Capítulo 41

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O dia amanheceu, Erik tinha ficado no quarto de Ellie e adormecido ao seu lado. A cada hora o homem acordava para verificar se estava tudo bem com a jovem, que dormia tranquilamente.

- Senhor, posso trazer o café para cá? Rubens tinha entrado no quarto, e estava aliviado por ter dado tudo certo com seu patrão e a jovem.

- Sim, traga também para Gustave. Creio que ele também irá gostar de fazer a refeição aqui. Erik se levanta e ajeita seu cabelo, havia adormecido em uma poltrona ao lado de Ellie, e estava dolorido e com as roupas amassadas.

- Seu filho? Hum... Trago tudo para esse quarto? Rubens ainda estava confuso sobre aquilo.

- Sim, traga. Acho que merecemos um pouco de descanso... Pelo menos a pequena aqui, merece. Erik observava se tudo estava tudo bem com a jovem.

Rubens rapidamente fez o que foi mandado, organizou uma bandeja com frutas, pães, geleias e bolo. E deixou tudo na mesa do quarto.

Ellie despertou, seu corpo estava relaxado e durante a noite sentia-se protegido, era estranho, mas por um momento ela pensou que...

" Ele estava ao meu lado, dormindo comigo" a jovem viu Erik a encarando com um sorriso. Durante a noite alguns pesadelos a perseguiam, mas ela sentia um toque gentil em sua mão, e os maus pensamentos se dissipavam.

- Ah ... Bom dia! O quanto eu dormi? Ellie percebeu que estava de camisola e com o braço enfaixado.

- Hum.... Agora já são 13h da tarde, então... Você dormiu e muito..., mas eu também. Estou tomando café da manhã ainda, junta-se a mim? Erik puxa uma cadeira da mesa e espera a jovem

Gustave entra correndo no quarto e se depara com a jovem em pé, sem pensar muito a criança abraça a jovem.

- Ellie, você acordou!! Bom dia!! Vem, vem... Meu papai fez esse café para você... Vem... O menino puxa a jovem pela mão.

Ellie sorriu para a criança e se sentou, logo o menino também se acomodou na outra cadeira, e os três fizeram seu café da manhã juntos.

- Eu queria agradecer a vocês ... eu acho que devo a minha vida a você Erik. Eu fui uma tola. Ellie havia ficado nervosa, logo depois que o café terminou Ellie e o patrão ficaram a sós no quarto.

- Não precisa me agradecer, eu fiz o que era necessário. Me perdoe por ter sido agressivo e mostrado a você meu pior lado ... bem, você já havia o visto. Mas eu garanto que não faço isso com inocentes, as vezes que fiz eu sempre castiguei quem merecia. Erik se sentou ao lado da jovem que observava a paisagem de seu quarto.

Ellie segurou a mão de Erik, queria conforto naquele momento, ela não acreditava que ele poderia fazer mal a pessoas boas, sabia que ele tinha um lado sombrio, mas acreditava também que Erik era alguém gentil, alguém que passará a noite zelando por ela.

Erik a observou, seu olhar estava com um misto de emoções, mas ela sabia que ela não tinha medo dele, não havia nunca tido. Ela era corajosa, uma garota que ele sentia seu coração bater diferente.

"Como batia com Christine, a sua salvação, a pessoa que o tirou de ser alguém mal de verdade". O homem sorriu a Ellie, reconfortando-a do episodio passado, sabia que ela estava traumatizada ainda, mas queria cuidar dela.

Passaram dois dias do ocorrido, Ellie ainda não estava muito em seu modo normal, as vezes ficava quieta e tentava disfarçar.
Erik e Gustave tinham começado a conversar, o homem percebeu que o menino era muito maduro com tão pouca idade. Tinha ótimas ideias e sempre tinha um fato interessante para contar, o que ele dizia com orgulho que era Ellie que o ensinará.

- O que tanto pensa, Ellie. Erik sempre passava a tarde com a jovem, mesmo que ela falará pouco ultimamente, ele queria estar ao seu lado.

- Desculpa. Eu somente estou curiosa... Ellie sentada em frente a janela de seu quarto, observava o vazio.

- Sobre o que? Erik pega uma cadeira e se senta ao lado da jovem.

- É complicado, sabe... Eu realmente quero te entender. Mais, você.... Ellie vira seu olhar para o homem.

- Hum... Você quer saber se eu gosto de matar? Pelo que você já presenciou, eu aprecio isso. Não me julgue! Por favor, eu não mato inocentes. Erik estende a mão sobre a mão da jovem, ele havia já explicado aquilo à ela, mas notou que teria que ser mais persuasivo.

- Eu sempre achei algo horrível fazer justiça com as próprias mãos. Mesmo sabendo que meu pai antigamente arrumava confusões. A velhice o fez ficar cauteloso, algo que agradeço. Não iria suportar perdê-lo também.

- Eu faço isso com pessoas ruins. Não sou nenhum justiceiro também. Minha infância de certo modo foi ótima com Gerard, meu pai era muito bondoso, porém ele também tinha seu lado sombrio. Como seu pai, ele também gostava de arrumar confusão. Erik observava a tarde bonita de Chartres através da janela.

- Sim... Eu quero te entender. Sinto... Algo diferente ao te ver, e... Não é nada certo. Você já me disse que eu não seria uma boa esposa a você. Ellie cora e se cala.

" Como você ousa dizer isso?!" A jovem se sente estúpida.

- Posso mudar de ideia sobre isso. Mas não posso negar que você me pertence por exatos 20 dias.

O contrato de experiência estava acabando, mas Erik não iria deixar a jovem escapar dele tão facilmente.

- Mas ainda acho que a ideia de te algemar a mim, válida. Pois você me traz muita confusão.

- Tenho 20 dias para ajudar você e Gustave a se aproximarem. Sem pressão, é claro. E... você realmente me vê como uma posse. Sou um ser humano, Sr. Destler.

Erik sorri, claro que Ellie era um ser humano, mesmo assim só de pensar da possibilidade dela o deixando, o fazia ficar enfurecido.

- Não posso negar ... Você tem esse poder que... Eu simplesmente penso em te trancar numa torre ... E você ser apenas minha. Erik se aproxima da jovem e beija delicadamente.

- Igual a Rapunzel. Só que dessa vez eu não teria os belos e longos cabelos. Você iria ter que escalar a torre para me ver. Você faria isso?

- Eu iria até o inferno por você. E você é a primeira depois de minha esposa que me deixou assim. Erik puxa a jovem pela cintura a sentando em seu colo.

- Não.... Fica aqui. Eu, te quero. Você é uma bela professora, inteligente e tão... Bonita. Escandalosamente bonita. Erik deixa a jovem em seu colo e começa a acariciar o rosto de Ellie.

- Você é maluco. Podemos ser pegos. Seria um escândalo. Ellie fita os olhos do homem que sorri.

- Sua reputação em jogo. Não teria outra opção, teria que se casar comigo. Um homem terrível, sem uma face bonita... Um total monstro, você seria motivo de piedade e de pena... Até vejo. Erik brinca com um dos cachos da jovem.

- Você não é nada disso. Se me permite? Ellie toca o rosto do homem e retira sua máscara.

- Não sei ..., Mas Chartres me faz ter impulsos que em Paris não teria. Ellie analisa cada parte do rosto do homem.

- O campo faz bem ... Para a saúde e para a mente. E sobre o casamento... Se eu arruinar sua honra, seria único meio de me redimir. Erik traz a jovem para mais perto e a beija.

- E se... E se eu quiser ter minha honra arruinada? Ellie levanta uma sobrancelha com um olhar provocante.

- Você não seria tão ingênua em querer isso, senhorita. Erik retira as luvas que estava usando e toca no rosto da jovem.

O toque gentil do homem faz com que a jovem estremece ainda em seus braços, negar o que ela estava sentindo pelo homem seria realmente difícil e seu instinto gritava para ela ficar longe de problemas. 

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora