Tão logo que amanheceu, Erik e Gustave foram até o jardim. Era estranho vê-los tão próximos, mas naqueles dias as coisas estavam sendo mais leves com os dois. Ellie queria saber como seu patrão reagiria com seu filho, longe de todos.
- Papai ... Eu estou muito feliz hoje. Estar ao seu lado era algo que sempre sonhei. Gustave receoso começou a conversa.
- Estamos aqui para colher flores, não é algo para ficar assim... Erik não sabia como reagir ao filho, era duro e tentar amenizar não era para ele.
- Qualquer atividade feita ao seu lado é algo bom, papai. Gustave se sentia mais à vontade agora.
Ellie e Susannah estavam limpando o salão de baile, por ser pequeno rapidamente tudo estava limpo. Era estranho saber que seria a primeira vez que alguém daria uma festa naquele local.
A jovem observou os detalhes daquela casa durante a sua estadia, era tão delicada algo que ao ver Erik nunca acreditaria que ele faria algo assim.- Gustave torce que você e o Sr. Erik virem um casal... Aliás eu também acho que vocês seriam um casal muito bonito. Susannah comentou a Ellie, a criança sorriu enquanto colocava algumas toalhas sobre as mesas do salão.
- Querida... Eu sou a babá e professora de Gustave, acho que não seria correto eu sonhar em algo tão grande... Ellie recordou dos beijos de Erik, francamente ela deveria ser mais forte e recusar aqueles beijos.
- Não é um sonho... Sabe, eu posso ser criança, mas sinto que há algo bonito em vocês. Gustave, é um doce e eu fico triste em saber que ele irá embora... A criança parou por um instante, seus olhos marejados escondiam sua preocupação.
Ellie ao perceber, se aproximou de Susannah. Aquela menina havia se tornado uma grande amiga a Gustave, que não tinha nenhum em Paris.
- Com certeza Gustave irá escrever para você e vocês poderiam se ver. Estou certa disso, você poderá passar férias em Paris e ficar com Gustave um pouco. Não é necessário ficar triste. Ellie abraçou a menina que a apertou com seus bracinhos.
- Eu ia gostar muito... de receber cartas ... A menina sussurrou, se acalmando.
Gustave que havia terminado de encher duas cestas de flores com seu pai, estava voltando para o salão. Ao ver Susannah chorando, o menino correu para vê-la.
- Susannah?? Por que você está chorando?? Gustave se preocupou, afinal era sua amiga.
- Eu queria que você ficasse para sempre aqui.... Você é meu amigo... Susannah estava ainda com os olhos marejados, porém não queria ser tão egoísta.
- Eu prometo que irei escrever sempre!! Ellie está me ensinando caligrafia e vou enviar cartas bem bonitas! Gustave abraçou a menina tentando consolar.
Erik ficou parado observando aquele episódio, o menino que não tinha amigos ou falava muito com ninguém. Gustave estava mudado, como ele também estava.
- Seu filho é muito bom em consolar as pessoas. Eles se tornaram amigos tão rápido, acho tão fofos. Ellie se aproximou de Erik, queria saber se ele tinha se conectado ao filho.
- Gustave gosta dela... Erik sussurrou.
- O que? Ellie o questionou.
- Meu filho.... Ele gosta dela. Ele não parava de falar dela e bem de você também... Erik deu de ombros ao perceber que a jovem sorria.
- O seu filho é um cavalheiro. Ele busca apenas o carinho das pessoas que ele gosta, principalmente o seu. Ellie sorria e agradecia em ver que Erik tinha falado de Gustave como o seu filho.
- Pode ser, eu estou tentando isso não estou? Como você me provocou eu estou me aproximando... Irei até dar um baile para dois pirralhos e uma pirralha crescida... Erik caminhou até centro do salão com Ellie o seguindo.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...