que ninguém sabia como era ter uma infância sofrida e agora ele estava fazendo o mesmo com Gustave.

" Estou fazendo o mesmo com o meu próprio... Filho" Erik suspirou, era a primeira vez que ele se referia ao menino como ser filho, as lembranças de sua infância com Gerard o faziam ter novas emoções. 

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora