1 hora antes...
Erik estava em sua biblioteca esperando a jovem para sua rotina de tradução do livro.
" Um bom argumento para tê-la aqui a noite, já que eu sei muito bem espanhol..., mas ela não sabe, então..." o homem riu ao perceber que estava enganando direitinho a moça.
Irritado pela demora, o homem resolve subir e percebe que Ellie estava com uma mala e capa, saindo de casa.
" Ela realmente acha que pode deixar essa casa assim tão facilmente?" O homem ri e caminha apressado para pegar seu casaco e sua inseparável khanjar e começa a seguir de longe a jovem.
Estava observando de longe quando a chuva começa a cair, com o torrencial que atingia aquelas ruas, Erik se distraindo perde de vista a jovem.
" Realmente, ela enlouqueceu... Como ela pode vir para esse canto da cidade de noite?" O homem caminha sob a chuva forte procurando a jovem.
Ao longe o homem avista um coreto e barulhos estranhos, de certo ali tinha pessoas e ao contar eram 4 sombras.
- Eu disse para não me tocar!!
Erik reconhecia aquela voz, correndo para perto do local avistou quatro homens em volta de Ellie que agora estava apenas usando sua roupa íntima. Algo invadiu seu corpo, seu sangue estava fervendo ao ver aqueles homens tentando abusar de Ellie. A jovem lutava e chutava os homens sem sucesso. Se escondendo na escuridão, Erik pode retornar a fazer o que ele mais adorava. Matar. Exterminar aqueles nojentos e indignos. Tirando a khanjar de seu casaco, o homem espera o momento perfeito para atacar. Tinha treinado com os melhores mestres de defesa com armas no oriente, admirava as armas árabes que eram letais e silenciosas. Com passos leves Erik desferi um golpe mortal por trás de um dos homens, que cai morto no chão. O sangue jorrava pela veia que tinha sido atingida.
Os outros homens se viram e vê um vulto se movimentar rapidamente entre eles.
- Cavalheiros... Que festinha mais divertida que está acontecendo aqui. Erik desvia do corpo do homem no chão e olha para os três homens.
- Quem é você? Um dos homens estremece só ver o morto no chão.
- Oh... Quem sou eu? Erik retira o capuz e revela sua face desfigurada para espanto dos homens.
- Prazer, sou seu pior pesadelo... Sou o diabo que fará vocês se arrependerem de serem assim... Tão... Impuros. Erik ri e ataca um por um, sem deixar que reagissem.
Ellie assistia tudo aquilo apavorada, o sangue jorrava por todos os lados, Erik estava possuído, gargalhava sempre quando via que tinha matado um. Sentia prazer naquilo, ria ao golpear diversas vezes o corpo já sem vida dos homens.
Satisfeito daquela cena, Erik limpa a khanjar com sua capa e a guarda.
A jovem estava tremendo quando encontrou os olhos verdes de Erik, que agora por incrível que pareça estava transmitindo algo caloroso para ela.
- Ora, ora, ora... Se eu não encontrei a gatinha fujona. Erik se aproxima de Ellie e se abaixa.
- O que foi? Não tem nada para me falar? O homem percebe que Ellie estava envergonhada tentando esconder seu corpo.
- Certo, vamos sair daqui. Quando chegarmos em casa teremos uma séria conversa. Erik suspira e envolve sua capa na jovem.
Ellie não sabia o que falar, poderia estar irritada ao ver Erik, mas ele a tinha salvado, mesmo presenciando aquela carnificina estava grata por ele ter aparecido.
- Eu realmente... Me pergunto o porquê você resolveu sair de casa e se aventurar por esses becos. Você é louca? Erik segurava a mão da jovem que estava gelada.
Caminhando a passos pesados e ainda envergonhada, Ellie só sentia o toque da mão do homem, tinha sido descoberta em sua fuga.
- Eu te fiz algo? Te tratei tão mal que você preferiu sair e jogar com a sua vida? E se eu não tivesse lá? Você iria acabar sendo morta por aqueles homens! Erik estava se controlando para não gritar.
- E eu? Como iria ficar? Perder você ... Seria terrível para mim... Olhe para mim, Ellie! O homem chama a atenção da jovem que o encara.
- Você não pode sumir desse jeito! Você está sob meus cuidados! O que eu iria fazer se eu ... Se eu te perdesse? Hein? Erik a olhou irritado.
A jovem somente abaixou a cabeça e continuou caminhando.
- Não me deixe falando sozinho!! Ellie, volta aqui... Erik a puxa e a coloca em seu colo.
- Você é minha! Não irei permitir que você suma e me abandone... Mesmo que eu tenha que amarrar você, te algemar... Te trancar dentro do subterrâneo em que vivo, mas você é minha entendeu?! O homem estava descontrolado, Ellie foi a primeira e única depois de Christine que o fazia perder a cabeça.
- E não vamos retornar para casa hoje... Se eu e você voltarmos ... Os empregados vão fazer uma tremenda bagunça. Irei inventar algo... Erik a ajeita em seus braços e já próximo ao centro da cidade, entra num hotel.
- Boa noite, Sr. o que podemos ajudar? Uma mulher baixinha com um sorriso animado cumprimenta o homem.
- Por favor um quarto, o mais caro que vocês tiverem... O homem tira o dinheiro e espera a mulher se recuperar ao ver tanto dinheiro.
- Oh... Oh sim... Por aqui, Sr... Sra.... A mulher vê Ellie que ainda estava no colo do homem.
- Espero que seja do seu agrado ... É a suíte nupcial o mais luxuoso quarto que há aqui. A mulher se anima e fecha a porta, deixando Erik e Ellie sozinhos.
- Certo, você precisa tirar suas roupas, você está encharcada... E por Deus, não me faça essa cara. Erik repreende a jovem.
- Eu vou tomar um banho. Você trate de tirar a roupa e ir direto para as cobertas! É uma ordem... Se você não obedecer, eu juro que tiro suas roupas a força, ouviu? Erik dá um último aviso e se fecha no banheiro.
A jovem caminha até a cama, era tão macia e enorme. Não queria que Erik a visse sem roupa, se bem que o que ela estava já estava tudo exposto mesmo.
Tirando a peça íntima, se afundou nas cobertas. Aquele calor era tão bom, a cama era tão macia e confortável.
Depois alguns minutos Erik sai do banheiro com os cabelos molhados e sem a máscara, vestindo uma toalha apenas e sua cintura e percebe a peça íntima da jovem no chão do quarto.
- Ótimo, vejo que ainda tem um pouco de juízo nessa cabecinha. Erik percebe a jovem se enrolar nas cobertas.
- Não se preocupe, eu não vou te atacar hoje também... Pode relaxar, a cama é enorme eu fico aqui no canto. Sem alarmes. O homem se encolhe na outra ponta da cama.
Ellie por um momento se lembra de seu pai, o que ele iria falar ao vê-la naquele estado tão lamentável?
- Obrigada... Sr. Erik. A jovem fala baixinho e se vira para encontrar os olhos verdes do homem.
- Me desculpa por fugir desta forma...
- E ... Agradeço por ter me salvado... O Sr. realmente foi muito corajoso e ... Ellie abraçou o travesseiro com força e tentou segurar o choro.
- Hey... Calma, calma... Eu entendo sua insatisfação por minha causa. Mas saiba que eu nunca quis te machucar... Eu somente fiquei um pouco... Mexido por você. Erik se aproxima e carinhosamente afaga seus cabelos.
- Você conhece e sabe que eu tenho certo problema em aceitar que pessoas não são objetos..., mas eu nunca quis te fazer mal, posso justificar todo meu mal comportamento contando a minha história ... O homem se sentou na cama e observou a jovem que agora estava com um semblante melhor.
Erik queria contar sobre o seu passado, sabia que nada justificava sua obsessão e certos comportamento que tinha com Ellie, mas ele desde que fora resgatado e colocado num lugar digno, se tornou alguém possesivo e que sabia que o dinheiro o fazia superior a muitos, mesmo com seu rosto daquele jeito.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...