Erik, com seus 15 anos, estava observando o espetáculo no palco do opera com olhos curiosos. Ele se maravilhava com a grandiosidade do teatro, perdido na magia da música e da encenação. Foi quando seus olhos se fixaram em uma figura especial: Ellie, uma criança sorridente ao lado de seu pai, Calisto.
A pequena Ellie, com seus olhos curiosos, explorava o teatro com fascinação. No entanto, sem perceber, ela acabou se afastando de seu pai e se viu perdida em meio ao labirinto de corredores e escadas do teatro. Erik, observador, percebeu a situação e se aproximou com cautela.
- Oi, pequena! Você parece um pouco perdida. Posso te ajudar? Erik perguntou, sua máscara cobrindo parcialmente o rosto, mas seus olhos expressando gentileza.
Ellie, à beira das lágrimas, olhou para o garoto com a máscara engraçada. Inicialmente, ela riu, pensando que ele era mais um dos atores do espetáculo. No entanto, ao olhar mais atentamente, percebeu que havia algo mais por trás daquela máscara.
Ao tirar um momento para observar, Ellie notou as cicatrizes que o rosto de Erik escondia. Surpreendentemente, ela não sentiu medo, apenas compaixão e curiosidade. Ela apenas queria uma coisa naquele momento: encontrar seu pai.
- Você é um ator? perguntou Ellie, ainda sorrindo apesar das circunstâncias.
Erik, mantendo o tom brincalhão, respondeu
-Claro que sim! Sou um dos astros desta grande produção. Vi essa pirralha perdida e chorona e decidi ser um bom samaritano. Vamos encontrar seu pai juntos!
Ellie seguiu Erik pelos corredores do teatro, enquanto ele a guiava de volta ao palco principal. Por coincidência, o pai de Ellie era Gerard, o homem que havia salvado Erik cinco anos atrás. O reencontro de Erik com Gerard, agora sob os olhares curiosos e agradecidos de Ellie, selou uma conexão especial entre essas vidas entrelaçadas pelo destino no palco do opera.
Ellie notou que o homem ficou pensativo por um tempo, talvez tenha estado recordando de seu pai, que havia a tempos falecido, ela recordava brevemente de Gerard, mas não havia indícios dela lembrar de seu encontro com Erik quando pequena.
- Compreendo. Gustave também é muito agradecido por ser seu filho, mesmo você sendo essa pedra.
- Pedra? Realmente você é muito petulante, me chamar de pedra... Erik riu e pegou um biscoito.
- Sim, mas eu acho que minha aposta com o Sr. será realizada. É quase impossível que o Sr. não vá gostar de Gustave. Ele é um doce e vocês... Se parecem muito com sua imponência.
A jovem lembrava que Gustave às vezes gostava de fazer as coisas do seu jeito e era irredutível perante mudanças que não o agradava.
- Crianças são teimosas e aplicam peças... Como essa, que foi a segunda vez que a senhorita caiu...
- Não comece... Eu ... Fiz tudo isso pois achei que era verdade, eu não ia deixar o menino doente. Ellie se serve de café e adoça com mel.
- Sim... Sim... Bem, creio que os empregados estão nessa também... Eu não iria duvidar que estão todos animados para quando saímos, eu pareça mudado, com um sorriso no rosto e apaixonado... E gostando de Gustave. O que não será verdade... Em partes. Erik se aproximou da jovem que corou com aquele comentário.
" Quem ele pensa que é?" A jovem tomou um gole longo de café e se afogou derramando o restante do líquido em seu vestido.
- Que desastrada... Parecia que tinha visto um ... Lobo mal. O homem sussurrou e se afastou da jovem.
- Espero que não manche... Céus, esse é meu segundo e último uniforme ... A jovem tentava limpar, sem sucesso o vestido.
Erik riu ao ver aquela cena, não sabia que Ellie fosse uma pessoa tão flexível de estar num dia na sociedade e no outro sendo uma funcionária, tinha modos elegantes, porém não era como as demais damas que não sabiam nem lavar um copo.
- Você precisa tirar o vestido, não é legal ficar aqui com isso molhado... Está frio e eu realmente espero que gripe ou qualquer outra doença não apareça mais. O homem pegou a mão da jovem e a levou até seu quarto.
- Certo, você pode usar isso. Por enquanto. Erik retira uma túnica longa num estilo árabe verde com bordados dourados e joga para a jovem.
" Ele... Quer que eu use .... Isso?" Ellie ficou surpresa, não iria fazer aquilo, nunca... Seria impróprio.
- Eu terei que utilizar minha vantagem que: você está sob meu teto, meus cuidados ... Enfim, se eu digo use isso, você usará. Ponto final. Erik cruzou os braços impaciente.
- M... Mas... Não, eu vou ver se a porta está aberta... Eu vou .... vou bater... Alguém vai nos ouvir. A jovem estava agitada e tentou sair do quarto.
Erik bufou e fechou a porta a prendendo com sua mão.
- Agora. Seja boazinha e não pegue gripe. Vá ao banheiro e se troque. O homem apontou com a cabeça a porta do banheiro e esperou a jovem ir.
" Eu realmente... Tenho uma certa inquietação ao vê-lo tão próximo de mim" a jovem deu por vencida e foi para o banheiro.
Erik estava vitorioso, Ellie era uma teimosa, como o pai.
- Certo... Francamente... Eu não sei o motivo que ainda levou em consideração o que o Sr. fala. Ellie saiu do banheiro envergonhada, era tão estranho usar uma roupa de outra pessoa, principalmente daquele homem.
- Fascinante. Você me ouviu... Então, não precisa reclamar, Senhorita. Erik percebeu que a jovem estava evitando de olhar para ele.
Já na cozinha, Gustave estava contando sobre seu plano para os empregados, Marie no início queria acabar com aquilo, porém ao ver a criança tão animada, não pode ficar esperançosa por alguma evolução de Erik.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...