Capítulo 39

31 4 7
                                    

A cidade poderia ser pequena e comparada a Paris, era realmente uma vila, porém ao olhar para os lados e perceber que Ellie não estava em nenhum lugar, Erik achou muito estranho. Mais ao longe, Gustave estava olhando para os lados a procura por alguém.

- Gustave, onde está Ellie? Erik caminhou até a criança que tremia.

- Um moço... a levou, eu não sei eu estava distraído eu ouvi conversar, mas de repente ela não estava mais aqui. Gustave agora agarrava a mão do homem chorando.

- Calma, vamos encontrá-la. Essa cidade é pequena, com certeza iremos achá-la. Erik estava furioso, como em poucas horas isso poderia acontecer?

" Quando encontrar esse homem, eu irei arrancar seus olhos!" O homem olhava cada centímetro daqueles quarteirões.

Gustave estava contando sobre o rapaz que ofereceu uma flor a Ellie e depois por um descuido o menino não a viu mais.

- Desculpa, papai. Eu ... era para eu estar mais atento..., mas..., mas... Gustave chorava enquanto o homem o levava para a casa.

- Não se culpe. Quem iria saber que numa cidadezinha iria acontecer essas coisas... Você fica. Eu vou pegar uma coisa em meu quarto e irei procurá-la.

Os empregados estavam temerosos, a cidade era segura e como alguém poderia sumir de uma hora para outra.

- Rubens, cuide de Gustave. Se eu não voltar daqui duas horas, chame a polícia. Erik pegou sua adaga no quarto e a guardou em seu casaco.

Ellie tinha sido persuadida por aquele homem que agora estava a arrastando para uma área afastada da cidade. Pelo pretexto de ver uma suporta irmã mais nova para brincar com Gustave, a jovem foi obrigada sob ameaça de uma faca a caminhar com o homem.

Dentro de uma cabana, Ellie agora estava amarrada sob a cama e ao seu lado o homem a admirava com um olhar fixo a ela.

- Oh, Ellie... Você é tão linda. Teve ter um cheiro maravilhoso também.

A jovem estava apavorada, o que aquele homem estava querendo fazer com ela?

- Hugo... Por favor, me deixa ir embora... Eu não vou falar nada a ninguém...

- Por que eu a deixaria ir? Você realmente é uma peça rara, sabe... As outras meninas nem de longe eram bonitas como você. O homem acariciou a bochecha de Ellie que estremeceu.

Na busca pela jovem, Erik caminhou entre aquelas pessoas, tinha certeza de que alguém iria ter alguma pista, e por um momento foi informado de estranhos desaparecimentos. O homem estava realmente preocupado, não teria um momento de paz, agora com Ellie desaparecida e sob suspeita de estar com algum maluco.

"Francamente, eu venho para o campo e preciso correr atrás de um louco ... isso não pode melhorar" Erik sente sua adrenalina correr alto, certamente quando achar essa pessoa seria um espetáculo e tanto.

Ellie tentou esconder seu pavor ao ver o homem que agora estava mexendo numa mesa com vários frascos e outros objetos. Ela não ousou falar mais nada, apenas tentava pensar em sair de lá, viva.

- Minha bela, vamos pegar um pouco desse seu aroma delicioso. O homem finalmente fala algo, quebrando aquele silêncio e deixando a jovem agora desesperada.

Com um pequeno bisturi, o homem se aproxima de Ellie, e raspa uma pequena parte de seu braço, para rapidamente furar com o utensílio, o corte era pequeno, mas a jovem não pode evitar de gritar.

" O que esse doido está fazendo?" A jovem observou o homem que agora cheirava o sangue recém tirado.

Era torturante ficar sem poder se mexer, com o braço ainda exposto daquela forma. Ellie pensava agora em seu pai, a única família que restará.

" Se eu não voltar a vê-lo, se eu morrer aqui e se... Deus, por favor, não permita isso!" Ellie não estava mais se segurando e passou a chorar descontroladamente.

- Shiuuu... Minha bela .... Por que está chorando? Saiba que você será minha mais estimada obra prima. Oh, tenho muitos planos para você. O homem que tinha agora uma feição maligna acariciava a jovem.

Erik por sua vez, caminhava na madrugada tentando pensar em como encontrar Ellie, sob as tantas queixas do povo da cidade, os desaparecimentos eram um mistério, sempre jovens e nunca haviam descoberto o motivo daqueles sumiços.

" Se eu fosse alguém louco, transtornado... Eu iria querer ficar longe da cidade... Ou pelo menos ..." Erik se distanciou do centro, mantendo guarda a cada estranho barulho ou movimento que o cercava.

" Pelo menos num lugar que aparentava estar abandonado" Erik parou numa antiga cabana, de fachada aquele lugar não iria levantar suspeitas. Mas as pegadas e o recente troca de fechos da porta, fez levantar suspeitas.

" Por favor, seja aqui..." Erik caminhou silenciosamente pelo exterior da cabana. A única janela estava tampada, porém ao fundo poderia ouvir um barulho.

Ao olhar ao seu redor, o homem não tinha dúvidas... Aquele lugar era perfeito para um esconderijo, longe o suficiente e próximo também da cidade, as condições da cabana também não levantavam suspeitas.

Habilmente abrindo a porta, percebeu que o primeiro cômodo estava vazio, sem poeira ou nada... Na próxima porta um pano cobria a visão do que poderia estar escondendo.

Ellie tinha sido amordaçada pelo homem que se estressou com os choros daquela jovem. Sem conseguir tirar os olhos da mesa que agora estava cheia de produtos químicos, o cheiro era insuportável. O homem tinha levado a jovem até a parte de trás da cabana, um lugar sem muitas suspeitas e mesmo assim era escondido, com o acionamento de uma passagem secreta. Sobre o porão da cabana.

Erik percebeu no primeiro cômodo que os sons haviam sumido, espreitando no outro cômodo, também observou as madeiras do chão rangerem de forma diferente.

" Há algo aqui embaixo, com certeza" o homem estudou cada parte do cômodo escuro, e ao se deparar com outra que não deveria estar ali, conseguiu alcançar uma pequena fechadura entre duas tábuas que estavam atracadas na parede.

Uma passagem se abre, revelando uma escada e a escuridão do porão, Erik sabia que algo ali estava errada, e continuou a descer as escadas. Era certeza, depois daquela porta escondida, algo terrível estava acontecendo ali.

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora