Um toque do destino

Capítulo 56

Ellie pousou a carta em sua cama, seu pai estava tão animado sobre sua ida a América, apenas escrevia coisas boas e falava que logo iria a encontrar novamente.

Mas aquela carta a pegou desprevenida, era estranho saber que ele poderia ter escondido tudo e que estava passando por perigos longe dela, o que era terrível de se imaginar. Ela estava feliz e contente ao lado de Erik e Gustave, queria poder caminhar para uma fase nova em sua vida e até planejava contar ao seu pai sobre tudo em cartas.

Ellie não conseguirá dormir, pensando em que perigos seu pai estava passando. Sem ter como adormecer, a jovem arrumou uma pequena bagagem de mão e pegou um pouco de dinheiro que havia juntado com o que Erik a presenteava agora que eles estavam se relacionando, Erik sugeria que era um dinheiro para ela comprar roupas ou livros, mas a jovem estava guardado para algo. Ela até poderia pensar que estava adivinhando que deveria guardar para uma emergência.

Já era tarde da noite, Ellie sabia que todos estavam dormindo e assim partiu até o porto de Paris, procurou pelo navio que partia na madrugada. Sabia que seria um erro não falar a ninguém sobre aquilo, mas sabia que Erik iria se pôr em risco para ajudá-la, e ela não queria que ele se machucasse, principalmente agora que ele estava tão próximo ao filho.

Ellie pediu a Deus que ela pudesse chegar a tempo para resolver tudo, seu pai havia se perdido a tempo em julgar as pessoas, com o tempo ele havia apenas visando seu benefício ao olhar para mais coisas.

O amanhecer na residência dos destler foi anormal, naquele dia Erik havia de costume ido ao quarto do filho para acorda-lo. Agora junto a Apollo, o cachorro ficava aguardando para que Erik coçasse sua barriga pela manhã.
O homem notou algo estranho, aquela hora Ellie também estaria no quarto de Gustave, pois gostava de ajudá-lo a se preparar para o dia. Mas agora ela não estava lá.

- Papai... Cadê a Ellie? O menino que estava se trocando observou a falta da jovem.

- Eu não sei filho, talvez ela tenha perdido hora. Erik não tinha nenhuma ideia do que poderia ser a ausência da jovem.

" Ela pode estar indisposta..." Erik ao pensar que a jovem pudesse estar de cama e doente, logo se apressou e desceu as escadas.

Os empregados estavam preparando o café e começando os trabalhos para mais um dia, Marie organizava a mesa do café e Erik não viu Ellie em nenhum lugar.

Entrando no quarto da jovem, Erik percebeu que havia sido deixado às pressas. Algumas peças de roupa ainda estavam na gaveta e seus livros estavam intactos na prateleira. Porém faltava muitas roupas no armário. A cama estava feita e nenhum sinal da jovem.

O sangue de Erik se esfriou, o que poderia ter acontecido?? Na noite passada a jovem estava feliz e não demostrava nervoso. E agora seu quarto estava abandonado?? Nenhum sinal dela pela casa.

- Marie!!! Marie!!! Erik gritou a plenos pulmões, causando um tumulto com os outros funcionários.

A senhora correu até o quarto de Ellie ,nervosa por ter também notado a ausência da jovem naquela manhã.

- O que??? O que aconteceu aqui? Marie questionou Erik que ficou em silêncio.

- Ela foi embora?? Mas... Erik, ela estava tão feliz ontem. Isso só pode ser um mal entendido... Talvez ela esteja no quarto de hóspede, ela pode ter decidido se mudar... Marie continuou observando que o quarto estava desalinhado.

- Ela não está em nenhum lugar dessa casa, Marie... Algo deve ter acontecido. Erik não sabia o que poderia ter feito a jovem partir... Mas talvez, ele tinha uma pista.

- O pai dela? Sr. há certeza que apenas o pai dela seria algo para que Ellie fizesse isso. Marie lembrou que Calisto estava em outro continente.

Gustave ao escutar o transtorno dos empregados e a voz de seu pai chamando por Marie, correu até o quarto de Ellie junto com Apollo.

- A Ellie foi embora, papai?? Gustave viu o quarto da jovem e percebeu sua ausência.

Erik se aproximou do filho, que estava prestes a chorar.

- Filho... não sabemos o que houve,mas você sabe que o papai vai descobrir, não é? Irei encontrar Ellie...  Erik abraçou o menino que estava em prantos.

- Se Ellie fugiu... Ou se alguém a levou?? Papai... Ela não tinha motivos de sair e não avisar... O menino ficou receoso, talvez alguém a tivesse pego, igual foi naquela feira.

Apollo bateu a cabeça na perna do menino, tentando o consolar. Porém logo depois ele avançou rebaixa da cama da jovem , trazendo na boca um envelope.

Erik olhou para o envelope e o selo postal internacional. Pegando ele, Erik pode ver o endereço e a carta de Calisto para Ellie. Uma carta enviada há dois meses atrás, nela apenas continha conteúdo cotidiano, mas algo chamou atenção.

Calisto dizia que tinha encontrado um bom emprego e que estava administrando as finanças de uma organização importante de Nova York, as companhias Rizzo.

" Merda, Calisto!" O homem pensou. Se o pai de Ellie tivesse enviado outra carta para a filha a pouco tempo poderia ser aquilo o motivo de seu desaparecimento.

Agitado, o homem partiu até a residência de Persa. Antes ele acalmou Marie e Gustave e prometeu que iria encontrar Ellie.

- Acho que você está um pouco cedo demais na casa dos outros, meu amigo. Persa ainda trajava o pijama quando recepcionou o homem em sua sala de estar.

- A ...  Ellie. Ela sumiu ... Eu acordei e suas coisas estavam remexidas e eu encontro isso. O homem estava transtornado, estava perdendo tempo precioso se a suas suspeitas fossem verdadeiras.

- Calma, homem! O ... o que ... Ellie? Mas isso de repente!? Persa confuso, lia a carta que Erik entregará.

- Rizzo? Mas só há uma família com esse sobrenome em nova York... E ... Merda! Pode ser? Persa agora estava preocupado, com a ideia de que Ellie pudesse realmente em risco.

- Precisamos ir a América! Se partimos agora podemos chegar ainda que depois de Ellie.... Se eu a conheço, seu pai deve ter falado algo sobre esse empregador dele. Erik colocou novamente o casaco pesado e olhou para o amigo.

- Espere por mim, Erik! Persa correu para se arrumar. Katherine ainda sonolenta ouviu brevemente o que acontecerá, e se assustou.

- Rizzo!? Querido.... Eles não são da máfia? Katherine se alarmou, aquilo seria perigoso e Persa estava disposto a se colocar em risco com o amigo.

- Eu não posso deixar... Amigo, não é preciso. Não venha ... Eu fui um idiota em tê-lo contato isso e vindo até aqui ... eu... eu só.... Erik passou a mão pelo rosto sentindo um misto horrível de emoções.

- Claro que meu marido irá! Erik... Você me ajudou quando mais precisei e é claro que não irei fazer nada para impedir. Eu tenho plena certeza que se Calisto ou Ellie estiverem em perigo, vocês darão um jeito. Katherine se levantou a consolou o amigo.

Erik não poderia contar com melhores amigos como aqueles, mesmo correndo contra o tempo e diante expectativas perigosas, Erik e persa  rumaram até o porto para embarcar até a América.