Capítulo 69

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Havia chegado o grande dia da inauguração do opera, depois de semanas de testes e mais ajustes, Persa e Erik podiam finalmente abrir novamente as portas do magnífico teatro.

Todos estavam curiosos para saber como o Opera iria reabrir e queriam conhecer o filho de Gerard, que pelos rumores era um homem recluso, mas com muita genialidade para as artes.

- O teatro irá lotar por conta dessas fofocas, Erik .... Persa estava em seu escritório no teatro que tinha uma visão prestigiada de fora.

A multidão havia chegado cedo, os mais sortudos tinham conseguido o passe vip e já estavam dentro do teatro, onde houve uma mini apresentação e um coquetel. Erik riu ao ler na mesa de Persa o jornal daquele dia "Grande reabertura: Conheça os mistérios que assombram o grandioso Opera".

- Como meu pai sempre dizia ... essas fofocas fazem o teatro ser conhecido e não é apenas fofocas, e sim mitos que muitos vão reproduzir, e assim teremos sempre lotação em nossos espetáculos e eles vão saber que não é apenas um mito e sim que somos bons ... únicos e um lugar onde a arte floresce a cada ato. Erik estava fazendo suspense para todos que estavam no grande saguão, esperando o início da peça.

- Meu lindo noivo sabe falar coisas belas ... Ellie entrou no escritório com Gustave.

- Ele sabe fazer outras coisas belas também ... querida. Erik a provocou com um beijo rápido.

Persa então saiu com Gustave do escritório deixando o casal a sós, ele sabia que Erik iria querer um pouco de privacidade antes de retornar para a sociedade.

- Você me chama de noivo, sendo que eu ainda não te propus em casamento, Ellie. Acho que não está certo isso. Erik puxou a jovem para o seu colo e a beijou.

- Bem, acho que não precisamos de protocolos para isso, estamos juntos e nos amamos. A jovem jogou seus braços ao redor do pescoço de Erik e murmurou.

- Somos um só ...

Erik recebeu aquilo como uma declaração das muitas que ela declarou durante aquela semana.

- Não seria certo, amor. Devo fazer isso certo. Te propor em casamento para todos saberem que você é minha. Erik deslizou sua mão até a cintura da jovem que o encarou.

- Não pertenço a você, querido. Você e sua mania ... Ellie revirou os olhos.

- Mas eu pertenço a você, amor. De corpo e alma, você é minha luz e minha dona, se você não quer declaração maior que essa... Erik tinha o jeito de descontrolar a jovem que mesmo diante sua bronca riu.

- Um homem apaixonado como você e com tal declaração ... isso só me faz amá-lo mais, porém ... repito, precisamos melhorar esse seu sentimento de posse. A jovem tocou em sua máscara e a retirou, o beijando por inteiro.

- Você terá a vida toda para me dar broncas, amor... Erik retribuiu aos beijos se levantando com os braços indo até a mesa de reunião.

Lá fora o público esperava ansiosamente para o início do espetáculo, enquanto o casal novamente afirmava o seu amor incondicional.

Gustave esperava atrás das cortinas sob a grande plateia no início do espetáculo, Arthur que estava logo atrás dele, ainda falava sobre as obrigações de ser um irmão mais velho.

- Quando você for o irmão mais velho você vai ver que vai ser bem corrido, sabe a Meg sempre chora e eu como bom irmão canto para ela, meu papai me ensinou uma música de ninar da terra dele e aí eu a canto, Meg fica quietinha depois. O menino estava orgulhoso, pois era muito divertido cuidar de sua irmã.

- Bem, acho que ela para de chorar, pois você canta muito mal. Gustave deu de ombros enquanto estava encantado com o público.

- Claro que não! Meg deve gostar de minha voz... O menino resmungou reclamando das diversas vezes que Gustave o provocava.

- Claro, claro filho.... sua voz é bela e digo mais, Meg ama ter você como irmão. Persa foi até o auxílio do filho, Gustave era igual ao seu pai quando o assunto era amizades e suas provocações.

Entrando com Erik, Ellie ficou surpresa com as pessoas que estavam no local. Não imaginaria que aquela reinauguração iria ser aquele sucesso.

- As pessoas estão aqui para ver o tão famoso Erik, as histórias sobre ele e seu pai são grande fonte de fofoca na sociedade. Persa notou o espanto de Ellie e logo completou.

- Fofocas essas, mentirosas é claro. O homem colocou as mãos para trás tentando ficar sério.

Logo que as cortinas abriram, todos estavam devidamente ocupando o camarote número 5, onde puderam assistir a uma peça nova, escrita por Erik. Todas as músicas e até mesmo a direção de cada elemento naquele palco, passou pela aprovação de Erik, que atento observava todo o seu trabalho criando vida.

As pessoas naquela plateia aplaudiram por minutos aquela primeira vez da peça que era assim desconhecida, muitos estavam comentando que seria um clássico instantâneo e que o Opera estava novamente vivo, com a arte e a cultura que aquele espaço sempre precisou. 

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora