Ellie e Erik retornaram para casa após os dias turbulentos no hotel. A febre que havia acometido Ellie estava finalmente sob controle, e ela começava a recuperar suas forças.
- Ellie!! Você voltou!!! Gustave correu e abraçou a jovem.
- Olá, querido. Oh, sim... Eu voltei, não iria suportar ficar longe de você. A jovem apertou o menino que feliz a deu um beijo na bochecha.
- Espero que você tenha feito toda lição de casa que te passei, querido. Ellie sorriu e o menino contente apenas assentiu.
- Certo, irei lhe dar estrelinhas extras. Vamos, a aula de hoje precisa começar, não é? A jovem pegou na mão do menino e subiram para o quarto.
Erik ficou observando a jovem sair e revirou os olhos, ela era tão doce com Gustave... Ninguém era assim com ele, nem mesmo... Erik.
- Senhor, espero que não tenha acontecido nada de ruim com Ellie. O Senhor precisa cuidar dela e não a assustar. Marie se aproximou do homem que com um meio sorriso simplesmente deu de ombros.
" Certo, ele é um idiota..., mas precisa ser mais presente para Gustave. Já que temos um trato" a jovem que já estava ensinando a horas o menino deixou-o no quarto e desceu até onde Erik estava.
- Sr... estou aqui para te pedir um favor. Ellie percebeu que a porta do escritório estava aperta.
- Mal chegou em casa e ainda acha nesse direito? Mas... Me diz, o que é esse favor? Erik se inclina sobre a mesa e observa a jovem.
- Que o Sr. venha comigo e que ajude Gustave na aula de conversação em espanhol... Já que o Sr. é fluente, não é? Ellie colocou as mãos na cintura e o olhou irritada.
Erik soltou uma gargalhada, ver aquela jovem tão irritada era deverás divertido.
- Eu tenho direito de negar... Afinal você não.... Erik é interrompido por Ellie.
- Não! O Sr. vai e fim de papo. Temos um acordo, não é?
- Sim... Temos, de fato. Pois bem, vamos... Você é uma babá realmente petulante.
Ellie se sentiu vitoriosa, deixando Erik em pé observando o rosto de espanto de Gustave que não parava de o encarar.
- Que?? Papai... O Sr... Nunca veio até meu quarto... Eu...eu estou encrencado, Ellie? O menino virou o rosto agora para encarar a jovem.
- Não, claro que não ... O seu papai está aqui pois eu preciso de um outro personagem para nossa aula de conversação, e bem... Ellie se segurou para não rir, Erik estava apavorado.
- Aqui, vamos com essa história. Ela é curta, porém precisamos de três pessoas para fazê-la. Ellie entrega um livro com os dizeres " Caperucita Roja" a Gustave.
- Oh!! Chapeuzinho vermelho!! Que legal!! O menino se anima e Erik não entende nada do que estava acontecendo.
- Bem, o seu papai será o lobo mal e você será o narrador da história, a partir dessa página... E eu serei a chapeuzinho. Ellie indicava as páginas com muita calma para Gustave.
- Eu não irei fazer isso... Erik finalmente quebra o seu Silêncio.
- O que? Sr. Quer ser a chapeuzinho... Porque eu posso mudar e ... Ellie questiona o homem que revira os olhos.
- Não, está ótimo.... Vamos logo com isso. Erik finalmente se dá por vencido e todos começam a ler suas falas.
Gustave estava rindo junto a Ellie quando Erik começou a ler as falas de lobo mal, era muito difícil segurar o riso já que o homem era realmente um "lobo mal" fazendo aquelas caras e bocas e lançando olhares de desgosto para eles.
- Ellie, meu papai está engraçado. O menino cochichou e a jovem riu.
"O que eles tanto riem? Céus, cai numa armadilha" o homem terminou sua fala e Gustave assumiu.
- Isso, meu querido... Ótimo. E nem estamos a duas semanas aprendendo espanhol, você é realmente muito inteligente. A jovem incentivou o menino ao terminar sua fala.
" Ele se parece comigo, aprende rápido ..." Erik se pôs a pensar que ele quando foi resgatado em poucos meses estava dominando piano, violino e conseguido aprender o básico de italiano.
- Ele não é inteligente, Erik? Seu filho? Ellie tirou o homem de seus pensamentos que simplesmente concordou e saiu do quarto.
Gustave escutou aquilo animado, seu papai tinha... O elogiado? Ele sabia que se esforçasse ele iria gostar dele.
- Ellie!! Meu papai disse que sou inteligente!! Oh... Isso é tão bom!!
A jovem se sentiu tocada por ver aquele menino tão feliz por poucas palavras trocadas entre pai e filho, mas o abraçou e prometeu mudar a relação entre Gustave e Erik.
- Sim, sim... Eu ouvi... Venha querido, vamos fazer uma pausa. Meninos inteligentes também precisam de momentos descontraídos.
A tarde passou rapidamente, e o jantar servido. Como de costume Erik estava impaciente, cansado e sem muita vontade de dar outro sermão a Ellie que chegará depois dele para jantar.
- Hoje foi muito divertido, não é? Gustave que passou o dia tão feliz, não parava de sorrir e conversar com Ellie.
- Sim, foi! Podemos agradecer a seu papai por nos ajudar, tenho muitas outras histórias que podemos usar para treinar ... A jovem provocou o homem que entortou a boca.
- Obrigado, papai! Esse dia foi o melhor dia de todos! Porque eu passei com meu pai e com Ellie. Que são as duas melhores pessoas que eu conheço!!
Erik não falou nada e continuou comendo.
Ao final do jantar, Ellie preparou Gustave para a cama e se retirou para se recolher em seu quarto.
- Então ... Eu sou o lobo mal para você? Chapeuzinho... Erik que estava sentado numa poltrona na sala de entrada percebeu a jovem descer as escadas.
Bebendo uma taça de vinho, Erik não iria deixar barato aquilo, sabia o que Ellie queria fazer, e bem... Não que foi divertido, mas ele sentia que poderia provocá-la uma última vez naquela noite.
- Se a carapuça serviu... Sim, você é. Ellie caminhou até o final do cômodo, mas Erik a segurou pelo braço.
- O que é isso? Me solta! Ellie odiava admitir, mas o cheiro de verbera do homem a fazia ficar tão atraída por ele.
- Você não me viu como um lobo mal, minha chapeuzinho... Erik sussurrou próximo a jovem que se retraiu.
- Bem, não estamos no momento nem lugar certo para isso ... Não vou negar que foi interessante o que você fez, e bem... Só a queria dizer ... Boa noite, Ellie. O homem dá um beijo rápido nos lábios da jovem que cora.
- Chapeuzinho vermelho mesmo... Já que você cora por tudo ... O homem ri ao perceber a jovem leva sua mão até seu rosto e sem pensar o beija próximo aos lábios.
" Ela é realmente... Um mistério" Erik ri e toque o lado que Ellie tinha tocado.
A jovem se apressou e jogou seu corpo na cama, ainda sem entender o motivo de ter feito aquilo.... Não era certo, mas porque que tinha feito aquele gesto?
" Porque... Hein? Ellie? Me responda, você está brincando com fogo!" A jovem escondeu o rosto no travesseiro e percebeu um empulho próximo a sua cama.
Curiosa, a jovem pegar o embrulho num papel delicado azul e um laço branco. Um cartão pendia sobre o laço, numa letra bem cursiva e elegante um pequeno texto.
" Ellie, eu percebi que seus livros estavam molhados e tomei a liberdade de comprar novos, não se anime, não é porque eu me importo.... Eu só não quero que a professora de Gustave fique sem livros didáticos. - E.D"
Desembrulhando o pacote a jovem percebeu que havia os mesmos títulos de seus livros e mais outro de espanhol para iniciantes.
" Ele gosta de se divertir em minhas custas" Ellie pega livro de espanhol e sorri.
Naquele dia tão turbulento, Erik, Gustave e Ellie adormeceram satisfeitos e contentes diante suas ações.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...