Erik continuou a cozinhar com o olhar atento de Ellie, era estranho ter alguém naquele lugar, por seis anos ele tinha vivido lá por muito tempo sozinho, apenas com suas lembranças d dias que foram os melhores de sua vida ao lado de Christine.
- Certo ... Irei precisar de ajuda. Você poderia arrumar a mesa para mim? O jantar está pronto, mas você poderia fazer isso, como agradecimento. Erik finaliza o prato com um pouco de ervas aromáticas e indica um armário com louças a jovem.
- S... Sim... me desculpa, posso? Ellie pega os pratos e olha confusa para a mesa em mármore negro em sua frente.
- Sim, você é minha primeira visita nesse lugar, então... É certo que tratarei com cordialidade. Erik ri ao ver que Ellie se atrapalha com os talheres.
- Perfeito, senhorita. Erik puxa a cadeira para a jovem sentar-se.
- Obrigada... Eu não iria imaginar que teria um dia tão... Ellie assiste o homem servindo uma taça de vinho para ela.
- Tão?? Diferente, sim? E por favor beba um pouco de Musigny Grand Cru, não me faça essa desfeita. Erik se senta e beberica seu vinho.
" Álcool... Nada disso dá certo... Eu não quero ficar mais confusa do que já estou" Ellie pega a taça na mão e fica encarando o líquido bordô.
" Mas .... só um pouquinho, mão pode fazer mal. Eu nunca bebi" continuando seus pensamentos, a jovem levou até a boca o vinho e bebeu um pequeno gole.
- Incrível! Uma ávida apreciadora de vinhos. Erik solta uma gargalhada ao ver a jovem engasgar-se.
- E...eu nunca bebi! Preciso ir devagar. Ellie se irrita.
- Sim... Bem, para apreciar o vinho você deveria deixá-lo um pouco na boca, senti-lo. Não simplesmente beber, igual água. Pense em nossos beijos, não é legal sermos apressados... Precisamos sentir, degustar cada momento... Erik olha para a taça de vinho e a ergue.
A jovem cora, era ridículo aquilo, como ela se colocou naquela situação? Erik a provocava e a fazia ficar confusa, ora rude ... Para depois fazer tudo aquilo para ela.
- Eu sei o que você está pensando... Que eu sou um homem muito estanho e que te maltrato e te trato mal... Te castigando e você se odeia por estar adorando tudo isso. Erik começa a comer e a observa.
- Não sei do que está falando... O Sr. não precisa pensar que eu estou apreciando de nada... Na verdade, não pense ... Só coma. Ellie tomou um longo gole de vinho
Erik sorriu, a jovem era tão bonita e sem dúvidas tinha coragem para enfrentá-lo, parecia com Calisto de fato. Ellie estava com a visão um pouco turva, aquele vinho era bem forte... Ou ela que tinha bebido demais?
- Senhorita, percebi que vinho não é seu ponto forte, com licença... Vamos tomar água a partir de agora. Erik percebe que Ellie tentava terminar sua refeição em vão, pois estava lutando contra os talheres.
- Queria terminar isso ... Está tão gostoso... Ellie pega a mão do homem e lança um olhar inocente.
- Certo, certo... Aqui, vamos terminar... Eu não quero que você passe mal, foi uma idiotice eu ter oferecido vinho para uma criança. O homem leva o garfo com o pedaço de carne para a jovem.
- Eu .... Eu não sou criança... Eu... Sou grande!! E .... E você é um velho! A jovem cruza os braços e faz um beicinho.
- Sim, sim.... Sou um velho ... Certo. Aqui, termine isso. Erik não deu ouvidos a provocação da jovem.
- Um insuportável de um lobo... Que me faz corar e querer te beijar e ... Isso é mal.
- Com certeza uma dama com esses pensamentos é deverás ruim..., mas um velho como eu, não é tão ruim ter os mesmos pensamentos. O que me lembro, você deve ir direto para a cama, já que é uma criança teimosa. Erik ri e pega a jovem no colo.
- Não sei o motivo dessa máscara... Você é uma rainha dramática... Ellie joga a máscara longe e depois acaricia o rosto do homem.
- Rainha? Oh.... Ellie, você está com sorte pois eu sei que é álcool falando... Senão você estaria encrencada.
A jovem riu, o álcool estava fazendo efeito, porém ela estava de certo modo sóbria, ela só queria estar com aquele homem, era ridículo pensar que ele a fazia bem.
- Me castigue... Se quiser ... Eu gosto de seus castigos. A jovem se inclinou e sussurrou no ouvido do homem.
Ellie foi levada até o quarto do homem, deitada na cama ficou observando o homem que estava parado a encarando.
- Não sei o que faço com você. Mas por hoje, você pode dormir sossegada. Amanhã eu te aplico o castigo. Erik de aproxima e cobre a jovem.
- Não! Por que amanhã? Por que não hoje? Ellie agarra o homem pelo pescoço o fazendo cair em cima dela.
- Por Deus, Ellie... O que você pensa que está fazendo? Erik ri da atitude da jovem.
Ellie tinha seus braços sob o ombro do homem, sua face sem a máscara exposta fazia com que ela quisesse beijá-lo e nunca mais largar aquele homem.
" O que eu estou pensando!?? É o álcool, sim... Com certeza é"
- É motivo de justa causa se eu falar que você é o bonito? Uma empregada por falar isso de seu patrão? Ellie deposita um beijo na bochecha do homem.
- Deve ter alguma cláusula sobre isso..., mas, eu realmente não ligo. E você senhorita, está bêbada. Erik se levanta e toca o nariz da jovem.
Ellie pega no sono em seguida e Erik sobe até a sala de entrada, a porta por milagre estava destrancada.
Caminhando até o quarto de Gustave, o homem furtivamente entra sem fazer nenhum barulho e observa o menino a dormir.
" Será que irei um dia te amar?" O homem odiava sentir aquele sentimento ruim para com a criança. Ele mais do que ninguém sabia como era ter uma infância sofrida e agora ele estava fazendo o mesmo com Gustave.
" Estou fazendo o mesmo com o meu próprio... Filho" Erik suspirou, era a primeira vez que ele se referia ao menino como ser filho, as lembranças de sua infância com Gerard o faziam ter novas emoções.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...