Ellie era uma boa jovem e com certeza se importava com Gustave e tinha certo carinho por Erik, pois seu olhar para com ele tinha mudado naquelas semanas. Todos daquela casa tinham uma esperança que mínima em que o patrão deles pudessem retornar em como era antes, o homem era bondoso e mesmo diante tantos problemas nunca colocou nenhum funcionário para rua, mesmo sentindo que ele queria viver naquele casarão sozinho, Erik não pode se desfazer de ninguém.
- Marie, meu papai precisa comer... Acho melhor a gente abrir a porta... Gustave olhou para o relógio e já era de noite.
- Oh, não. Meu querido, lá onde seu pai fica a maioria do tempo, tem uma cozinha, sala, quarto, banheiro... Enfim, lá é equipado para qualquer necessidade. Vamos dar mais um tempinho, sim? Marie colocou o menino no colo e começaram a brincar com as peças de madeiras.
Enquanto isso, Ellie tentava ler aquele homem que se portava tão diferente, uma hora era rude e na outra Gentil.
" Talvez ele seja bipolar, não é muito comum ..., mas, só pode ser isso" a jovem que agora estava na cozinha comia mais alguns biscoitos.
- Oh, vejo que esses biscoitos fizeram sucesso. Vejamos, filé mignon com batatas e um bom vinho, que tal? Erik entrou na cozinha e começou a tirar os ingredientes para fazer o jantar.
- Ah... Acho que se eu for até a porta posso chamar atenção de alguém que com certeza abrirá a porta para mim... Não é preciso... A jovem queria sair de lá, seja o que ele estava querendo fazer, ela não iria segurar muito para não ter sua recaída, ficar próximo daquele homem a fazia querer ... beijá-lo.
" Beija-lo... Sim, gostaria" a jovem olhou para o homem de forma distraída.
- O que tanto me observa, Ellie? Erik riu e se aproximou.
Ellie observou a mão do homem sob o balcão e a tomou, odiava sentir aquilo, por Deus ele era seu patrão!
- O que a senhorita quer com a minha mão? Não me diga que lê a sorte através dela? Erik pegou a mão da jovem e levou até seus lábios a beijando.
- Eu. Eu, quer dizer .... Não, eu... Fiz sem pensar. Não é nada. Ellie se atrapalhou ao sentir que Erik estava mordendo de leve os dedos se sua mão.
- Você é tão bonita... Deliciosa. Não me conformo que alguém como você está solteira por tanto tempo. Impossível... O homem se distanciou e começou a cozinhar.
- Eu... Bem, na verdade eu já tive um noivo. Bem ... Era o que eu pensava.
- Me conte... Esse seu noivo não deu conta de sua beleza e sumiu?
- Ah, bem... Íamos nos casar, mas ele me desrespeitou. Ele tentou... Consumar o casamento antes dos votos e ... Eu posso ter quebrado o braço dele ao fugir... Ellie estava envergonhada ao conta aquilo.
Ela e Philippe eram amigos, com o tempo o namoro e depois noivado tinham sido praticamente automáticos, Ellie apreciava a companhia do rapaz, porém Philippe não gostava que ela estudasse, sempre a quis disposta para ele, sendo para passeios ou tardes monótonas junto a sua mãe ranzinza.
- Quando eu percebi que ... Bem, eu tinha colocado muita força .... Philippe ficou irritado e cancelou o casamento, diante disso eu fiquei durante um tempo malfadada na sociedade. Depois minha mãe ficou doente... Meu pai desesperado por uma cura... Ofereceu tudo que tinha para criminosos e .... Aqui estou, com uma túnica de meu patrão .... Conversando num subterrâneo e presa por um garoto de seis anos. A jovem riu de nervoso, tudo estava acontecendo de forma tão repentina que a fazia ficar nervosa.
- Esse tal de Philippe é um imprestável, creio que foi merecido o castigo..., mas me diga, você não quebrou nada meu ao ser beijada por mim... Tenho isso como um bom sinal? O homem provocou a jovem.
- Todas as vezes .... Foi uma surpresa... E ... E.... Eu não soube o que fazer.
- Bem, você estava bem ciente. Você me beijou de volta, em todas as vezes.
Ellie corou e tentou disfarçar, mas Erik se aproximou dela e levantou seu queixo com a mão.
- Olhe para mim.... Não tenha medo, como pode ver, aqui sou um mero escravo de suas vontades, mademoiselle. Erik acaricia o rosto da jovem.
- Você pode pedir o que quiser que ... Céus, eu lhe darei. Você não sabe o inferno que foi ficar sem conversar com você! O homem estava irritado, porém aliviado, a jovem parecia estar hipnotizada por aqueles olhos verdes.
- E...eu não sei o até dizer... Eu, eu pensei que se eu ficasse sem conversar com o Sr. eu estaria fazendo o certo... Ellie abaixou o olhar.
- Mas meus dias ... Sem ter o Sr. para me atazanar... Foram ruins também. Ellie cochilou.
Erik sorriu por ouvir aquilo, então a jovem também tinha ficado mal ao não ter suas conversas cotidianas.
- Me prometa que não irá ser assim tão malvada... Chapeuzinho... Erik se aproxima da jovem, ficando poucos centímetros dela, e com um abraço surpresa faz com que Ellie se levante da cadeira e o encare face a face.
- Não sei o que deu em mim..., mas, vá para o inferno eu não irei me segurar. Erik estava confuso diante o sentimento que Ellie o fazia ter.
Delicadamente o homem a beijou, segurando seu corpo e gentilmente tocando seu rosto que estava tão inocente, os olhos de Ellie fechados simplesmente aproveitando cada momento.
" É tão errado isso..., mas ele beija tão bem!" A jovem levou sua mão até os cabelos de Erik, bagunçando e retribuindo o beijo.
- Pronto, pronto... Senhorita Yates, o que farei com você... Uma ninfa tão sedutora. Estou encrencado? Erik se afasta um pouco e a provoca.
- O lobo comeu sua língua, minha chapeuzinho? Erik ri e volta a cozinhar.
Ellie não falou nada,só estava tentando entender o que havia acontecido com ela.
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Um toque do destino
RomanceEllie Yates uma jovem que busca por emprego na misteriosa mansão do cavalheiro fantasma, se vê em apuros quando seu patrão que faz de tudo para não ser visto, se interessa na babá e professora de seu filho Gustave. Cabe a jovem trazer para pai e fil...