Era estranho estar novamente em um evento como aquele, bailes eram ocasiões monótonas, e mesmo com seu pai ao lado era difícil se divertir sem sua mãe ao seu lado, na época que Ellie mais sofreu em estar longe de sua mãe, que debilitada precisou ficar internada em um hospital.
" Papai sempre dançava comigo e depois os pretendes faziam fila para pedir minha mão para uma dança" a jovem relembrou dos momentos felizes onde seu pai muito ciumento brigava com os jovens que eram muito saidinhos com ela.
- Senhorita ... Aceita dançar? Um rapaz loiro, elegantemente vestido em um smoking, interrompeu a monotonia ao estender a mão para Ellie.
- Ah...ah... Perdão, senhor... Eu ...eu estou trabalhando aqui, eu não posso aceitar, mil perdões. Ellie faz uma referência para o rapaz que triste vai embora.
Esse era o primeiro, depois desses mais três rapazes tinham ficado encantados com a jovem.
- Vejo que Ellie está fazendo sucesso com os rapazes... Katherine ao ver aquilo corre para contar para Persa e Erik.
- Do que você está falando?? Erik se exalta e procura na multidão a jovem.
- Calminha aí... Ellie negou todos os pedidos de dança. Uma pena ver rapazes com aquele olhar tão tristonho... Katherine continua.
- Francamente se fosse eu, iria aceitar todas as danças... Estamos numa festa, não é?
- Não! Claro que não ... Ellie ela. ... ela... Erik tenta completar a frase, porém para.
" Me pertence ... Como esses frangotes podem ter coragem de ir falar com ela?" Erik se irrita e tenta voltar a conversa com Persa.
- Bem, só queria compartilhar a informação. Enfim, tenho que cumprimentar alguns amigos.... Erik não seja tão sonso. Katherine, com seu jeito descontraído, aconselhou Erik a não ser tão insensato antes de se afastar pela multidão.
Caminhando num grupo de outras jovens, Ellie reconhece aquele rosto, Ingrid Delacroix, a jovem tinha estudado junto a Ellie na época da faculdade.
- Oh... O que temos aqui ... Ellie Yates? É você mesmo? A jovem de cabelos ruivos e um chamativo vestido amarelo olhou dos pés à cabeça para a jovem.
- Ah... Boa noite, Ingrid. Como você está? Ellie tentou ficar calma, certamente a jovem iria a provocar ao vê-la daquele jeito.
- Estou ótima! Mas vejo que você... Bem, não está tão bem assim, não? A jovem ri e as outras meninas que estavam ao seu redor também.
- Sabe meninas, Ellie era a aluna exemplar da faculdade, queridinha dos professores, tinha um futuro brilhante pela frente... E bem, se eles a olhassem agora... Certamente iriam ficar bem decepcionados. Ingrid lançou um olhar esnobe para a jovem.
- Ingrid, foi muito bom de ver mais ... A jovem tentou se livrar daquilo.
- Ingrid? Você é só uma empregada aqui. E trata os convidados de forma tão informal? Para você sou, Senhorita Ingrid Delacroix.
Ellie revira os olhos, impossível que justamente aquela jovem tinha a reconhecido e começado a implicar com ela.
- Vejo que você não tem o mínimo de educação, uma criada mal-educada, que deve aprender seu lugar. Ingrid provoca a jovem que a encara.
- Bem ... Realmente estou aqui como empregada, mas saiba que estou muito orgulhosa disso, já que não preciso de ser rude com outras pessoas, tentando diminui-las para se sentir bem... Ou usar vestidos de gosto duvidoso para chamar atenção de algum rapaz rico e que seja burro o suficiente para bancar uma mimada que nos tempos da faculdade tentava comprar nota, seduzindo senhorzinhos. Ellie manteve a postura durante aquele discurso.
O olhar de Ingrid passou de maldade para fúria, como poderia ser? Uma empregada dizer aquilo sobre ela? Uma sem noção! E agora suas amigas estavam rindo dela?!
- Como ousa, hein.... Empregadinha? Ingrid agarra o pulso da jovem o apertando.
- Sim, mais uma vez ... Sou uma serviçal..., mas não preciso me humilhar ou ser uma piranha, igual a você! Ellie manteve o olhar sereno ao encarar o olhar raivoso da jovem.
- Você vai aprender a ficar no seu lugar, sua idiota! Ingrid se descontrola e empurra Ellie.
Ellie por dia vez tenta se equilibrar, mas se vê sendo lançada para o chão, fechando os olhos, simplesmente espera sua humilhação por completo.
" O que?? Era para eu ter... Caído" Ao abrir os olhos, percebeu que alguém a estava amparando. A surpresa misturada com confusão tomou conta dela ao vislumbrar Erik atrás dela, com as mãos firmes em sua cintura.
- O que está acontecendo aqui? Que confusão estão fazendo com minha acompanhante? Erik olha irritado para Ingrid, que só ver a face mascarada do homem fica sem reação.
- Damas precisam ser delicadas e graciosas, e não gralhas que ficam a arrumar confusão! Erik coloca Ellie ao seu lado e continua.
- Peçam desculpas a minha acompanhante! Senão eu terei que pedir a condessa para que as escoltem até a saída. Erik demostra toda sua pose altiva para as mulheres que agora tremiam de medo.
- Vamos... Estou esperando... E Ellie também, não acham tão corajosas agora comigo, não é?
- D... desculpa. Ingrid sussurra entre os dentes.
- Como é? Não ouvi direito... Erik se inclina e pede para Ingrid repetir.
- Desculpa, Ellie. Ingrid tenta soar mais confiante, porém em vão.
- Ótimo! Vejo que é tudo um não entendido. Erik esboça um sorriso e puxa Ellie para longe.
" Ele realmente não tem o mínimo de noção, eu estava me dando bem lá...tirando a parte que iria cair no chão..., mas eu falei poucas e boas para aquela esnobe" a jovem estava pensando e sendo puxada até o meio do salão de dança.
Erik reconhecia o turbilhão de emoções possessivas que o consumia naquele momento. Era uma sensação estranha, considerando que há anos ele havia se fechado para a vida, aguardando passivamente a chegada da morte. Entretanto, Ellie estava ali, diante dele, uma presença que despertava sentimentos que ele havia esquecido.
Aquela jovem, longe de ser frágil, emanava uma força que intrigava Erik. A delicadeza de suas mãos, entrelaçadas nas dele, contrastava com a intensidade que ele sentia. Sem dar espaço para reflexão, Erik, impulsionado pelo impulso irresistível, convidou Ellie para uma dança.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...