Capítulo 16

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O menino abriu uma gaveta e tirou uma chave, Marie ensinou a ele que aquela chave fechava qualquer porta, e apenas ela poderia abrir novamente.

- Ellie... Você poderia descer e perguntar para meu pai se poderei passear com você? O menino sorriu inocentemente.

- Querido, mas amanhã a gente não irá sair... Será aqui mesmo no jardim. Sem problemas. Ellie não queria conversar com Erik mais aquele dia.

- Eu sei..., mas, ele fica bravo quando as coisas não saem assim ... Do jeito dele.

Ellie lembrou sobre o incidente do vulcão, seria correto avisar sobre o passeio pelo jardim e explicar o que ela faria de forma mais detalhada.

- Certo querido. Já venho. Ellie suspirou e desceu até subsolo.

Gustave correu e ficou esperando a jovem descer as escadas, para não ter erro tirou a chave da fechadura, fechou a porta e trancou a porta com a chave mestre.

A jovem queria evitar a volta naquele lugar, mas seria um problema a menos ao contar sobre sua agenda de domingo.

Erik se deitou na cama, aquele sábado tinha sido tão diferente...

" Se for assim toda vez que estamos sozinhos, darei mais folgas aos funcionários" Erik riu sozinho ao lembrar o beijo.

Um toque foi ouvido na porta, Ellie esperou por um momento e entrou. O homem estava agora sentado na cama.

- O que devo a honra dessa visita. Já está com saudades de mim? Com um sorriso malicioso encarou Ellie.

- Não... Se fosse por mim eu não estaria aqui. Mas seu filho me pediu que eu explicasse sobre nossa agenda de amanhã, para não acorrer nenhum contratempo.

De forma rápida a jovem resumiu o que seria o passeio, e que ela iria aproveitar e fazer um piquenique próximo à casa. Erik somente concordou e mandou-a sair.

" Finalmente irei descansar... Não vejo a hora de colocar Gustave na cama e dormir" Ellie subiu as escadas e tentou abrir a porta, sem sucesso.

" O que..., mas porque não abre essa porta?" Ellie agora estava chutando a porta violentamente.

" E algum truque daquele homem, tenho certeza"

Furiosa, Ellie caminhou até o quarto do homem. Batendo de forma abrupta na porta.

- O que você está pensando?? Você não acha até está indo longe demais com toda essa palhaçada?? Ellie aos gritos apontava para Erik que não entendeu nada.

- Certo, não sei do que você está falando.... Por favor, respire.

- Você pode, por favor, abrir a porta para que eu possa dormir? Senhor.

Confuso, Erik se levantou e foi até a porta que permanência trancada.

- O que... Isso não tem nada a ver comigo, senhorita. Erik buscou uma chave reserva e se irritou que não estava dando certo.

"Será que ... Inferno, Gustave nos viu...."

- Maldição... Gustave!! Eu sei que foi você! Abra essa porta!!

- O que? Mas porque você está culpando o menino ... Oh... Gustave, por favor, abra a porta!! Ellie percebeu que a criança tinha visto a cena de mais cedo.

- Não! Vocês estão brigados... Precisam se resolver, e como Marie sempre me fala, conversar sempre é a solução! Gustave caminhou até seu quarto.

- Esse menino.... É tudo culpa sua!! Se você não fosse tão... Erik passou as mais irritado nos cabelos e gritou com a jovem.

- Se eu não fosse tão... O que? Eu te fiz algo? Você que me agarrou e me beijou... Eu não fiz nada!

- Você retribuiu o beijo... Porque você simplesmente não correu e amaldiçoou minha existência!?

- Certo... Eu te amaldiçoo... Satisfeito? Me deixe em paz. Ellie empurra o homem e entra na primeira porta daquele lugar medonho.

Aquele cômodo era estranho, correntes jogadas no chão. Uma cela e armas espalhadas pela parede.

- Aqui não é um bom lugar para ficar. Venha, vamos para o quarto. Erik surge e puxa a jovem para longe.

" O que seria aquilo, será que aquele homem fazia coisas ilegais naquele lugar" Ellie ficou em pé o encarando.

- Certo, apenas cuidando que você não fique bisbilhotando mais. Erik tranca a porta atrás da jovem que o olha assustada.

- O que... Eu não vou ficar aqui. Não é correto ... A jovem ficou desesperada, passar a noite no quarto de um homem.... Não, nunca...

- Não se preocupe. Eu sou inofensivo. Venha... Erik pega a mão da jovem e a senta na cama.

Não era para ela aceitar aquilo, mas aqueles olhos verdes a fazia perder a razão.

- Você acha que eu iria te atacar? O que você acha que eu sou? Um monstro? Não leve isso como uma desculpa... Erik tocou a máscara.

- Não é isso... Eu... Eu ... só acho que o senhor tende a assumir esse poder ... Um poder de posse. Ellie ficou cabisbaixa.

- Eu não fui sempre assim... eu já fui uma coisa, uma posse de pessoas... Para mero divertimento ... Quando pude me tornar alguém... Essas coisas me fez ser possessivo... Com o que me pertence.

- Eu não pertenço ao senhor. Por favor, pare de falar isso. Sinto muito por ter aparecido e não posso ficar aqui com o senhor sempre.... Me provocando. Eu não tenho para onde ir, não me provoque deste jeito.

- Um contrato foi assinado, eu realmente tenho direito sob você. E eu te provoco, eu te castigo por ser malvada. Apenas isso, e Ellie agradeça que eu passei por castigos deverás cruéis. Os seus são apenas...

- Indecorosos.... Agora que Gustave nos viu... Desastrosos.

Erik sorriu, seu coração estava acelerado e estava se segurando para não beijar a jovem.

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora