Capítulo 13

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Ao amanhecer daquele sábado, Ellie caminhou até uma pequena loja de utilidades, com uma lista na mão gastou seus últimos recursos nos produtos para o vulcão.

- Gustave, cheguei... Oh ... Você está fazendo um lanche? Ellie deixou a sacola na mesa ao ver o menino se servindo de chá e torradas.

- Meu pai não subiu até agora, estava com fome e animado também...

- Oh! Sinto muito, eu ... Eu esqueci que não estávamos com funcionários... Vou lhe fazer algo, que tal... Panquecas? Ellie tirou os ingredientes e se pôs a fazer a receita.

- Ellie.... Depois disso iremos fazer o vulcão não??

- Sim, claro. Vamos sim. Você quer geleia ou mel? A jovem pegou os potes e arrumou na mesa cozinha.

- Mel!! E... Geleia!! Gustave se sentou e esperou a jovem montar seu prato.

- Que menino guloso. Bem, já que é sábado... Você merece os dois sabores. Ellie bagunçou o cabelo do menino e riu.

Erik acordará de mal humor, aquela noite tinha sido um pesadelo sem fim, a bebida estava fazendo falta, mas tinha controle daquilo, quando queria é claro.

Subindo para a sala de jantar percebeu que ninguém estava a postos para o servir, recordando que estava sozinho com Gustave o homem rumou até a cozinha.

Próximo do cômodo vozes e risos eram ouvidos, parecia uma festa... E o motivo daquilo já cedo, fazia Erik ter dores de cabeça.

- Gustave fez amizade com a serviçal, ótimo. Agora até na cozinha está comendo... Erik olhou irritado para o menino que encolheu.

Ellie se levantou e ficou encarando o homem, ele era um idiota e tão estúpido!

- Me sirva, na sala de jantar... Gustave se quiser pode ficar aí ... O homem deu meia volta e se retirou.

- Ellie... Você não irá levar o café para meu pai? O menino percebeu que havia passado muito tempo e a jovem estava tranquila tomando seu chá.

- Estou de folga, querido. Se ele quiser pode se servir sozinho, é o que estamos fazendo aqui...

O homem impaciente se irritou a perceber que não iria ser obedecido, aquela jovem o irritava...

- Isso querido, se você adicionar um pouco mais de massa, teremos uma panqueca perfeita. Ellie auxiliava o menino no fogão.

Erik retornou à cozinha e ficou esperando alguma comentário.

- Gustave, venha! O homem grita fazendo a jovem derrubar a panqueca no chão.

- Papai.... Aonde vamos? O menino não sabia o que fazer.

- Você é morador da mansão e eu o dono de tudo isso... Realmente não temos que ficar aqui... Com empregados. Erik lança um olhar cortante a jovem.

- Mas..., mas... Gustave não queria decepcionar seu pai, mas também não queria chatear Ellie.

- Pode ir, querido. Eu levo um prato de panquecas a você. Pode ir. Ellie se agacha e beija o rosto do menino.

- Eu posso levar. Não há problema... Você precisa comer também... Gustave pega o prato de panquecas e é impedido por Erik.

- Não! Você vem comigo. O homem puxa o menino o arrastando até fora da cozinha.

" Certo, ele realmente está me irritando!! Ele sabe que vou ir levar panquecas para Gustave, por Deus não iria fazê-lo passar fome"

Irritada e convencida que iria pensar em algo para dar o troco, a jovem montar uma bandeja com vários tipos de comida e vai até a sala de jantar.

- Vejo que está seguindo as ordens, Ellie. Magnífico. Erik sorri vitorioso.

- Não estou em meu horário de serviço, trouxe apenas para Gustave. Como pode ver até meu uniforme não estou usando. Ellie abre um sorriso.

Aquela manhã Ellie vestia um vestido amarelo com mangas e detalhes em renda branca, tinha os cabelos soltos e um olhar divertido ao ver o homem dar de ombros.

- Você fica ótima de amarelo, Ellie. Gustave sorri e disfarça ao ver o pai revirar os olhos.

- Obrigada, meu senhor... Um ótimo elogio de um cavalheiro tão educado. A jovem faz uma referência para o menino que ri diante a cena.

- Fique. Erik estava cansado, era de manhã e tinha mesmo que lidar com aquela jovem o provocando.

- Não, sinto muito, mas hoje você não manda em mim....

- De agora em diante todos os dias sem desculpas, você irá fazer as refeições com Gustave aqui. E por eu estar no comando, as regras de folgas não aplicam a você. Então.... Erik olha para a jovem que estava sem palavras.

- Então... Durante os três meses... É isso que irá acontecer. E sem reclamações. Erik ergue o dedo ao ver que a jovem iria retrucar.

- Ótimo!! Ellie você vai me fazer companhia. Isso é demais!! Gustave abraçou a jovem e a puxou até a cadeira, sentando-se ao lado de Erik.

- Isso ... Isso... Não é certo. A jovem sussurrou.

- A vida não é perfeita e eu não fico reclamando por isso. O homem sorri.

O silêncio tomou conta anda mesa, Erik havia saído por um instante trazendo toda panqueca, chá e geleias que estava na cozinha. Ellie apenas comeu um pouco e ficou conversando com o menino.

- Você não tem permissão de sair da mesa, só quando eu permitir. De acordo, Ellie? O homem pega na mão da jovem que ia se levantar.

Com um suspiro longo, a jovem se senta novamente e fica esperando aquilo tudo acabar, três meses... Aquilo seria torturante!

- Certo, pode se levantar Ellie. Espero que hoje você não me tire do sério, pois o castigo que eu tenho em mente é tentador...

Erik percebe a jovem corar ao virar o rosto para o outro lado, satisfeito o homem se retira e deixa Gustave e Ellie.

- Não liga para o papai... ele não machuca ninguém. Ele só é um pouco... Gustave tentou achar a palavra perfeita.

- Excêntrico? A jovem ri e começa a limpar tudo.

" Era só o que me faltava, eu ter que ficar obedecendo esse homem, se eu tivesse um lugar para ficar, eu realmente iria cair fora daqui... Porém Gustave... Eu iria sentir falta dele"

Finalizando a limpeza, Ellie caminhou até o jardim com Gustave e animados começaram a fazer o vulcão.

- Oh... Isso é realmente divertido. Ellie, não diga nada Marie, mas você é muito, muito muitooooo legal!! O menino pintava alguns papéis e fazia árvores em papel de seda.

- Seu segredo está guardado comigo. Mas eu agradeço por você gostar de mim... Eu também gosto muito de você!! A jovem sorri e abraça o menino, ambos se divertindo na grama.

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora