Capítulo 6

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Ellie ainda no chão observa para o homem em pé, seus cabelos negros, perfeitamente penteados, moldavam-se com elegância, destacando-se contra o contraste do terno preto impecável que vestia. Cada detalhe da vestimenta parecia cuidadosamente escolhido, transmitindo uma imagem de refinamento e atenção aos detalhes. Contudo, o que mais chamava a atenção era a intrigante máscara que cobria metade de seu rosto. Ela adicionava um elemento de enigma ao homem, criando uma dualidade entre a visibilidade de seus olhos verdes penetrantes e a parte do rosto oculta pela máscara. A máscara, embora cobrindo parte de sua fisionomia, não obscurecia a expressividade de seus olhos, que revelavam intensidade e profundidade.

- Chega desse escândalo! Você ... eu estava levando a acreditar que a babá dessa vez seria mais lúcida. Mas vejo que me enganei... O homem olha para baixo e a jovem se encolhe.

- Isso, senhor Destler. Coloque essa mulherzinha em seu devido lugar. Eu vou voltar a aula. O homem ri e caminha até a porta.

Ellie bufa e salta ficando em pé, alcançando o homem e o empurrando.

- Você vai ir embora e nunca mais voltará, isso sim. Ou eu vou precisar da faca para cortar essas mãos que aplicam surras em inocentes?! Ellie olha para a faca no chão e tenta alcançar.

O homem misterioso chuta a faca para longe, ficando próximo a jovem, percebe um enorme hematoma se formando num lado em seu rosto.

- Diga-me, foi ele que te bateu?

A jovem apenas assenti envergonhada. Seu corpo estremece quando o homem misterioso, que agora ela sabia que era seu patrão a olha fixamente.

- E você.... Como ousa bater numa mulher? Erik olha para o homem.

- Ela me desrespeitou, me tirou de meu trabalho. Ela mereceu por ser tão enxerida.

A jovem olha para o homem que grita e fala sobre o ocorrido.

- Senhor, ele estava batendo no seu filho. Ele não é professor coisa alguma, é um carrasco! Ellie tenta bater no homem, mas é agarrada pelo ombro.

- Eu sei que ele disciplina Gustave. Nunca fui contra a seus métodos. Erik ainda segurando a jovem fala sem expressar nenhuma reação.

Ellie fica indignada, como aquele homem frio poderia permitir tal maldade?

- Então... Então o senhor é pior que esse resto de estrume. Apenas um monstro poderia permitir isso ao próprio filho. Ellie se livra das mãos do homem e o olha com raiva.

- Pode se retirar... E você, continue a dar aulas. Erik se vira de costas.

- O que?? Você... Eu não vou permitir isso. Ah, não mesmo! A jovem pega a faca num canto e parte para cima do professor.

Erik queria apenas trabalhar sem ser interrompido, mas agora estava correndo para alcançar uma mulher desequilibrada.

- Me solta ... Se você não protege seu filho eu farei isso!! Me solta. Ellie estava com o rosto vermelho e doendo ainda mais não ia deixar aquilo acabar daquele jeito.

- Certo... Não vou precisar de seus serviços. Sai imediatamente... E você, senhorita... Largue essa faca. Erik tenta tirar a faca da mão da jovem que se corta ao pegar.

O professor relutante olha por um momento para Erik que lança um olhar assustador e se retira do lugar.

A jovem ainda está sem fôlego, como aquele homem poderia ser tão cruel..., mas pelo menos tinha sido despedido.

- Você, saia também. Erik caminha até uma poltrona, tira um lenço do casaco e amarra no corte em sua mão.

Uma parte de Ellie queria correr para longe, mas outra dizia para ficar e cuidar daquele homem estranho.

- Deixa eu ver... Posso cuidar disso. A jovem se aproximou e pegou a mão do homem sem nenhum aviso.

Erik se assustou ao ver que a jovem não tinha ficado assustada e nem saído correndo.

- Você precisa cuidar desse rosto... O desgraçado bateu com força mesmo. Erik tenta puxar a mão, mas é contido por Ellie.

- Era para seu filho esse tapa. Se está ruim assim em mim que sou adulta, imagino se fosse uma criança. O senhor deveria ter escolhido tutor melhor do que esse filha da mãe. Ellie se levantou e trouxe um pouco de água para molhar o lenço.

Erik admirava aquela coragem toda. Ele sabia que o homem batia em Gustave, mas era para ensinar e não via nada de errado com aquilo.

- Disciplina é essencial. Apenas tento criar um homem e não um maricas. Erik dá de ombros

A jovem aperta com força o lenço, fazendo o homem gritar de dor.

- Então... Trate disso sozinho. Já que é um homem. Eu irei cuidar de seu filho. Poderia ser um prazer ter conhecido finalmente o famoso Senhor Destler, mas infelizmente para mim é um desprazer. Ellie caminha até a porta e vai embora.

" Quem ele pensa que é para falar aquilo? Criar um homem, francamente... " Ellie caminhou com passos largos até a cozinha.

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora