Havia chegado o grande dia da inauguração do opera, depois de semanas de testes e mais ajustes, Persa e Erik podiam finalmente abrir novamente as portas do magnífico teatro.
Todos estavam curiosos para saber como o Opera iria reabrir e queriam conhecer o filho de Gerard, que pelos rumores era um homem recluso, mas com muita genialidade para as artes.
- O teatro irá lotar por conta dessas fofocas, Erik .... Persa estava em seu escritório no teatro que tinha uma visão prestigiada de fora.
A multidão havia chegado cedo, os mais sortudos tinham conseguido o passe vip e já estavam dentro do teatro, onde houve uma mini apresentação e um coquetel. Erik riu ao ler na mesa de Persa o jornal daquele dia "Grande reabertura: Conheça os mistérios que assombram o grandioso Opera".
- Como meu pai sempre dizia ... essas fofocas fazem o teatro ser conhecido e não é apenas fofocas, e sim mitos que muitos vão reproduzir, e assim teremos sempre lotação em nossos espetáculos e eles vão saber que não é apenas um mito e sim que somos bons ... únicos e um lugar onde a arte floresce a cada ato. Erik estava fazendo suspense para todos que estavam no grande saguão, esperando o início da peça.
- Meu lindo noivo sabe falar coisas belas ... Ellie entrou no escritório com Gustave.
- Ele sabe fazer outras coisas belas também ... querida. Erik a provocou com um beijo rápido.
Persa então saiu com Gustave do escritório deixando o casal a sós, ele sabia que Erik iria querer um pouco de privacidade antes de retornar para a sociedade.
- Você me chama de noivo, sendo que eu ainda não te propus em casamento, Ellie. Acho que não está certo isso. Erik puxou a jovem para o seu colo e a beijou.
- Bem, acho que não precisamos de protocolos para isso, estamos juntos e nos amamos. A jovem jogou seus braços ao redor do pescoço de Erik e murmurou.
- Somos um só ...
Erik recebeu aquilo como uma declaração das muitas que ela declarou durante aquela semana.
- Não seria certo, amor. Devo fazer isso certo. Te propor em casamento para todos saberem que você é minha. Erik deslizou sua mão até a cintura da jovem que o encarou.
- Não pertenço a você, querido. Você e sua mania ... Ellie revirou os olhos.
- Mas eu pertenço a você, amor. De corpo e alma, você é minha luz e minha dona, se você não quer declaração maior que essa... Erik tinha o jeito de descontrolar a jovem que mesmo diante sua bronca riu.
- Um homem apaixonado como você e com tal declaração ... isso só me faz amá-lo mais, porém ... repito, precisamos melhorar esse seu sentimento de posse. A jovem tocou em sua máscara e a retirou, o beijando por inteiro.
- Você terá a vida toda para me dar broncas, amor... Erik retribuiu aos beijos se levantando com os braços indo até a mesa de reunião.
Lá fora o público esperava ansiosamente para o início do espetáculo, enquanto o casal novamente afirmava o seu amor incondicional.
Gustave esperava atrás das cortinas sob a grande plateia no início do espetáculo, Arthur que estava logo atrás dele, ainda falava sobre as obrigações de ser um irmão mais velho.
- Quando você for o irmão mais velho você vai ver que vai ser bem corrido, sabe a Meg sempre chora e eu como bom irmão canto para ela, meu papai me ensinou uma música de ninar da terra dele e aí eu a canto, Meg fica quietinha depois. O menino estava orgulhoso, pois era muito divertido cuidar de sua irmã.
- Bem, acho que ela para de chorar, pois você canta muito mal. Gustave deu de ombros enquanto estava encantado com o público.
- Claro que não! Meg deve gostar de minha voz... O menino resmungou reclamando das diversas vezes que Gustave o provocava.
- Claro, claro filho.... sua voz é bela e digo mais, Meg ama ter você como irmão. Persa foi até o auxílio do filho, Gustave era igual ao seu pai quando o assunto era amizades e suas provocações.
Entrando com Erik, Ellie ficou surpresa com as pessoas que estavam no local. Não imaginaria que aquela reinauguração iria ser aquele sucesso.
- As pessoas estão aqui para ver o tão famoso Erik, as histórias sobre ele e seu pai são grande fonte de fofoca na sociedade. Persa notou o espanto de Ellie e logo completou.
- Fofocas essas, mentirosas é claro. O homem colocou as mãos para trás tentando ficar sério.
Logo que as cortinas abriram, todos estavam devidamente ocupando o camarote número 5, onde puderam assistir a uma peça nova, escrita por Erik. Todas as músicas e até mesmo a direção de cada elemento naquele palco, passou pela aprovação de Erik, que atento observava todo o seu trabalho criando vida.
As pessoas naquela plateia aplaudiram por minutos aquela primeira vez da peça que era assim desconhecida, muitos estavam comentando que seria um clássico instantâneo e que o Opera estava novamente vivo, com a arte e a cultura que aquele espaço sempre precisou.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...