O salão repleto de observadores e a música suave preenchia o ambiente, proporcionando uma trilha sonora para a dança que simbolizava um novo sentimento na vida de Erik.
- Senhorita, aceita dançar? Erik se inclina e ri para a jovem.
Ellie pensou que o homem havia perdido a razão, dançar com ela? Sua empregada? Céus. Sua feição fechou buscando uma saída para aquela situação.
- Por favor, não me descarte também. Juro que sou um ótimo dançarino. Erik se aproxima da jovem sussurrando.
Sem resposta da jovem, Erik decide tomar a iniciativa, colocando suas mãos na cintura da jovem e a trazendo para perto.
- O que você pensa que está fazendo? Ellie observa as pessoas parando para vê-los.
- Estou dançando com minha garota, apenas isso. É errado, um crime? Erik a guiou elegantemente pelo salão, desafiando as convenções sociais
- Eu não sou "sua garota" e eles vão falar sobre isso ... É errado! Ellie protestou, mas seus olhos não conseguiam desviar dos olhos verdes intensos de Erik.
A presença de Ellie o fazia questionar suas escolhas, abrir portas que ele havia trancado por anos. A dança não era apenas um movimento harmonioso no salão; era a dança entre duas almas, cada uma procurando algo que havia sido perdido.
- Bem... Não acho nenhuma lei que proíba o patrão dançar com a empregada... Se você quer nos ver desse jeito... E não esqueça, você ainda está sob meus cuidados. O homem sorriu e observou as pessoas do salão entretidas com a dança dos dois.
- E eu fiquei a noite toda querendo isso, dançar com a mais bela da festa, e veja.... Você não recusou! Depois dos carinhas que tiveram a coragem de olhar para você. Erik sorriu e continuou a dançar com Ellie.
A observação de Persa e Katherine confirmava a intensa química entre Erik e Ellie.
-Não o vejo sorrir assim desde a morte de Christine. Persa comentou, enquanto Katherine concordava, revelando seu carinho especial por Erik
- Sim, desde a perda da esposa... É a primeira vez que ele fica tão... A vontade com os olhares e toda essa multidão ao seu redor. Katherine sorria, tinha um carinho especial por Erik.
- Gustave meu querido, está se divertindo com Arthur? Persa percebe o menino agora ao seu lado olhando seu pai.
- Oh, sim conde! Arthur e eu somos amigos! Gustave riu e Arthur correu até o menino e chamando para brincar novamente.
- Serão amigos iguais os pais. Katherine riu ao ver as crianças correndo felizes.
- Não duvido! Serão iguais a mim e Erik, inseparáveis e prontos para confusão. Persa ri e beija a esposa.
- Céus, terei que me preparar para muita confusão então. Katherine ri e oferece a mão para que o marido a conduza a dança.
Estariam ali dançando Ellie e Erik por quanto tempo? Os dois não sabiam..., mas estavam tão entretidos com a dança que somente aquele momento para os dois valia por mil palavras.
- Gustave, preciso ver onde ele está... Ellie olhou sob o ombro de Erik tentando achar a criança.
- Calma, meu filho está bem... Você precisa aproveitar o que estamos vivendo aqui, agora. Erik sussurra para a jovem.
" Segunda vez que ele o chama de filho, estou avançando com isso" Ellie sorri e sem perceber encosta a cabeça no peito do homem que a abraça.
- Tente relaxar, a festa não é tão ruim... Assim, com você ao meu lado.
No final da festa, Erik e Ellie finalmente se separarão, Gustave estava sonolento e a jovem também, indo primeiro para a carruagem deixando Erik se despedir de Persa.
- Até logo, meu amigo. E que espetáculo hoje você nos proporcionou... Ellie e você são tão... Persa tenta achar a palavra para aquilo.
- Tão compatíveis, lindos e fofos... Katherine termina a frase do marido.
- Vocês ... Não irei negar que ... A jovem mexe comigo, desde a primeira vez que a vi. O homem dá um meio sorriso.
- E sobre isso... Gostaria de avisá-los e que amanhã vocês possam acalmar os meus empregados sobre um... Sumiço meu, de Gustave e Ellie. Erik sorri maliciosamente.
- O que é esse sorriso? Irá sequestrar a moça? Persa ri e fica confuso com o olhar do amigo
- Não é um sequestro. Eu falarei onde irei levá-los. Só quero sair dessa cidade um pouco. Me fará bem, não?
- Amor.... Deixa, Erik pelo que sei estar preso aquela mansão a o que? Seis anos? Uma viagem fará bem. A mulher ri e tranquiliza o marido.
- Tenho uma residência em Chartres, poucas horas de viagem até lá. Saindo agora chegamos ao amanhecer.
- Você irá agora? E como? Vai simplesmente pegar a carruagem e partir assim, sem mais nem menos? Persa fica realmente preocupado.
" Ele voltou aos poucos a ser imprevisível" o homem pensou e apenas viu seu amigo concordar.
- Avisem em casa e bem... Talvez uma semana de férias ou mais. Enfim.... Até logo. Erik acena e se retira.
Na carruagem Ellie e Gustave lutaram para não cair no sono, mas estavam cansados e adormecidos não viram o homem chegar.
" Certo, aí vamos nós" Erik se senta com cuidado e partem rumo a Chartres.
A carruagem estava a tempo andando, Ellie que estava com Gustave no colo despertou.
- Onde estamos? A jovem ainda sonolenta observou a janela a escuridão de uma estrada deserta.
- Oh, olá. Bem... Decidi tirarmos umas férias, Chartres é uma cidadezinha ótima. Tenho uma residência de verão lá. Erik sussurrou para não acordar a criança.
- Mas... Como? Assim de repente? Nós não temos bagagem e ...
Erik ergueu a mão e sorriu, a jovem ficou em silêncio esperando o homem falar.
- Não se preocupe. Tenho tudo na residência e bagagem, damos um jeito, sem problemas. Nada para se apavorar.
- Agora, você pode vir aqui e deixar a criança mais confortável? Erik toca no assento próximo a ele e a jovem com cuidado deixa a criança dormindo.
" Nunca pensei que iria estar sozinha com um homem no meio da noite, indo para não sei onde..." A jovem observava a janela e tentava ficar acordada.
- Oh!! E Marie, ela está sabendo disso? De repente a jovem se exalta e observa o homem dando de ombros.
- Não, não sabe..., mas avisei a Persa que irá acalmar os ânimos dos empregados.
- Mas agora eles devem estar apavorados... Erik, isso não se faz! A jovem olhou nervosa para o homem.
- Calma... Eu vivia fazendo isso. Sumia sem ao menos falar a ninguém. Amanhã já cedo eles vão ficar calmos. Não se preocupe. Erik tocou no ombro da jovem e tentou acalmá-la.
- Certo... Realmente você é imprevisível. Ellie tenta disfarçar seu sono, em vão.
- Sou, não é? Agora... Eu ofereço meu ombro para um pouco de descanso. Venha aqui. O homem puxa para mais perto Ellie, que adormece em seu ombro.
O silêncio era quebrado apenas pelo suave ressonar de Gustave, adormecido no banco da carruagem, e pelos murmúrios distantes da noite. Ellie, recostada no ombro de Erik, sentia o embalo suave do veículo. A carruagem avançava, deixando para trás a agitação da festa e da cidade. O silêncio da noite era sua única testemunha enquanto eles penetravam mais profundamente na quietude da paisagem.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...