O menino abriu uma gaveta e tirou uma chave, Marie ensinou a ele que aquela chave fechava qualquer porta, e apenas ela poderia abrir novamente.
- Ellie... Você poderia descer e perguntar para meu pai se poderei passear com você? O menino sorriu inocentemente.
- Querido, mas amanhã a gente não irá sair... Será aqui mesmo no jardim. Sem problemas. Ellie não queria conversar com Erik mais aquele dia.
- Eu sei..., mas, ele fica bravo quando as coisas não saem assim ... Do jeito dele.
Ellie lembrou sobre o incidente do vulcão, seria correto avisar sobre o passeio pelo jardim e explicar o que ela faria de forma mais detalhada.
- Certo querido. Já venho. Ellie suspirou e desceu até subsolo.
Gustave correu e ficou esperando a jovem descer as escadas, para não ter erro tirou a chave da fechadura, fechou a porta e trancou a porta com a chave mestre.
A jovem queria evitar a volta naquele lugar, mas seria um problema a menos ao contar sobre sua agenda de domingo.
Erik se deitou na cama, aquele sábado tinha sido tão diferente...
" Se for assim toda vez que estamos sozinhos, darei mais folgas aos funcionários" Erik riu sozinho ao lembrar o beijo.
Um toque foi ouvido na porta, Ellie esperou por um momento e entrou. O homem estava agora sentado na cama.
- O que devo a honra dessa visita. Já está com saudades de mim? Com um sorriso malicioso encarou Ellie.
- Não... Se fosse por mim eu não estaria aqui. Mas seu filho me pediu que eu explicasse sobre nossa agenda de amanhã, para não acorrer nenhum contratempo.
De forma rápida a jovem resumiu o que seria o passeio, e que ela iria aproveitar e fazer um piquenique próximo à casa. Erik somente concordou e mandou-a sair.
" Finalmente irei descansar... Não vejo a hora de colocar Gustave na cama e dormir" Ellie subiu as escadas e tentou abrir a porta, sem sucesso.
" O que..., mas porque não abre essa porta?" Ellie agora estava chutando a porta violentamente.
" E algum truque daquele homem, tenho certeza"
Furiosa, Ellie caminhou até o quarto do homem. Batendo de forma abrupta na porta.
- O que você está pensando?? Você não acha até está indo longe demais com toda essa palhaçada?? Ellie aos gritos apontava para Erik que não entendeu nada.
- Certo, não sei do que você está falando.... Por favor, respire.
- Você pode, por favor, abrir a porta para que eu possa dormir? Senhor.
Confuso, Erik se levantou e foi até a porta que permanência trancada.
- O que... Isso não tem nada a ver comigo, senhorita. Erik buscou uma chave reserva e se irritou que não estava dando certo.
"Será que ... Inferno, Gustave nos viu...."
- Maldição... Gustave!! Eu sei que foi você! Abra essa porta!!
- O que? Mas porque você está culpando o menino ... Oh... Gustave, por favor, abra a porta!! Ellie percebeu que a criança tinha visto a cena de mais cedo.
- Não! Vocês estão brigados... Precisam se resolver, e como Marie sempre me fala, conversar sempre é a solução! Gustave caminhou até seu quarto.
- Esse menino.... É tudo culpa sua!! Se você não fosse tão... Erik passou as mais irritado nos cabelos e gritou com a jovem.
- Se eu não fosse tão... O que? Eu te fiz algo? Você que me agarrou e me beijou... Eu não fiz nada!
- Você retribuiu o beijo... Porque você simplesmente não correu e amaldiçoou minha existência!?
- Certo... Eu te amaldiçoo... Satisfeito? Me deixe em paz. Ellie empurra o homem e entra na primeira porta daquele lugar medonho.
Aquele cômodo era estranho, correntes jogadas no chão. Uma cela e armas espalhadas pela parede.
- Aqui não é um bom lugar para ficar. Venha, vamos para o quarto. Erik surge e puxa a jovem para longe.
" O que seria aquilo, será que aquele homem fazia coisas ilegais naquele lugar" Ellie ficou em pé o encarando.
- Certo, apenas cuidando que você não fique bisbilhotando mais. Erik tranca a porta atrás da jovem que o olha assustada.
- O que... Eu não vou ficar aqui. Não é correto ... A jovem ficou desesperada, passar a noite no quarto de um homem.... Não, nunca...
- Não se preocupe. Eu sou inofensivo. Venha... Erik pega a mão da jovem e a senta na cama.
Não era para ela aceitar aquilo, mas aqueles olhos verdes a fazia perder a razão.
- Você acha que eu iria te atacar? O que você acha que eu sou? Um monstro? Não leve isso como uma desculpa... Erik tocou a máscara.
- Não é isso... Eu... Eu ... só acho que o senhor tende a assumir esse poder ... Um poder de posse. Ellie ficou cabisbaixa.
- Eu não fui sempre assim... eu já fui uma coisa, uma posse de pessoas... Para mero divertimento ... Quando pude me tornar alguém... Essas coisas me fez ser possessivo... Com o que me pertence.
- Eu não pertenço ao senhor. Por favor, pare de falar isso. Sinto muito por ter aparecido e não posso ficar aqui com o senhor sempre.... Me provocando. Eu não tenho para onde ir, não me provoque deste jeito.
- Um contrato foi assinado, eu realmente tenho direito sob você. E eu te provoco, eu te castigo por ser malvada. Apenas isso, e Ellie agradeça que eu passei por castigos deverás cruéis. Os seus são apenas...
- Indecorosos.... Agora que Gustave nos viu... Desastrosos.
Erik sorriu, seu coração estava acelerado e estava se segurando para não beijar a jovem.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...