- Oh... Esse resfriado está afetando seu rosto, Ellie. Erik trancou a porta novamente e aproximou-se dela.
- Por que você me trancou? Ellie lançou um olhar raivoso para Erik.
- Você pode não ter entendido, mas você ainda está sob meus cuidados. Te tranquei, pois achei que seria o correto a fazer. E... Vá para a cama, você ainda está fraca. Erik apontou para a cama, lançando um olhar severo à jovem.
- Está com fome? Pedirei algo. E depois quero que você se deite... Nada de esforço. O homem pediu algumas frutas, suco e um caldo quente para Ellie.
- Já estou melhor. Quero voltar.
- É... Agora, né. Ontem estava decidida a sumir...
- É. Se tudo tivesse dado certo, estaria com o meu pai. Na América. E não aqui com o senhor.
- Você não tem um tostão, acha que iria para América como?
- Venderia o que restou de minhas joias. Eu daria um jeito... Só quero voltar a ver meu pai novamente...
- Olha, eu tenho uma proposta a você. Se você jurar que não irá sumir mais... Te levo para ver seu pai... E se ele concordar, posso dar um serviço para ele. Mas você precisa concordar que eu serei responsável por você.
- Sua propriedade, não é? Por quê? Você deveria focar em construir um elo com o seu filho... E não ficar correndo atrás de mim... Nada feito, eu, daqui dois meses, estarei recebendo e eu...
- Ah, calma aí, Ellie... Talvez o contrato possa se estender mais um pouco. Se você não cooperar. Eu posso fazer você trabalhar de graça para mim o tempo que eu quiser. Erik sorriu e se sentou, esperando a explosão da jovem.
- Eu... Eu espero que o senhor não tenha essa coragem de fazer isso... Porque se fizer, eu irei te odiar para sempre! Ellie gritava e estava disposta a sair daquele quarto.
- Eu tenho coragem... Não me desafie. Agora, podemos chegar a um acordo. Ellie começou a espirrar e tossir, sua respiração acelerava, e sua visão turvava. Com dificuldade para enxergar, tentou se sentar na cama e controlar esses espirros.
- Você está bem? Erik se espantou ao ver a jovem vermelha e cerrando os olhos.
- Não venha... aqui. Não finja que se importa. Sai!! Ellie empurrou Erik, que simplesmente a pegou nos braços.
- Você é difícil. Estou aqui perdendo um dia para te ajudar... Eu sempre só te ajudo, e você quer me bater. Maravilha. Erik ajeitou Ellie na cama, cobrindo-a, e ofereceu o remédio.
- Vamos fazer o seguinte... Eu vou tentar me aproximar de Gustave, e você vai me prometer que se comportará. O homem desistiu e tentou negociar.
"Ela me deixa estranho... Me deixa... Frágil." Erik percebeu que Ellie esboçava um sorriso.
- Sério? Seria bom para Gustave. Ele te adora e... Só de pensar na felicidade dele.
- Fechado? Erik ofereceu a mão para Ellie, e ambos selaram o acordo.
Ellie acordou naquele quarto de hotel se sentindo prisioneira daquele homem, porém por sorte já tinha se recuperado do resfriado. Dois dias foram o suficiente para as tosses e espirros cessassem.
- Vejo que acordou, bela adormecida. Erik em pé observava a jovem que o fitou com espanto.
- Desculpa se eu te assustei, você não iria gostar acordar com uma gárgula de olhando. Erik que estava sem máscara tentou sorrir.
- Não...não é isso ... Eu... Eu me assustei pois é estranho alguém me observar dormindo... Ellie de ajeitou na cama enquanto tentando arrumar seu cabelo.
- A senhorita... Nunca teve um cavalheiro que te velasse o sono? Erik provocou a jovem.
- Não! Claro que não! Ellie cora e se vira para outro lado.
- Perfeito... Não gostaria de ter que dividi-la com outra pessoa... Erik riu e se sentou próximo a jovem.
- Me diga... Você é bem velha para não ter se casado, digo... Donzelas nessa idade já estão com algum parceiro.
- Eu não sou velha! E eu não me casei pois eu não quis! O que você está tentando insinuar?
- Nada. Eu somente supus que você deveria... Sabe, ter sido mais agradável e assim não estaria aqui comigo e sim num casarão com algum duque ou sei lá.
- Eu estou bem, e não sei o motivo que você insiste em me deixar para baixo... Essas tentativas são um desperdício dessa sua voz.
- Para baixo? Oh, não... Eu... Eu só estou tentando entender por que você não se casou... Já que é um anjo para Gustave e para mim... Uma encrenca. Erik se ajeita na cama e tenta pegar a mão de Ellie que se afasta dele.
" O que ele acha que está fazendo? Eu já estou arruinada... E agora passei a noite na mesma cama com um homem... " Ellie se tranca no banheiro.
" Que graça, com certeza irei dispensar os empregados esse fim de semana de novo" Erik se levanta e tenta arrumar os livros que a jovem tinha posto para secar.
" Calisto... Meu amigo, você pode não acreditar em destino ..., mas, não seria nada estranho em pensar que... Bem, dessa vez eu irei retribuir o seu ato generoso e cuidarei de Ellie"
- O que você está fazendo? Ellie atrás de Erik grita e o homem cai sentado.
- Meu deus! Você tem autorização para fazer isso!? Erik fica encarando a jovem que rapidamente colocada os livros na sua bolsa.
- Isso não é brinquedo, são coisas valiosas para mim. Então eu tenho direito de cuidar delas!
- Igual a mim ... Eu cuido do que é valioso. Erik caminha até a jovem e acaricia seu rosto.
- Chega! Por favor... Ellie desvia o olhar e tenta se afastar.
- Você é linda... Não sei ... Você é ... Diferente... Erik a beija no pescoço e se afasta.
- Eu sou diferente? Que estupidez é essa? Sr. Erik eu realmente estou voltando para sua casa pois estou preocupada com Gustave... Não me atrapalhe, e ... Não irei mais traduzir esse livro, eu sei bem que o Sr. sabe espanhol... Isso é tão infantil! Ellie pega o livro da sacola e joga para o homem.
- Cedo ou tarde você iria saber..., mas confesso que foi um dia ótimo em que você ficou comigo. Erik ri e se retira do quarto.
Ellie se preparou para voltar para a casa, aquele homem iria deixá-la louca, decidida ela tentará se manter longe do caminho de Erik.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...